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11/08/2022

Tango #5

O passado bate sempre muitas vezes


O pressuposto é claro: Tango é uma série de aventuras franco-belga, com tudo o que de bom e menos bom que isso acarreta; se se lhe reconhece competência, profissionalismo e qualidade q.b., também é evidente que assenta nalguns clichés e estereótipos.
Independentemente disso - ou talvez mesmo por isso - se nunca desilude, também nunca chega a deslumbrar. O que não é contraditório com escrever que este quinto tomo, O último condor, é, possivelmente, o melhor até agora.

17/09/2021

Tango #1

Cartão de apresentação




Banda desenhada de aventuras, envolvente, leve e descontraída - elementos que nem sempre são fáceis de combinar - Tango é a mais recente aposta da Gradiva no segmento conhecido em França por grand public e o seu primeiro álbum, Um oceano de pedra, é sem dúvida um bom cartão de apresentação.

09/10/2022

Tango #6 (de 6)


Integral e fim



Num momento editorial estimulante, em que já se tornou comum a edição integral de séries, certamente poucos se terão apercebido que os 6 volumes de Tango demoraram apenas 13 meses a serem editados (Agosto 2021/Setembro 2022). Não sei se será um recorde para edições de livraria, mas que merece ser sublinhado, sem dúvida.

24/11/2021

Tango #2/#3


A(s) aventura(s) continua(m)

Um pequeno iate, paragens exóticas, belas mulheres, encontros inesperados, a aventura ao virar da esquina - ou em qualquer porto onde se faz escala - Tango (nome de série e do protagonista) é uma daquelas bandas desenhadas de aventuras, na linha daquelas que fizeram escola nos anos 1960-70 e que continuam a ter (muitos) apreciadores.

05/01/2024

Tango #7

Aventura com ‘A’ maiúsculo


Sei que já o utilizei mais do que uma vez aqui no blog, mas se há termo que descreve bem o que é a série Tango, é “aventura”, a “grande aventura”, a “aventura com A maiúsculo”, com todos os clichés, os estereótipos e a adrenalina que tal implica.
E chegados aqui, afinal não estava tudo terminado, nem Tango tinha acabado de nos narrar as suas aventuras ou, para ser mais rigoroso, então Xavier e Matz por ele.

04/05/2023

Tango #6 + Lonesome #3 + Mary Jane

Experiências de leitura

O acaso - ou o protector dos leitores de BD - fez-me chegar às mãos, com a minha óbvia participação financeira… - três edições especiais de tiragem limitada que me proporcionaram experiências de leitura diferentes do habitual.

12/04/2023

Le Serpent et le Coyote

Arrastados para o lado negro





Nova parceria entre Matz e Xavier, depois de Tango - cujos seis volumes foram disponibilizados a bom ritmo em português pela Gradiva - Le Serpent et le Coyote permite outras inferências para lá da grande aventura.

27/10/2010

Baron Samedi - L'enfant de la mort

Dog Baker (argumento e desenho)
(Treize étrange) (França, Outubro de 2010)
170 x 250 mm, 144 p., cor, cartonado


Resumo
Tudo começa num pequena aldeia, algures na América do Sul, num dia ensolarado, quando um casamento, cujas festividades decorrem ao som do tango, é interrompido pela chegada de mercenários ao serviço do governo francês. O seu objectivo é expulsar os moradores para explorarem uma mina de urânio no local. A recusa de saída provoca um massacre com um único sobrevivente, um rapazinho de 5 ou 6 anos.

Desenvolvimento
Descobrimo-lo – ainda ao som do tango, que sempre o acompanhará, mas já sob uma chuva que nada apaga, seja o sangue que correu a rodos, seja a dor que o assola, sejam as memórias da violência breve mas extrema que testemunhou – na vala comum para onde as vítimas da chacina foram lançadas, sentindo na face, na boca, o sangue que escorre da cabeça decapitada do pai.
E esta cena, que as páginas totalmente negras iniciais, sem imagens só com texto – e música – antecipam sem a deixar adivinhar, marca desde logo o tom negro e ultra-violento de um relato que lhe soma ainda um erotismo pudico (impensável numa obra europeia), que faz estranho contraste com a facilidade com que são mostrados os resultados (tortura, esventramentos…) da selvajaria extrema do protagonista.
A ele – o tal rapazinho do início – reencontramo-lo 15 anos mais tarde, em França, aparentemente livre dos seus fantasmas, iniciando uma carreira circense, apoiado por um ex-pugilista que se revela uma espécie de pai para ele.
Só que o acaso leva-o a descobrir o ex-líder dos mercenários entre os espectadores de uma sessão, despertando nele uma irresistível vontade de vingança. Que consuma após um confronto em que o seu ‘pai adoptivo’ morre e acaba com o rosto destruído por cal viva. E após o qual acabará por encontrar (e salvar) aquela que será a grande paixão da sua vida (e também futura companheira e cúmplice), Maman Brigitte – até aí vítima repetida de violações por parte do pai, que o protagonista também mata.
Nesse duplo confronto, a par do amor e da cumplicidade da bela mulher, o futuro Baron Samedi descobre também o gosto do sangue, o prazer de torturar e matar, encetando uma enorme vingança contra a França dos anos 1960 e tudo o que ela representa, traduzida em roubos e assassinatos, cada vez mais sádicos, violentos e inenarráveis, ao mesmo tempo que se afirma na sociedade sob uma (dupla) máscara: a primeira, para esconder a cara horrivelmente deformada; a segunda, como rico benemérito, responsável (entre outras coisas) por um orfanato para onde são encaminhadas os órfãos que os seus crimes originaram. E cujo ódio alimenta e direcciona para os utilizar mais tarde como piões na sua luta.
Luta na qual terá que enfrentar um adversário de peso, um inspector conhecido como o Porco, pela sua sensibilidade olfactiva, que em breve fará também parte da enorme lista daqueles que têm motivo para o odiar.
Iniciando-se com um tom ultra-realista, o relato progressivamente afasta-se dele, quer pelo evidente carácter ficcional dos feitos do Baron, quer pela aproximação que faz ao género de super-heróis, na utilização de alguns ‘tiques’ facilmente detectáveis, surgindo o protagonista como uma espécie de super-vilão maligno que, apesar dos extremos que comete, torna-se quase simpático aos olhos do leitor, numa estranha inversão de valores…
Utilizando plenamente a cor apenas na dupla sequência inicial do casamento/massacre, no resto do relato – no qual não há tempos mortos nem pausas para recuperar o fôlego - predominam os cinzentos e os negros, apenas aqui e ali tintados de amarelo - os ossos do fato do Baron Samedi ou os balões de texto do seu pensamento - e de vermelho, muito vermelho, vermelho a rodos - quando o sangue jorra e a (sua) violência explode.
O traço de Dog Baker, geralmente muito dinâmico, consegue combinar um estilo realista, próximo da linha clara, com o clima de puro horror e terror que perpassa toda a narrativa, com algumas cenas excelentes de tão incómodas, como a dupla página (14-15) na vala comum ou alguns dos momentos no cemitério, no confronto com o ex-mercenário.
Acha que fica explícito atrás, mas este foi um livro que me prendeu, apesar de o terror estar longe de ser o meu género por excelência. Fico por isso a aguardar a sequela, adivinhada pelo aparecimento de uma enigmática personagem feminina nas últimas pranchas e pelos desenhos premonitórios feitos pela filha deficiente que Maman Brigitte esconde.

A reter
- O início da narrativa logo no verso da capa, ou seja nas páginas de guarda, o que produz um efeito interessante.
- Algumas cenas, plenamente conseguidas.

Menos conseguido
- O progressivo afastamento do registo realista aproximando este conto negro da narrativa de super-heróis.
- Alguns desequilíbrios gráficos, no tratamento da figura humana e na falta de movimento de algumas cenas, em contraste absoluto com outras plenamente conseguidas.

Curiosidade
- O autor, o norte-americano Douglas Baker, “com um mau começo de vida”, passou algum tempo na prisão onde começou a desenvolver a sua arte, feita de erotismo e violência, traduzida em tatuagens que fazia aos outros detidos. Aproveitando um programa de reinserção, entrou na faculdade e começou a trabalhar em BD. A raiva e a violência patentes – latentes – nesta história serão reflexo dos sentimentos do autor?
- A versão original de Baker foi adaptada por Didier Convard, Eric Adam e colorida por Pixel, para reforçar a sua consistência narrativa.
- A personagem central deste livro, bem como a sua companheira, Maman Brigitte, foram livremente inspiradas em figuras do Vodou haitiano.
- Diversa informação sobre o livro (esboços, croquis, modelos, desenvolvimento das personagens, críticas, notícias…) pode ser encontrada no Facebook.

16/01/2023

2022 - Séries & Colecções: 7 a não perder + 20 a acompanhar

Parece completamente ultrapassado o paradigma de que em Portugal eram muitas as séries de BD iniciadas e quase nenhuma as que as editoras levavam até ao fim.

Tal como tinha acontecido em anos recentes, em 2022 foram publicados volumes de mais de oito dezenas de séries.

Para além das séries propriamente ditas, há também 12 colecções em curso, ou seja conjuntos de álbuns isolados mas de temática comum. As mais evidentes, a Colecção Clássica Marvel e os Clássicos da Literatura em BD.

Se muitas foram as séries e colecções que começaram no ano transacto, 16 chegaram ao fim durante o mesmo período, variando a sua duração entre os 2 e os 21 (!) volumes. Poderão encontrar a sua listagem completa mais abaixo.

22/11/2023

O Assassino #1/#2

Na pele dele

Começou hoje a ser distribuída com o jornal Público a nova colecção da ASA, O Assassino, uma criação de Matz (que já conhecemos bem de Tango) e Jacamon, nascida nas páginas da (A Suivre) em 1998 e originalmente publicada até 2014, num total de 13 álbuns.

29/05/2015

XI Festival Internacional de BD de Beja - 29/05/2015









Já a seguir, o programa completo para hoje do XI Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja.

30/07/2012

Nos 45 anos de Corto Maltese


















Três acontecimentos separados por mais de meio século, balizam o percurso de um dos mais emblemáticos (anti-)heróis que a banda desenhada já conheceu.

Novembro de 1913: em pleno oceano Pacífico, um catamaran encontra à deriva duas embarcações, um bote com um jovem casal e, depois, uma jangada com um branco amarrado.
1943: um italiano de 16 anos é repatriado para Itália, depois de dois anos num campo de concentração nazi.
Julho de 1967: a revista italiana “Sgt. Kirk” estreia no seu primeiro número “Una Balata del mare salato”, longo romance desenhado que viria a contar 163 pranchas a preto e branco e rompia com (muitos d)os cânones estabelecidos para o género.

Mas, afinal, o que une estes três acontecimentos? A resposta é simples: o italiano chamava-se Hugo Pratt, e apesar de jovem tinha e já uma longa vivência, fruto de um périplo por vários países. Essa experiência, depois de anos dedicados aos quadradinhos, entre Itália, Argentina e Inglaterra, em que criou “Asso di Piche”, “Sargento Kirk” “Ernie Pike” e muitos outros relatos que a traiçoeira memória nem sempre evoca, serviu-lhe de inspiração, já homem maduro, para escrever e ilustrar a BD citada, na qual o branco à deriva na jangada, que tinha por nome Corto Maltese, surgiria pela primeira vez (na quinta prancha), mas apenas como personagem secundária de um relato que tinha como verdadeiro protagonista o oceano.
Oceano que Corto cruzaria várias vezes, percorrendo meio mundo na esteira do seu alter-ego, da Veneza (natal de Pratt) a terras sul-americanas, da ensolarada Etiópia às místicas terras celtas, das imensidões geladas da Sibéria à mítica Atlântida.
Ao lado ou em oposição ao pérfido Rasputine, em desafiador equilíbrio com o guerreiro/filósofo Cush, nelas conheceu belas mulheres, com Pandora acima de todas, – cujos corações muitas vezes destroçou mas a quem nunca se prendeu – aliou-se ao IRA e a outros revolucionários, foi iniciado nos mistérios das artes místicas brasileiras, do Talmude e da Tora judaicos, vivenciou o tango argentino, descobriu descendentes de civilizações perdidas, presenciou atentados, roubos e actos menos lícitos, filosofou sobre a vida e a morte, viveu ou sonhou aventuras que fizeram e continuam a fazer sonhar gerações.
Relatos abertos em que a base histórica, o tom ficcional, a grande aventura e o onirismo só possível aos grandes criadores se equilibram, desenhados com brancos luminosos e negros absolutos, em contrastes marcantes e poderosos, num traço depurado e, muitas vezes, simbólico, repleto de silêncios, inspirado no grafismo dos quadradinhos dos mestres Milton Cannif e Will Eisner e no espírito dos romances clássicos de aventura de Kipling, Stevenson, Conrad ou Melville.
Marinheiro errante, perseguidor de utopias, defensor das causas (que considera) justas, louco ou corajoso, irresponsável ou aventureiro, anarquista, libertário, romântico, com uma enorme sede de liberdade e seguro de ser o seu único senhor, Corto, cidadão do mundo embora natural de Malta, onde terá nascido a 10 de Julho de 1887, filho de mãe cigana e de pai marinheiro, protagonizou centenas de pranchas em quase duas dezenas de livros, tendo ficado por narrar o seu desaparecimento, nos anos 30, na guerra civil espanhola, a última utopia de um mundo cada vez mais controlado e global.
Alter-ego do seu criador, partiu com ele em 1995, ano em que Pratt fez a sua última viagem, rumo ao paraíso dos grandes criadores. Talvez por isso, os anúncios de um eventual regresso por outras mãos, até hoje nunca se concretizaram. Felizmente?
Para nossa sorte e deleite, continua vivo, nas páginas aos quadradinhos que Pratt nos legou, sempre pronto a partir em busca dos sonhos que a maioria de nós não nos atrevemos a ter.

Estreado entre nós nas páginas da revista Tintin, no nº 743, de 15 de Março de 1975, talvez trazido pelos ventos de liberdade que sopravam então no nosso país, Corto foi mal-amado por muitos dos seus leitores que, habituados ao classicismo da BD franco-belga, consideraram a obra-prima de Pratt “mal desenhada”.
Em álbum a Bertrand editou “A Balada do Mar Salgado”, tendo as Edições 70 lançado os outros 16 títulos disponíveis, entre 1979 e 1988. A passagem para o catálogo da Meribérica/Líber, apresentou a novidade da cor, em belas aguarelas de Pratt e os seus assistentes, e de introduções profusamente ilustradas, assinadas pelo seu criador. Depois de um volume na colecção Clássicos da BD, do Correio da Manhã, de passagens pelas duas séries das Selecções BD e de uma colecção em conjunto com o jornal Público, que contou 16 volumes mais um guia de leitura, actualmente, a ASA tem em curso uma nova reedição, num formato ligeiramente inferior ao original, na qual os locais de passagem de Corto são revisitados pelo escritor Marco Steiner e o fotógrafo Marco D’Anna.
Em português estão também disponíveis “As Mulheres de Corto Maltese” (assinado por Pratt e Michel Pierre, da Meribérica) e “O desejo e ser inútil” (Relógio D’Água), célebre entrevista de Dominique Petifaux ao autor veneziano, duas obras fundamentais para melhor conhecer o seu universo único.
O aniversário que agora passa, fica marcado por “Corto Maltese no Século XXI”, a quarta edição do fanzine Efeméride, de Geraldes Lino, em cujas páginas algumas dezenas de criadores gráficos portugueses, quase todos clonando o traço de Pratt, evocam, homenageiam e parodiam o marinheiro errante.

(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 24 de Julho de 2012)


24/05/2015

XI Festival Internacional de BD de Beja – Concertos Desenhados






Uma banda, ao vivo, acompanhada pela projecção do trabalho de um autor de banda desenhada numa tela gigante, com desenho em tempo real.
A programação, já a seguir.

18/04/2015

Café Espacial #13














É verdade que o café já não está quentinho – afinal a Café Espacial #13 está disponível desde final do ano passado – mas os sabores – diversificados, do mais suave ao mais intenso – continuam todos lá.

25/01/2021

A(lguma da) BD que vamos ler em 2021



Guardei este texto para 'inaugurar' o novo visual de As Leituras do Pedro (a seguir à sua apresentação, obviamente), mas confesso que me entristece a forma como ele tem de entrar. Porque, desde logo, exige um aviso - vulgar nos tempos de pandemia que vivemos: se em condições normais, os programas editoriais preparados pelas editoras estão sujeitos a ajustes, isso será mais evidente este ano.

05/05/2015

Mort Cinder







É distribuído amanhã, quarta-feira, com o jornal Público, a edição integral de Mort Cinder, uma criação de Hector Oesterheld e Alberto Breccia.
É o primeiro dos dois volumes disponíveis esta semana, da colecção Novela Gráfica, da Levoir, que concluem uma das mais aconselháveis iniciativas na área da BD feitas em Portugal.
Nota de imprensa e imagens fornecidas pela editora já a seguir.
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