Para o bem e para o mal, segundo os diversos pontos de vista
– comercial, financeiro, autoral, editorial, dos fãs – os anos recentes vão
marcar todo o futuro de Tex.
Um espião canadiano ao serviço do exército nortista traz notícias do seu país: há um velho pesquisador de ouro, oriundo do Alabama, que quer legar a sua fortuna aos Confederados. Estes já atravessaram as linhas nortistas e já alcançaram o Quebeque! É preciso impedi-los a todo o custo de deitarem a mão àquele ouro! Nomeados pelo Estado-Maior, Chesterfield e Blutch lançam-se no encalço do velho benfeitor. Um negociante de peles canadiano, malcheiroso e coberto de piolhos, irá ajudá-los – ou atrasá-los – nas suas buscas.
Menos de um mês após a edição francófona e como uma das
primeiras traduções da obra, a ASA disponibilizou a tempo do natal o novo álbum
de Blake e Mortimer.
De regresso, estão Yves Sente, no argumento, e Andre
Juillard, no desenho, uma dupla que assina aqui já o seu sétimo álbum na série e
que aparentemente denota algum cansaço ou falta de ideias.
Já o escrevi várias vezes. Cresci com o Mundo de Aventuras,
li nele (quase) todo o género de banda desenhada; para o bem (muito) e mal (que
quase não identifico) foi a minha escola no que aos quadradinhos diz respeito.
2016 foi um ano de grande crescimento editorial e isso
reflectiu-se em As Leituras do Pedro que atingiram um número recorde de
entradas: 561, confirmando igualmente a tendência de crescimento constante,
desde a criação deste blog, em 2009.
Depois do bom
momento editorial registado em 2015, 2016 surpreendeu por se ter ido ainda
mais além. Um crescimento bem significativo que pode ser também sinónimo de consolidação,
mais uma vez com a diversidade como mote principal.
Chama-se Hervé Darmenton mas no mundo da banda desenhada é
conhecido como Achdé e por ser o actual desenhador de Lucky Luke. “Há já 15
anos”, como fez questão de lembrar com visível orgulho, durante a recente
passagem pela Comic Con Portugal 2016.
A Guerra de Secessão parece não ter fim e o General
Alexander reúne com o seu Estado-Maior para debater o assunto. No final surge
uma nova estratégia, que consiste em provocar a revolta entre a população negra
sulista. Desta forma, não só os Negros se tornariam poderosos aliados dos
Nortistas, como a sua sublevação desestabilizaria as linhas inimigas. Escoltado
pelo sargento
Chesterfield e pelo cabo Blutch, um homem chamado Black Face
aceita ir falar com os escravos do campo inimigo. Mas esta estratégia revela-se
um pau de dois bicos…