Nos
últimos meses,
por razões que agora não vêm ao caso,
as minhas leituras, numa parte não desprezável,
têm sido marcadas por uma carga de pura
nostalgia,
num regresso a séries (Tiger
Joe,
Paul
Foran, Jess Long, Archie Cash, Yalek...)
que, numa segunda linha, marcaram a minha adolescência
e tinham ficado lá. Ou, de forma mais abrangente, numa
recuperação/descoberta de um género,
a BD franco-belga,
que continua a ser a minha principal praia, na sua vertente de séries
(Ric Hochet, Bob Morane, Sammy, Les Tuniques Bleues, Luc Orient...)
a que hoje devemos chamar clássicas.
Dia
15
de Abril
é o dia do Desenhador, em homenagem a Leonardo Da Vinci, e
foi esse o pretexto,
juntamente com os 30 anos de O
Corvo,
para uma entrevista com Luís Louro publicada no Jornal
de Noticias. A
versão integral, bem mais extensa, pode ser lida já a seguir.
Um
homem e uma criança empurram com dificuldade um carrinho de
supermercado ao longo de uma estrada. São pai e filho, como
descobrimos rapidamente, mas a condição que sem-abrigo que
intuíamos para eles revela-se errada. São sobreviventes de uma
catástrofe
que reduziu a humanidade a pouco mais do que à selvajaria animal e
que nunca é explicada e seguem passo após passo em busca da ilusão
de um local melhor para viver.