Eu,
preconceituoso
Já conhecia
a fase em que John Cullen Murphy esteve à frente dos destinos
(gráficos) do Príncipe Valente, mas apenas de forma superficial e
através de umas
poucas leituras esparsas e desgarradas e nunca senti muita vontade de aprofundar esse conhecimento.
Assim, fiz a leitura destes
primeiros anos desse consulado sob o signo desse preconceito, que
não consegui afastar, pelo que não respondo pela isenção das
linhas que se seguem.
Sentimento
ambíguo
Termino a leitura - e
a releitura também… - com um sentimento
ambíguo. Se
compreendo o caminho escolhido - qualquer super-herói tem um passado
traumático que precisa de ser (mais) explorado - fiquei com a
sensação que faltou unidade a este álbum do Corvo, não
inocentemente o V (quinto) de Vicente…
Vamos lá tentar explicar.
Banda
desenhada de conforto
Se
o conceito de ‘comida de conforto’ é hoje em dia recorrente e tem muitos adeptos,
nunca ouvi falar de ‘Banda
desenhada
de conforto’. Mas ela existe e Verões
Felizes,
de que a Arte de Autor acaba de editar o terceiro díptico, é um bom
exemplo deste
conceito (inexistente).
Origens…?
O
subtítulo deste livro é As
origens de uma lenda do Oeste
mas, como todos sabemos, quando alguém chega ao estatuto intangível
de ‘lenda’, destrinçar entre a realidade (histórica) e os
‘pontos’ que lhe foram sendo acrescentados por todos os que
narraram a sua história é difícil, se não mesmo impossível.
Pouco
importa, se a narrativa for boa… e contribuir para fazer crescer a
lenda.
É
o caso deste primeiro tomo de Wild
West,
dedicado a um dos poucos heróis de saias do Oeste selvagem.