Rui Lacas (argumento e desenho)ASA (Portugal, Outubro de 2009)
205 x 293, 77 p., cor, cartonado
Depois de várias obras neo-realistas de temática humana e social, entre os quais o muito interessante “Obrigada, patrão”, Rui Lacas, um dos valores seguros da moderna banda desenhada portuguesa, surpreende com este relato misto de antecipação cientifica e de super-heróis, de que este álbum é apenas o inicio, de uma (prevista) trilogia. Da história e do projecto, que prevê uma eventual edição em formato comic-book nos EUA e num eventual álbum integral em França…

Mantendo o seu estilo gráfico, apoiado num traço grosso linha clara, de cores quase sempre vivas, uma planificação dinâmica e multifacetada, com a utilização de múltiplos enquadramentos, aqui apoiados por uma utilização da cor e das sombras mais cuidada, Lacas, que mantém uma grande originalidade nas (eficazes) onomatopeias, leva-nos até 2112. Nesse futuro (im)possível(?), a Terra tem à sua frente um governo mundial de unidade, no seguimento de um cataclismo provocado pela queda de um asteróide um século antes e que, se causou muitas mortes e destruiu as cidades costeiras, teve o condão de unir a humanidade na luta pelos interesses comuns.
Para evitar a repetição da catástrofe, foram desenvolvidos estudos que levaram à criação de uma raça de super-seres, os Asteroid Fighters que dão título à obra. E cuja missão urge mais do que nunca, quando um misterioso ser começa a bombardear o nosso planeta com asteróides artificiais. Recheada de citações (em especial a registos de comics e manga) e homenagens – aos amigos que trabalham com ele no estúdio e aos “verdadeiros” super-heróis -, a história, ritmada, divertida e recheada de momentos de tensão e suspense, desenvolve-se a bom ritmo,
com a informação necessária para a sua compreensão bem diluída nos diálogos, um dos aspectos em que Lacas, mais uma vez, brilha, cumprindo com distinção o seu objectivo: divertir e entreter. O que não é pouco, nos dias que correm, ficando o voto que os restantes tomos chegues depressa, porque este, fazendo muitas perguntas e dando poucas respostas, deixa água na boca.
(Versão revista e aumentada do texto publicado originalmente a 30 de Janeiro de 2010, na página de Livros do suplemento In’ da revista NS, distribuída aos sábados com o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias)
(Versão revista e aumentada do texto publicado originalmente a 30 de Janeiro de 2010, na página de Livros do suplemento In’ da revista NS, distribuída aos sábados com o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias)
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O caminho de ambos vai-se cruzar, numa armadilha do destino, que leva a que Dany seja raptado no exacto momento em que Mia ganhou coragem para falar com ele - ainda que só para lhe perguntar as horas… E que faz com que Mia seja a única a reagir, acabando por ser também levada pelos raptores, interessados em receber um belo resgate pelo rapaz.




