Desconcertante
Desconcertante. Este parece-me o melhor adjectivo - no momento, pelo menos - para descrever a sensação que me deixou a leitura deste Arde Cuba, nono volume da colecção Novela Gráfica 2020, da parceria Levoir/jornal Público.
Desconcertante
Desconcertante. Este parece-me o melhor adjectivo - no momento, pelo menos - para descrever a sensação que me deixou a leitura deste Arde Cuba, nono volume da colecção Novela Gráfica 2020, da parceria Levoir/jornal Público.
Autor e personagem
Tendo-me abeirado deste livro com justificadas expectativas, pelos ecos que já me tinham chegado e porque esperava pela edição desde Março - caso não tivesse havido pandemia - uma vez feita a leitura - que cumpriu o que eu aguardava - não consigo evitar associá-lo a duas outras obras aos quadradinhos.
Credibilizar o incrível
Entre os heróis 'tradicionais' - vou escrever assim... - da Sergio Bonelli Editore, onde incluo Tex, Zagor, Martin Mystère, Mister No, Nick Raider, (também) Ken Parker, este Nathan Never é aquele que menos conheço. Possivelmente porque, quando fiz a descoberta da produção popular Bonelli através das edições brasileiras da Mythos Editora, não havia nenhum título dedicado ao herói espacial. E, possivelmente, outra vez, porque entre todas as temáticas que aquelas séries abordam, a ficção científica - base de Nathan Never - é a que menos me atrai.
No passado dia 9 surgiu nas bancas e quiosques um novo coleccionável Marvel, desta vez com bustos dos principais super-heróis da Casa das Ideias.
Trata-se de uma edição Altaya/Planeta DeAgostini, composta por 26 figuras (+2 extra para os assinantes: Homem-Aranha de fato preto e Hulk vermelho). São figuras fabricadas em resina, pintadas à mão e que medem entre 8 e 14 centímetros de altura.
Por razões diversas, que vão desde a falta de tempo à ilusão de querer reler a série completa antes de escrever sobre ela - o que faz com que os volumes finais de Descender e Harrow County (ainda) estejam em suspenso... - até agora deixei passar o facto de a G. Floy em poucos meses ter completado três séries que estavam em curso.
Este texto, serve para lhe fazer (alguma) justiça.
Intemporal
Por vezes, certas escolhas editoriais parecem estranhas como é o caso deste Don Vega, que regressa pela enésima vez à história de Zorro.
Mas, uma vez feita a leitura, ela surge plenamente justificada, pelas opções autorais e também pela intemporalidade da história.
Desde (?) O estranho caso do Dr. Jekyll e Mister Hyde, de Robert Louis Stvenson, a questão da dupla personalidade tem dado origem a muitas e (algumas) boas histórias.
Este díptico de Martin Mystère, Dupla personalidade/Os Illuminati, é mais uma abordagem com essa base, com a curiosidade de a duplicidade surgir em... dose dupla.