06/04/2013
Os autógrafos do Pedro - Fred
05/04/2013
A arte de... Surzhenko
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Paulo Monteiro editado na Polónia
O álbum de
banda desenhada “O amor infinito que te tenho e outras histórias”,
da autoria do português Paulo Monteiro, acaba de ser editado na Polónia,
noticia o boletim electrónico do Camões, IP em Varsóvia.
O livro,
editado em Portugal em finais de 2010, foi traduzido por Jakub Jankowski e dado
à estampa pela editora "timof comics".
Esta
extraordinária colectânea de contos de tom poético, que estavam dispersos por
fanzines e outras publicações antes de reunidos e editados pela editora Polvo
em Portugal, é o quinto livro de BD portuguesa a ser editado na Polónia,
segundo o boletim electrónico do Camões, IP de Varsóvia.
Paulo
Monteiro é um autor português de BD e, desde 2005, director do Festival de
Banda Desenhada de Beja. Em 2011, o álbum agora publicado na Polónia foi
galardoado com o prémio para o melhor álbum de banda desenhada, no Festival
Internacional Amadora BD. Em 2012, Paulo Monteiro foi o autor em destaque na
23.ª edição do mesmo festival.
(Texto retirado do site do Instituto Camões, com alteração da grafia para a versão pré-acordo ortográfica da
responsabilidade de As Leituras do Pedro)
04/04/2013
Na pista do Marsupilami
Um ano depois da estreia francesa, chega hoje às salas de
cinema nacionais “Na pista do Marsupilami”, que transpõe para o grande ecrã uma
das mais originais criações da banda desenhada.
Dirigido por Alain Chabat, que também o interpreta o protagonista,
o repórter Dan Geraldo, foi o terceiro filme mais visto em França em 2012, com
5,3 milhões de espectadores. O comediante francês já tinha acumulado a
realização com um dos papéis noutra adaptação de uma BD, “Astérix e Obélix:
Missão Cleópatra”, em 2001.
Para o sucesso do filme, a par da popularidade da persona-gem
dos quadradinhos, contribuiu também o tom familiar da película, escrita e montada
de forma a poder agradar a todos os públicos, graças aos vários níveis de humor
explorados. As dificuldades esperadas de transpor do papel para o ecrã uma
personagem tão dinâmica quanto este estranho animal, acabam por ser relativamente
bem resolvidas no filme, que privilegia os resultados das suas acções,
deixando-o muitas vezes na sombra, o que alimenta a curiosidade do espectador e
aumenta o impacto das suas aparições, pontuais mas decisivas.
Igualmente bem acolhido pela crítica francesa, “Na pista do
Marsupilami” começa quando Geraldo chega a Palômbia, uma república das bananas
sul-americana, em busca de um furo jornalístico. Longe de imaginar que vai
descobrir uma criatura mítica, desconhecida do mundo civilizado, o
extraordinário Marsupilami com a sua longa cauda, apurada inteligência e grande
irritabilidade quando contrariado, contrata como guia um pequeno aldrabão
local, Pablito (interpretado por Jamel Debbouze, apresentador da cerimónia de
entrega dos Césars deste ano e o arquitecto Numerobis do filme de Astérix
referido), e juntos embrenham-se na densa selva onde depararão com piranhas esfomeadas
(o pitéu preferido do Marsupilami), um ditador com um grande segredo e uma
tribo indígena que preserva uma antiga profecia…
O elenco, que inclui ainda o comediante Fred Testot, (a
também realizadora) Géraldine Nakache ou Lambert Wilson, na versão dobrada emportuguês conta com as vozes de Alice Santos, António Vaz Mendes, Joana Carvalho,
Jorge Mota, Rui Oliveira e Teresa Queirós.
Com cerca de um metro de altura, várias vezes multiplicada
na sua cauda interminável, que lhe serve para mil e uma funções, amarelo com
bolas negras, ovíparo, carnívoro e dotado de uma enorme inteligência o
Marsupilami é uma das mais extraordinárias criações dos quadradinhos.
Imaginado por Franquin, estreou-se a 31 de Janeiro de 1952
na etapa final de “Spirou e os herdeiros”, na qual encontrá-lo era uma das
condições para Fantásio receber uma herança. Capturado o Marsupilami e ganho o
desafio, Spirou e Fantásio decidem devolvê-lo à sua selva natal, na Palômbia. Afeiçoado
aos seus novos amigos, o extravagante animal segue-os para casa, passando a integrar
as suas aventuras, até Franquin deixar a Dupuis, no final da década de 1960,
levando consigo o extravagante animal, que protagonizaria histórias a solo, a
partir de 1986.
Agora, tudo indica que Spirou, Fantásio e o Marsupilami se
poderão reunir novamente, pois no passado mês de Março a Dupuis comprou a Marsu
Productions que detinha os direitos do Marsupilami (e também de Gaston
Lagaffe).
(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de
hoje, 4 de Abril de 2013)
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03/04/2013
Fred (1931-2013)
A banda desenhada acaba de perder um dos seus maiores
poetas, Frédéric Othon Théodore Aristidés, mais conhecido como Fred.
Francês de ascendência grega, nascido a 5 de Março de 1931,
publicou a sua primeira banda desenhada, “Journal de bord”, em 1954, na “Zero”.
Aí conheceu Georges Bernier (o célebre professor Choron) e François Cavanna,
com quem fundara a “Hara-Kiri”, em 1960, de que foi director artístico.
Cinco anos mais tarde, juntou-se à equipa da “Pilote”, dando
um contributo decisivo para fazer da banda desenhada uma arte (também) para
adultos, assinando as primeiras aventuras de Philémon, uma série poética,
filosófica e experimental, cujo protagonista, um sonhador, começou por saltar
de letra em letra, na palavra Atlântico, pois cada uma é uma ilha no meio
daquele oceano, e depois partiu à descoberta de novos mundos e realidades
paralelas.
O último álbum da série, “Le train où vont les choses”, que Fred
fez ponto de honra terminar para “fechar o círculo”, foi publicado há poucas semanas,
constituindo assim uma espécie de testamento artístico de um autor que
Angoulême distinguiu com o Grande Prémio, em 1980, e que homenageou de novo com
uma exposição antológica na edição deste ano.
Autor inquieto, crítico da sociedade e em busca da
diferença, que foi capaz de inovar na narrativa aos quadradinhos cuja estrutura
soube explorar graficamente como poucos, Fred, a par dos 16 álbuns de
“Philémon” (apenas o primeiro, “O Náufrago do ‘A’” foi editado em português,
pela Meribérica/Líber), legou-nos também obras como “Le Petit Cirque” (1973), “Le
Journal de Jules Renard lu par Fred” (1988; “O Diário De Jules Renard lido por
Fred”, Bertrand Editora), “L’Histoire du corbac aux baskets” (1993; Melhor
Álbum de Angoulême 1994; “A história do corvo de Ténis”, Meribérica/Líber), “L’Histoire
du conteur électrique” (1995; “A História do Contador Eléctrico”,
Meribérica/Líber) ou “L’Histoire de la dernière image” (1999) cuja (re)leitura
vivamente aconselho.
Almanaque Tex #44
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02/04/2013
A arte de... Marc-Antoine Mathieu
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'Tamos Tramados - Lançamento
No próximo
dia 5 de Abril, terá lugar na Casa da Cultura de Cabeceiras de Basto o lançamento oficial do livro “’Tamos tramados”,
conjunto de bandas desenhadas curtas, gags e cartoons de Mário José Teixeira
(Olivo).
Na ocasião terá
também lugar uma exposição de alguns originais do autor.
Mais
informações aqui.
Leituras relacionadas
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Moderação de comentários
Acabei de
apagar 19 comentários de spam, que surgiram aqui no blog nas últimas 8 horas!
Face a esta
situação, que se tem vindo a agravar e que não é só problema d’As Leituras do
Pedro, como me tenho podido aperceber nos últimos dias, vejo-me na necessidade
de passar a fazer moderação de comentários até a situação acalmar.
Espero que percebam
esta opção e que isso não seja impedimento para continuarmos a trocar
impressões sobre as leituras que fazemos e os quadradinhos de que gostamos!
01/04/2013
JOBAT (1935-2013)
João José
André Batista, mais conhecido como JOBAT entre os apreciadores de banda
desenhada portuguesa, faleceu no passado fim-de-semana, contava 77 anos.
Natural de
Loulé, onde nasceu a 18 de Dezembro de 1935, frequentou o curso de
Desenhador-Litógrafo na Escola de Artes Decorativas António Arroio em Lisboa.
Grande
parte da sua carreira, iniciada aos 18 anos, foi passada na Agência Portuguesa
de Revistas, onde desempenhou funções de paginador, legendador, ilustrador e
retocador de revistas de BD, tendo feito ilustrações para muitas das
publicações da época.
Neste
período, em termos de banda desenhada, destacam-se as histórias “Ulisses”
(publicada no Condor Popular”, em 1956, e reeditada nos Cadernos MouraBD, em
2005), “A Conquista de Santarém” (Colecção Audácia), e "O Voto de Afonso
Domingues" e "Luís Vilar" (“Mundo de Aventuras, 1958).
Na década
de 1960 foi responsável por diversas colecções de cromos para a APR, tendo-se
dedicado igualmente ao desenho de capas e à ilustração de livros.
Quando
Roussado Pinto lançou o “Jornal de Cuto”, em 1971, JOABT foi um dos seus
colaboradores desde o número inicial, ilustrando contos e poemas e assumindo
mesmo a chefia da redacção, já em 1973.
“A Vida
Apaixonada e Apaixonante de Camões”, um argumento de Michel Gérac publicado no
Diário Popular, em 1972, e editado em álbum em França, diversas narrativas de
temática bélica ambientadas na II Guerra Mundial, para a editora britânica
Fleetway, e "25 de Abril: Requiem para uma Ditadura", de
novo no Diário Popular, em 1975, que ficou incompleta, são outras bandas
desenhadas significativas no conjunto da sua obra.
A partir de
meados da década de 1970, dedicou-se à cerâmica decorativa e às artes gráficas,
bem como ao ensino de Educação Visual.
Há cerca de
uma década criou no semanário “O Louletano” a rubrica “9.ª Arte - Memórias
da Banda Desenhada” (que o blog Kuentro2 tem vindo a recuperar) onde reeditou algumas das suas bandas desenhadas e passou
ao papel uma série de memórias sobre o tempo que passou na Agência Portuguesa
de Revistas, que constituem um contributo importante para a história da BD
portuguesa que está por escrever.
Imagens retiradas do Kuentro2
(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de
1 de Abril de 2013)
Star Wars em Abril
(Planeta DeAgostini)
Comics Star Wars #6 - Clássicos 6
1 de Abril
de 2013
Comics Star Wars #7 - Clássicos 7
15 de
Abril de 2013
Comics Star Wars #8 - Clássicos 8
29 de
Abril de 2013
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