22/08/2013

Leituras nas bancas – Agosto

Edições periódicas de banda desenhada este mês disponíveis nas bancas portuguesas.









Bonelli em Agosto (II)

(Mythos Editora)

Esta é a segunda distribuição das edições da Mythos este mês em Portugal, depois da primeira ter colocado nos quiosques as edições que deveriam ter saído em Julho, mas que se atrasaram devidos a atrasos na alfândega

J. Kendall – Aventuras de uma criminóloga #98 

Mágico Vento # 127 

Tex #489 

Tex Coleção #281


Tex Gigante #25

Zagor #142
 



Zagor Extra # 106

DC Comics em Agosto

(Panini Comics)

A Sombra do Batman #6 


Batman #6 


Lanterna Verde #6

 Liga da Justiça #6

Superman #6


Universo DC #6

Marvel em Agosto

(Panini Comics)

Homem-Aranha #132

Os Novos Vingadores #107
 


Universo Marvel #30 


Wolverine #96 



X-Men #132

Turma da Mónica em Agosto

(Panini Comics)

Almanaque da Magali #37 


Almanaque da Tina #13

Almanaque do Chico Bento #37

Almanaque do Louco #5

Almanaque Papa-Capim e Turma da Mata #6 


Cascão #74 


Cebolinha #74 


Chico Bento n#74 


Clássicos do Cinema #36 - Coelhada para o futuro

Historinhas de uma página #8 

Magali #74 


Mônica #74 


Mónica Joven #6 


Monica Teen #6

 Mónica y su Pandilla - Turma da Mónica em Espanhol #23 


Monica’s Gang - Turma da Mónica em Inglês #23 


Pelezinho Colecção Histórica #1 


Pelezinho Passatempos Divertidos#1

Ronaldinho Gaúcho #74 


Turma da Mónica – Saiba mais #65 –Espanhol 


Turma da Mônica – Uma aventura no parque #74


Turma da Mônica Jovem #56

21/08/2013

Brick Bradford, 80 anos












Um dos heróis presentes no primeiro número do Mundo de Aventuras, em 1949, Brick Bradford, um dos pioneiros dos quadradinhos de ficção-científica, nasceu há 80 anos.

A estreia, sob a forma de tira de jornal, em jornais locais, acontecera a 21 de Agosto de 1933, graças à imaginação de William Ritt, um jornalista que, possivelmente, se inspirou em Buck Rogers, o herói do século XXV criado quatro anos. Os dois heróis, juntamente com Flash Gordon, surgido no ano seguinte, ficaram como expoentes de um género que balizaram durante décadas.
Combinando o registo de aventura com um tom policial e uma base científica com alguma consistência, Brick Bradford usava uma nave espacial em forma de pião, uma das invenções do cientista Kalla Kopak, um dos seus companheiros recorrentes tal como a sua noiva June, que lhe permitia viajar no tempo e no espaço e explorar os mais diversos mundos, reais ou imaginários, para viver todo o tipo de aventuras e enfrentar bactérias e dinossauros, robôs e extraterrestres, vilões e ditadores.
O responsável pelo desenho era Clarence Gray, possuidor de um traço fino, realista e detalhado, que haveria de brilhar ainda mais quando o herói espacial passou a protagonizar também uma página dominical colorida, a partir de Novembro de 1934, ano em que passou igualmente para alguns dos principais jornais nacionais norte-americanos.
Dois anos depois viriam as versões em revista, a adaptação em livros de bolso concretizou-se na década seguinte, bem como e a passagem ao cinema, num seriado de 12 episódios, de 1947, realizado por Spencer Gordon e Thomas Carr e protagonizada por Kane Richmond. O Pião do Tempo inspirou uma enorme escultura em bronze do artista canadiano Jerry Pethick (1935-2003), instalada em False Creek, em Vancouver, após ter estado mergulhada na água do mar durante dois anos para apresentar um aspecto envelhecido.
Ritt abandonou a sua criação no final da década de 1940, deixando-a nas mãos de Gray que passou a escrever também os argumentos. Em 1952, Paul Norris assumiu a tira diária e, cinco anos depois, com a morte de Gray, ficou igualmente responsável pela prancha dominical, gerindo os destinos de Brick Bradford até ao seu cancelamento, a 25 de Abril de 1987.
Para além do Mundo de Aventuras, em Portugal – onde chegou a ser rebaptizado como Brigue Forte – Bradford foi presença regular noutros títulos como “Audácia”, “Condor Popular”, “Grilo” ou “Jornal do Cuto” e em álbuns da Presença e da Futura. 

(Versão revista e aumentada do texto publicado no Jornal de Notícias de 21 de Agosto de 2013)


20/08/2013

Mágico Vento #124

El Ciego








Manfredi (argumento)
Perovic (desenho)
Mythos Editora
Brasil, Outubro de 2012
135 x 170 mm, 132 p., pb, capa mole, mensal
R$ 8,90 / 4,00 €


E de forma não programada, acabo por voltar a Mágico Vento (muito) mais cedo do que contava.
E, curiosamente, no registo menos habitual na série: o western puro e duro, num relato em que as conspirações e o lado místico e fantástico da personagem foram postos deliberadamente de lado.
A história é simples de resumir e de contornos tradicionais: uma aldeia de índios pacíficos e pobres é apanhada entre a opressão e os sonhos de glória de outro bando de apaches e um grupo de bandoleiros mexicanos.
A galeria de personagens compõe-se com um rancheiro pouco escrupuloso e o dono de um saloon, que esconde segredos de crimes e de (não menos) tragédias, com todos estes elementos a surgirem progressivamente e a deixarem antever um (inevitável) confronto final (muito) sangrento, com o (des)equílibrio de forças alterado pela chegada ocasional de Mágico Vento, que desempenha involuntariamente o papel de “pistoleiro” de serviço, mas que, mais do que elemento preponderante da mudança (de atitudes…), funciona como gatilho da mudança interior que leva os (que pareciam) mais fracos a superarem-se e a assumirem o controle do seu destino e os (aparentemente) mais fortes a experimentarem a derrota e a humilhação.
O relato, em largas sequências sem outros sons que os da região semi-desértica em que a história decorre ou o dos tiros que se perpetuam em ecos longínquos, tem alguns elementos distintivos que lhe retiram parte da linearidade que parecia inevitável e introduzem uma certa componente de surpresa. Bem construído, num crescendo que encaminha para a apoteose final, recheada de tiros, violência e adrenalina, tem tudo para agradar aos apreciadores de uma boa história de cowboys – por muito nostálgica que esta frase possa soar… - constituindo um fresco que ilustra algumas das facetas que pode assumir a ambição desmedida do ser humano.



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