27/02/2013
A arte de... Raives
Après-guerre - tome 1: L'Espoir
Warnauts e Raives
Le Lombard
França, 15 de Março de 2013
241 x 318 mm, 64 p., cor, cartonado
14,99 €
Leituras relacionadas
A arte de...,
Le Lombard,
Raives,
Warnauts
26/02/2013
Leituras nas Livrarias
Fevereiro de 2013
Os textos, quando
existem, são da responsabilidade das editoras.
Algumas das edições
aqui apresentadas podem ter sido editadas anteriormente,
mas só agora tomei
conhecimento delas.
NetCom2 Editorial
Olivier Marin, Metapat e Émilio
Van der Zuiden
Entre a praia e
escapas românticas, Margot percorre a Riviera Francesa juntamente com o seu
noivo, Louis. No final de uma curva, cruza-se abruptamente com Michelle, piloto
de rali. Depois de uma conversa e um jantar, Margot torna-se numa piloto de
rali, conduzindo um Citroën DS patrocinado pela Michelin.
Na verdade, Louis está a testar um pneu novo e revolucionário, que gera muita ganância. A tenebrosa Penélope, piloto americana ávida de vitórias, não pensa em deixar a bonita jornalista roubar-lhe o troféu.
Na verdade, Louis está a testar um pneu novo e revolucionário, que gera muita ganância. A tenebrosa Penélope, piloto americana ávida de vitórias, não pensa em deixar a bonita jornalista roubar-lhe o troféu.
Gilles Chaillet e Christophe
Ansar
Setembro do ano 394.
A Antiguidade chega ao anoitecer. Ameaçado por todas as suas fronteiras, o
antigo Império Romano parece mais absorvido pelas lutas internas do que pelo
perigo bárbaro. O imperador cristão Teodosio e o seu mestre de cavalaria,
Estilicón, entram na diocese de Itália liderando um exército muito pouco
romano... Ao redor das suas legiões antigas, revelam-se as faixas de Godos,
Alanos, Arménios, Medas, Árabes... E inclusive, Hunos!
Os cristãos cercaram Roma, anunciando a queda do paganismo. É então que começam os conflitos bélicos e religiosos. Roma fica emersa na tempestade. No meio de tanta confusão, Flaviano mantém-se como pode até ao dia em que a sua família é assassinada.
Por casualidade, Flaviano inicia-se no culto sibilino e desce literalmente aos infernos onde se converterá no Escolhido. Caber-lhe-á descobrir o desígnio dos deuses. Um desígnio selado por sete profecias das quais seis já foram reveladas...
Nada parece indicar que a última profecia, que falta cumprir-se, seja o prelúdio de uma nova era de felicidade...
Os cristãos cercaram Roma, anunciando a queda do paganismo. É então que começam os conflitos bélicos e religiosos. Roma fica emersa na tempestade. No meio de tanta confusão, Flaviano mantém-se como pode até ao dia em que a sua família é assassinada.
Por casualidade, Flaviano inicia-se no culto sibilino e desce literalmente aos infernos onde se converterá no Escolhido. Caber-lhe-á descobrir o desígnio dos deuses. Um desígnio selado por sete profecias das quais seis já foram reveladas...
Nada parece indicar que a última profecia, que falta cumprir-se, seja o prelúdio de uma nova era de felicidade...
Edição de Autor
José Abrantes
Cadernos José Abrantes #7
Gato Azul #1
Gato Azul #2
25/02/2013
Bienvenue à Jobourg
Pascal Rabaté
Futuropolis
França,
10 de Janeiro de 2013-02-21 195 x 265 mm, 80 p., pb, cartonado
16,00
€
Este livro, fruto de uma residência artística
feita por Pascal Rabaté em Joanesburgo, África do Sul, em 2003, tem como protagonista
Patrick, um jovem francês acabado de chegar a Joanesburgo para trabalhar na
gráfica de um amigo do seu pai. Só que, atingido pelo azar, vê a empresa falir
e o dono impossibilitado de lhe pagar o ordenado devido e mesmo o bilhete de
avião para ele regressar.
Perante a nova situação, sozinho na capital de
um país desconhecido, a tentar dar os primeiros passos na democracia e que
possui uma das mais altas taxas de criminalidade e violência do mundo, Patrick
vê-se dividido entre a vontade de regressar a todo o custo e a de prolongar a
sua estadia e desfrutar da hospitalidade e do acolhimento do povo acolhedor que
mora no Soweto, nos subúrbios da capital, que começa a compreender e a admirar.
Através dele – dos seus sustos e descobertas –
Rabaté transmite um pouco do que ele próprio experimentou, utilizando um traço
simples mas eficaz, muito dinâmico e expressivo, quase dando (a falsa) ideia
que foi desenhando as situações ao mesmo tempo que as viveu – embora os croquis
feitos no local, que ocupam as últimas páginas do livro, se revelem mais detalhados
e completos que o traço do relato em si!
Nesta dualidade, entre a narrativa ficcional e a
reportagem documental, “Bienvenue à Jobourg” cativa pela simplicidade do
relato, deixando no final a sensação de que o livro terminou rápido demais e a
vontade de acompanhar Patrick durante mais algum tempo.
Maurice Rosy (1927-2013)
O belga
Maurice Rosy faleceu no passado dia 23, contava 85 anos de idade.
Natural de Fontaine-l’Évêque,
onde nasceu a 17 de Novembro de 1927, foi contratado em 1954 pelas Éditions
Dupuis como “dador de ideias”, função criada especialmente para ele. Dois anos
depois era promovido a director artístico da revista “Spirou”, cargo que
ocuparia até 1971 em companhia de Yvan Delporte.
Durante
esse período colaborou com Franquin em dois álbuns de Spirou e Fantásio - “O
Ditador e o Cogumelo” e “Os Piratas do Silêncio” – e escreveu argumentos para séries
como Jerry Spring, Tif e Tondu (onde foi o criador do vilão de serviço, M. Choc), Bobo, Boule e Bill, Max o explorador e Átila, que os portugueses puderam descobrir em revistas como Cavaleiro Andante,
Tintin, Spirou, Jacaré ou Jornal da BD.
A partir de
1974 dedicou-se à ilustração de livros infantis e de publicações periódicas,
bem como à publicidade.
24/02/2013
“O Mosquito” fechou asas há 60 anos
A 24 de
Fevereiro de 1953 chegava aos quiosques portugueses “O Mosquito” n.º 1412, o
último número da revista que tinha feito sonhar os jovens portugueses durante 17
anos.
A aventura de“O Mosquito”, encetada por Raúl Correia e António Cardoso Lopes (o célebre
Tiotónio que muitos ainda recordarão) começara a 14 de Janeiro de 1936, de
forma modesta, com apenas 8 páginas a uma cor e o preço de 50 centavos. No
entanto, “0 semanário da rapaziada” como se autodenominava, rapidamente ganhou
popularidade, aumentou o número de páginas, ganhou maior colorido, atingiu
tiragens de 60 mil exemplares e chegou a ser publicado duas vezes por semana.
Esse tempo
de glória ficou marcado por séries como “Pelo Mundo Fora”, “A Flecha de Ouro”, “O
Gavião dos Mares”, “Os Náufragos do Barco sem Nome”, “O Voo da Águia”, “Cuto”
ou “Serafim e Malacueco”, e pela arte de E.T. Coelho, Jayme Cortez, Vítor Péon,
Jesus Blasco, Emílio Freixas, Walter Booth ou Reg Perrott, entre muitos outros.
A par da banda desenhada, as páginas do “semanário mais bonito” encheram-se
também de novelas e contos ilustrados, concursos, espaço para os leitores, separatas
para as meninas (“A Formiga”) e construções de armar que divertiam enquanto
educavam.
Na capa do
número final, que ostentava um preço de 1$50, era anunciada “S. Cristóvam”, a
adaptação aos quadradinhos de um conto de Eça de Queiroz. Deixada incompleta
pelo fim da revista, esta banda desenhada da autoria de Eduardo Teixeira Coelho,
sem dúvida o grande autor de “O Mosquito”, espelhava de alguma forma o que
acontecera à publicação, presa ao passado e ultrapassada junto das preferências
dos leitores pelos heróis norte-americanos do “Mundo de Aventuras” e pela banda
desenhada franco-belga do “Cavaleiro Andante”, que prevaleceriam nos anos seguintes.
23/02/2013
A arte de... Wilfredo Torres
Leituras relacionadas
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Dynamite,
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Wilfredo Torres
22/02/2013
J. Kendall #96
Aventuras
de uma criminóloga
Uma
maleta de neve
Giancarlo Berardi e Maurizio Mantero (argumento)
Antonio Marinetti (desenho)
Mythos Editora (Brasil, Novembro de 2012)
135 x 178 mm, 132 p., pb, brochado, mensal
R$ 8,90 / 4,00 €
Três jovens sem esperança – sem futuro? com que futuro? – decidem
interceptar a venda de uma grande quantidade de droga para tentar, dessa forma,
ficar bem na vida. No entanto, nem tudo corre bem durante a operação que descamba
num tiroteio com várias vítimas mortais.
A monte, com a tensão a testar as relações entre eles, o
trio tem no encalço os dois bandos que negociavam a droga e também a polícia de
Garden City – com a habitual colaboração de Julia – que tenta evitar que o
banho de sangue atinja maiores proporções.
É mais uma bela narrativa policial escrita por Berardi de
forma consistente e aliciante, com uma bem conseguida surpresa final que ata pontas
que pareciam perdidas e tem por pano de fundo – como base e motivo - fracturas
sociais cada vez mais comuns nos nossos dias.
É uma abordagem – que não defende, não condena, apenas expõe
– de tom humano que faz repensar escolhas e desejos, (re)lembra como muitas
vezes está à nossa beira o que buscamos (tão) longe e permite, talvez, acalentar
alguma esperança no ser humano…
Leituras relacionadas
Antonio Marinetti,
Bonelli,
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Júlia_J. Kendall,
Mantero,
Mythos,
opinião
Moura BD 2013
Está de regresso o Salão Internacional de Banda Desenhada de Moura, que terá a sua 18.ª edição entre 19 de Abril e 1 de Maio próximos.
Tal como na edição anterior, o salão decorrerá em simultâneo com a Feira do Livro e vai distribuir vários núcleos pela cidade. Desde logo o núcleo principal, em pleno centro da cidade, na Praça Sacadura Cabral, numa tenda gigante. Outros núcleos serão distribuidos pelo Espaço Inovinter, Posto de Turismo e Cine-Teatro Caridade.
O leque de autores homenageados engloba os portugueses Vassalo de Miranda e Zé Manel e o francês Hugues Barthe, que receberão os já tradicionais Troféus Balanito.
Quanto a exposições, para além das individuais dedicadas a cada um destes três autores, temos, para já garantidas as seguintes: “Eça de Queiróz na BD” e “Centenário de Willy Vandersteen” (ambas comissariadas por Luiz Beira), “Comic 21” (colectiva de autores granadinos), “Saramago em Caricaturas” (com trabalhos de autores portugueses e espanhóis), e a apresentação dos melhores trabalhos do 16.º Concurso de Banda Desenhada e do 14.º Concurso Escolar de BD (cujos regulamentos já estão disponíveis neste site – ver secção “Concursos”).
Quanto a edições, mantém-se a aposta nos Cadernos Moura BD, com um número dedicado a Vassalo de Miranda. Também a exposição de Zé Manel terá direito a catálogo numa produção da Humorgrafe/Osvaldo de Sousa.
Está, também, no ar a possibilidade de, durante o salão, as edições Polvo fazerem o lançamento de um álbum de Hugues Barthe, embora ainda não possamos confirmar esta notícia.
(Texto da responsabilidade da organização)
21/02/2013
As Deusas da Estrada
As Investigações de Margot #2
Olivier
Marin (argumento e desenho)
Metapat
(argumento)
Émilio
Van der Zuiden (desenho)
Callixte
(cor)
NetCom2
Editorial
Portugal,
Fevereiro de 2012
240
x 320 mm, 48 p., cor, cartonado
15,00
€
Depois do tomo inicial dedicado ao Citroen
Traction 22, esta nova aventura da sensual Margot decorre sob o signo do
Citroen DS – o velhinho boca-de-sapo – tendo por pano de fundo belezas
femininas, rivalidades, ralis e espionagem industrial. O tom policial e de investigação
dilui-se um pouco face ao ambiente desportivo predominante - , com a (cada vez
menos) repórter estagiária da Auto Révue a descobrir dotes de piloto automóvel ao participar na taça das Mulheres, enquanto o seu namorado tenta manter em segredo o seu trabalho de desenvolvimento
de novos pneus de competição.
Embora mais linear do que a primeira aventura de
Margot – e com um final (desportivamente feliz) forçado e de todo desnecessário
– em relação ao tomo inaugural a narrativa está melhor desenvolvida e
estruturada, contando igualmente com um desenho mais equilibrado e agradável.
Como nota negativa – numa edição mais uma vez
muito boa em termos de gráficos e de acabamentos – fica a deficiente revisão
que deixou passar várias gralhas e até um balão em espanhol, em claro contraste
com os três álbuns já editados em português pela NetCom2: “Keos #1: Osíris”, “As Investigações de Margot #1: O mistério do Traction #22” e “A Última Profecia #1: Viagem aos infernos”.
Leituras relacionadas
Margot,
Marin,
Metapat,
NetCom 2,
Van Der Zuiden
Às Quintas Falamos de BD
O Encontro Imaginário com Fernão Mendes Pinto é a
próxima iniciativa de Às Quintas Falamos de BD e terá lugar no dia 28
de Fevereiro, pelas 21h00, no Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem.
Na última Quinta-Feira deste mês Hélder Costa entrevistará
Fernão Mendes Pinto, interpretado pelo ator Sérgio Moras.
Presentes estarão também autores de BD, ilustração e cartoon
que trabalharam a Peregrinação e seu autor, personagem central da
mostra em exibição no CNBDI.
Apareça e tome um café connosco, contamos consigo.
(Texto da responsabilidade da organização)
15 anos FNAC, 15 anos de Cultura
No próximo dia 28 de Fevereiro, quinta-feira, às 18h a FNAC de Santa
Catarina, no Porto, organiza uma apresentação subordinada ao tema “15 anos
FNAC, 15 anos de Cultura”.
Vão lá estar a Inês Nadais (para falar de teatro), o Pedro Rios
(música), o Sérgio Almeida (literatura) e eu próprio para abordar os últimos 15
anos aos quadradinhos.
Apareçam… se quiserem!
30 anos sem(pre) Hergé
20/02/2013
Soldado de Invierno #1
El
Invierno más largo
Colecção
100% Marvel
Ed
Brubaker (argumento)
Butch
Guice e Michael Lark (desenho)
Stefano
Gaudiano, Brian Thies, Tom Palmer (arte-final)
Bettie
Breitwiser, Jordie Bellaire, Mathew Wilson (cor)
Panini
Comics
Espanha,
Janeiro de 2013
170
x 260 mm, 200 p., cor, brochado com badanas
15,00
€
Resumo
A
“descoberta” de que Bucky Barnes não tinha morrido durante a Segunda Guerra
Mundial e tinha adoptado a identidade de Soldado Invernal, acabando mais tarde por
se transformar no novo Capitão América após a “morte” de Steve Rogers no final
da Guerra Civil - como visto em “La muerte del Capitán América”,
“El peso de los sueños” e “El hombre que compró América” - abriu uma ampla janela para novas
histórias em torno do seu passado.
Esta compilação, que reúne os comics originais
norte-americanos “Winter Soldier” #1 a #9 (Abril a Outubro de 2012) é o
primeiro passo nesse sentido. Com Barnes de volta ao uniforme de Soldado
Invernal, ela revela como ocorreu a sua transformação numa máquina assassina ao
mesmo tempo que o mostra, no presente, juntamente com a Viúva Negra, a
enfrentar uma ameaça em solo norte-americano causada pelo despertar de agentes
(ex-soviéticos) adormecidos e que ele próprio treinou.
Desenvolvimento
Desta forma, embora possa soar um pouco
anacrónico, a história assume em grande parte um tom de espionagem mais próprio
do período da Guerra Fria, com os protagonistas, escudados pela SHIELD, a
enfrentarem mercenários que compraram os códigos necessários para despertar
três agentes em animação suspensa, escondidos nos Estados Unidos.
Brubaker, que começou a sua carreira como escritor
de histórias policiais, mais uma vez expõe o seu talento nesta área, com uma
narrativa densa, bem sustentada, onde os períodos de investigação, perseguição
(muitas vezes na sombra) e de suspense, onde a aproximação ao objectivo parece
ficar sempre um pouco aquém do esperado, estão entremeados com aqueles em que a
acção explode, de forma ampla e violenta, num contraste bem doseado.
A par dos desenvolvimentos no presente, que
predominam, Brubaker vai inserindo alguns flashbacks que aos poucos vão
revelando o passado “russo” de Bucky Barnes e da Viúva Negra, ajudando a contextualizar
o relato actual.
As diferentes personagens estão bem
desenvolvidas e caracterizadas, evoluindo de forma natural no contexto em que o
argumentista as colocou.
O traço de Guice, primeiro, e de Lark, nos
quatro capítulos finais, se não tem a capacidade de deslumbrar do desenho hiper-realista
de Steve Epting nos arcos da morte e substituição do Capitão América já
referidos, pelo tom sombrio e menos definido adoptado, cria o ambiente ideal
para o tom da narrativa que, sendo na sua base uma história de super-heróis,
possui mais do que o necessário para cativar os apreciadores de narrativas
policiais e de espionagem.
Como único senão – compreensível – fica o arco
em aberto no final deste tomo, o que leva a desejar que a Panini (espanhola)
edite rapidamente – logo que possível dada a proximidade entre esta edição e a
original norte-americana – o tomo seguinte.
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