Procurem-no...
Diz
o velho jargão, ‘nunca voltes ao lugar onde
foste feliz’. Como todos os jargões - ditados, ditos populares e
quejandos - umas vezes é verdadeiro, outras não.
Não
é, felizmente, neste regresso de Matthieu Bonhomme a Lucky Luke - e
ao seu universo - depois do justamente aclamado O homem que matou Lucky Luke -
em que consegue levar ainda mais longe a sua personalização do
universos criado por Morris - e consolidado por Goscinny.
Simbiose
assustadora
Se
adaptar obras clássicas, nunca é tarefa fácil, quando pensámos
num autor do calibre de Edgar Allan Poe, a tarefa recrudesce, seja
pelo conhecimento prévio que muitos já têm dos contos e poemas
originais, seja pelo tom fantástico, o suspense ou o terror literal
e psicológico que neles impera.
Mas,
na verdade, teria sido difícil escolhido um desenhador mais
competente do que Richard Corben
(1940-2020)
para
o fazer.
Espíritos
dos Mortos,
uma compilação agora disponibilizada pela G. Floy, demonstra-o...
de forma assustadora!
Como
um murro no estômago...
Como
já referido noutro caso equiparável, os que pertencem à minha geração -
bem como à geração anterior e à(s) seguinte(s)
-
descobriram muitos dos clássicos da literatura nas versões animadas
ou aos quadradinhos de Walt Disney.
Peter
Pan,
para mim, é um dos exemplos, por isso (re)descobri-lo
nesta versão crua
e psicologicamente violenta de
Regis
Loisel, foi como um autêntico murro no estômago.
Herdeiros
do manga (I)
Se
noutras épocas, foram
as tiras de imprensa norte-americana, primeiro, ou os super-heróis,
mais tarde, por
exemplo, que
influenciaram gerações de autores, as mais recentes têm no manga -
e no anime, também - muitas das suas raízes, o que se torna
evidente
nas suas obras.
Yojimbot,
é um (belo) exemplo.
Quem
conta um conto...
Diz
a sabedoria popular que não há dias sem três, por isso utilizo
pela terceira vez esta abertura: 'Num
ano em que as editoras nacionais parecem rendidas ao western
- Undertaker,
Duke,
Tex,
O último homem...,
Lucky Luke...', mas desta vez forço
a nota, para ter a
terceira entrada
consecutiva
com esta temática,
esta semana.
Isso,
porque li
finalmente este
Fantasmas de Natal,
(justamente) muito bem referenciado.
Ocaso...
Cito, com uma ligeira nuance, a abertura de ontem: 'Num
ano em
que a edição em Portugal parece
rendida
ao western
- Undertaker,
Tex,
O último homem..., Lucky Luke... - Duke: Pistoleiro é o que serás
é mais uma edição para engrossar aquela (bela)
lista'.
E
é
mais uma obra de
Hermann, um dos grandes Autores que a banda desenhada me fez
descobrir, admirar, respeitar, seguir, mesmo quando está claramente
a entrar no seu ocaso.
Até
ao fim...
Num
ano em que a edição em Portugal parece rendida ao western
- Undertaker,
Tex,
Duke, Lucky Luke de...
- O
último homem... é
mais um
título para
engrossar aquela bela lista, com uma história que se lê até à
última página...
Animal
selvagem...
Já
declarei aqui, muitas vezes, a minha paixão pelo western. Por
expressar directamente - embora feito em muitos outros textos - está
outra
das minhas paixões aos quadradinhos - e para lá deles - herdadas da
adolescência:
Tarzan,
em particular,
e um grande número de 'homens-macacos',
em
geral.