Como
uma nuvem de poeira sufocante
Sentados
em confortáveis sofás, com um sedutor livro nas mãos, estamos
longe de imaginar as dificuldades e as situações limite que outros
sofrem quotidianamente. Mas talvez as possamos de algum modo entender
quando, como em Dias
de Areia,
essas realidades nos entram pelos olhos dentro, como uma nuvem de
areia sufocante.
O
que vemos quando olhamos?
A
sinopse afirma que 'desde o nascimento, Barthô vê o mundo de um
jeito muito peculiar';
vê-o com os olhos de uma pessoa 'simples', deixem escrever assim,
sem maldade e com muita inocência.
O
mal - dele e nosso, porque todos somos influenciáveis e tantas vezes
vemos o que os outros querem e
não o que está lá -
é quando supostos amigos turvam e distorcem essa sua visão.
Um
documentário trágico e chocante
Num
mercado que continua a dar sinais de crescimento e diversificação,
a presença da coreana Keum Suk Gendry-Kim já começa a ser natural;
depois de no ano passado nos terem sido propostos Alexandra
Kim
(Levoir) e A espera
(Iguana), agora, esta última editora sugere Erva,
mais uma história real, sobre as adolescentes e mulheres que foram
utilizadas pelos japoneses como escravas sexuais durante a II Guerra
Mundial.