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17/12/2010
Mágico Vento #97 a #101
Gianfranco Manfredi (argumento)
Darko Perovic, Pasquale Frisenda, Bruno Ramella, Frederic Volante, Goran Parlov, Stefano Biglia e Giovani Talami(desenho)
Tomislav Tikulin (cor do #100)
Mythos Editora (Brasil, Julho a Novembro de 2010)
135x175 mm, 100 p. (132 p. no #101), pb (cor no #100), brochado, mensal
1. Recorrentemente apercebo-me que em cerca de ano e meio que este blog tem de vida, até hoje ainda não me debrucei nele sobre este ou aquele autor, personagem ou série.
2. Por motivos diferentes, conforme os casos, mas com um resultado comum: o esquecimento de algo que já devia ter divulgado.
3. Mágico Vento, apesar de ser presença regular entre as edições de banca disponíveis mensalmente, é um desses casos.
4. O seu criador é Gianfranco Manfredi, nascido em 1948, em Senigallia, Itália, formado em História da Filosofia e que, para além de argumentista de fumetti, é também cantor e escritor. No universo Bonelli, para além de Mágico Vento, assinou também argumentos para Dylan Dog, Nick Raider ou Tex.
5. Graficamente, como é normal na editora, para assegurar a periodicidade mensal das revistas, têm sido vários os desenhadores que têm passado pela sua série – normalmente escolhidos de forma a adequar o seu estilo ao tema específico de cada episódio, apesar de alguns pontos comuns que garantam uma certa homogeneidade.
6. Entre os nomes recorrentes contam-se José Ortiz, Giuseppe Barbati, Bruno Ramella, Corrado Mastantuono, Pasquale Frisenda, Goran Parlov, Paolo Raffaelli, Sicomoro, Giez, Stefano Biglia, Ivo Milazzo, Luigi Piccatto e Corrado Roi.
7. Quanto à personagem central, seguindo outra “tradição” Bonelli, fisicamente foi baseada no actor Daniel Day-Lewis.
8. Sendo – sem qualquer dúvida – um western, Mágico Vento distingue-se, no entanto, das outras abordagens que os quadradinhos têm feito ao Velho Oeste, por várias razões.
9. Desde logo, porque o seu protagonista é um antigo soldado – de nome Ned Ellis - ferido numa explosão de um comboio que lhe apagou a memória, que ele vai recuperando em fragmentos ao longo da trama, descobrindo quem era e o que fez ao mesmo tempo que o leitor.
10. Salvo por Cavalo Manco, um índio, após ser ferido, Mágico Vento acabaria por se tornar um xamã Sioux, passando a viver com e à maneira dos índios, embora sejam muitas as suas incursões no mundo dito civilizado.
11. Por esse motivo, grande parte da saga é sobre a história, os costumes, as tradições e as crenças dos peles-vermelhas, conferindo-lhe – pelo rigor empregue – um carácter de verdadeira etnologia.
12. Mas em Mágico Vento há também uma forte componente histórica – que reforça o seu tom realista -, encontrando o protagonista nomes míticos e famosos do Oeste como o general Custer, Cavalo Louco ou Nuvem Vermelha entre outros. Por isso, ao longo da saga, há o acompanhamento de momentos marcantes da História dos Estados Unidos.
13. Noutros episódios ainda, prevalece um registo fantástico e mesmo de terror, geralmente baseado na concretização de lendas e crenças indígenas. E um acentuado lado místico, porque o xamã Sioux tem com frequência visões que esclarecem o seu passado ou o deixam vislumbrar o futuro.
14. Em Mágico Vento há ainda uma outra temática, que diz respeito à procura do seu pai – que acabará por encontrar no seu maior inimigo, Howard Hogan, um dos cabecilhas de uma organização secreta com muitas ramificações e também responsável pela explosão que Ned foi ferido.
15. Finalmente, é também possível encontrar na criação de Manfredi, episódios que constituem “werterns puros”, fiéis ao mais tradicional no género.
16. Tudo isto em histórias auto-conclusivas que permitem uma leitura isolada mas que constituem apenas uma pequena parte de um todo bem maior, bem desenvolvido, consistente e credível que cativa e prende o leitor.
17. A par de Mágico Vento, está geralmente o jornalista Willy Richards, mais conhecido como Poe, dada a sua semelhança física com o célebre escritor fantástico, que privilegia a “pena à espada”, espécie de consciência crítica, embora sujeito a tentações como o álcool ou mulheres disponíveis.
18. Pese embora o que escrevi no início, esta abordagem mais alongada a Mágico Vento, tem uma justificação (desnecessária): a chegada às bancas portuguesas este mês da sua revista #97, que inicia uma longa história (mais de 500 pranchas) – ou diversos episódios auto-conclusivos encadeados, se preferirem – durante a qual podemos assistir à célebre batalha do Little Big Horn, em que os índios derrotaram os soldados brancos e na qual o (também) célebre General Custer encontrou a sua morte, e conhecer algumas das versões existentes (verídico) sobre o seu desfecho.
19. Nessa descrição – obviamente ficcionada -, que constitui uma bela súmula dos pontos fortes da saga já atrás descritos, é notável a forma como os movimentos, motivações e questões internas dos dois lados em confronto são apresentados, num relato pausado, desenvolvido num tom crescente que culminará na batalha – a que quase não assistimos embora vejamos as suas consequências ao longo de (pelo menos) mais duas edições.
20. A par disso, há uma correcta e credível caracterização dos diferentes intervenientes, bem diferentes dos “bons” e “maus” habituais nos westerns, antes seres profundamente humanos com (algumas) qualidades e (muitos) defeitos.
21. Esperando ter escrito o suficiente para isso, deixo um conselho final: se nunca leu Mágico Vento, esta é uma boa oportunidade para o descobrir. Sabendo que corre o risco de, depois, querer conhecer toda a restante saga.
22. Como ponto final, em jeito de informação, fica a referência ao facto de o episódio #100 ser a cores – como é habitual nos números centenários Bonelli – e de a partir do #101, a revista aumentar de 100 para 132 páginas, permitindo a Manfredi explorar e explanar melhor os seus argumentos.
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28/06/2011
Mágico Vento
#102 – O retorno de Aiwass
Barbati (desenho)
Di Vicenzo (arte-final)
#103 – Encontro em Providence
Manfredi (argumento)
Barbati (desenho)
Volante (arte-final)
#104 – Fugindo do Inferno
Manfredi (argumento)
Perovic (desenho)
Mythos Editora (Brasil, Dezembro de 2010, Janeiro e Fevereiro de 2011)
135x175 mm, 132 p., pb, brochado
4,00 €
O roubo de um antigo artefacto – uma garra dourada - do Museu Smithsoniano de Washington, descoberto durante escavações arqueológicas Serpent Mound, desperta o interesse dos serviços secretos ao descobrirem que por detrás dele está a Cúpula Negra.
Poe é convidado a participar na investigação ao mesmo tempo que uma perturbadora visão põe Mágico Vento também no seu encalço, pois trata-se da chave que abre a porta do Inferno.
Já o escrevi de alguma forma, Mágico Vento é uma longa saga cuja base é o western – e alguns episódios são western puro – mas que deambula por vezes – ou, especificando melhor, também – por outros registos como o ficcional histórico, a exploração das lendas indígenas, o tom conspirativo e o fantástico.
O ciclo narrado nos números #102 (actualmente nas bancas portuguesas) a #104 é um bom exemplo do último género citado, levando Mágico Vento a outra realidade – o Inferno…? – para evitar que Aiwass consiga regressar dos mortos. Ao mesmo tempo, o seu amigo Poe, por um lado, e Henry e Boris, agentes do serviço secreto norte-americano, por outro, perseguem, mais uma vez, os membros da Cúpula Negra tentando evitar que concretizem aquele as suas intenções.
Se o resumo acima escrito pode soar estranho para quem não está familiarizado com Mágico Vento – o que é uma pena, deixem-me referi-lo, pela qualidade da escrita de Manfredi e pela forma como ele tem desenvolvido este extenso fresco sobre o oeste americano – a verdade é que o desconhecimento do que está para trás, podendo originar algumas dúvidas, não impede a fruição da obra, podendo até funcionar como alavanca para levar o (novo) leitor a descobrir mais sobre Ned Ellis e o seu passado.
Ao registo ficcional, o argumentista alia ainda uma base (por vezes …) histórica ao citar diversos casos inexplicados e lendas da época em que se situa a acção de Mágico Vento, contando várias histórias ao longo da história (!), aproveitando igualmente para citar e homenagear um dos mestres da literatura fantástica, H. P. Lovecraft.
Graficamente, embora reúna quatro assinaturas – Barbati, Di Vincenzo, Volante e Perovic – o relato não sofre com esse facto, revelando-se homogéneo, perfeitamente dinâmico e legível, com as personagens bem definidas, servindo o uso abundante de manchas de negro para acentuar o tom sombrio e fantástico do relato.
O conjunto assim criado revela-se denso, apelativo e bastante interessante e pode funcionar como uma boa porta de entrada num universo que aconselho a descobrir.
A reter
- A forma como Manfredi explora e equilibra os diversos locais em que o relato decorre.
- A interligação entre o tom fantástico e a base histórica.
Barbati (desenho)
Di Vicenzo (arte-final)
#103 – Encontro em Providence
Manfredi (argumento)
Barbati (desenho)
Volante (arte-final)
#104 – Fugindo do Inferno
Manfredi (argumento)
Perovic (desenho)
Mythos Editora (Brasil, Dezembro de 2010, Janeiro e Fevereiro de 2011)
135x175 mm, 132 p., pb, brochado
4,00 €
O roubo de um antigo artefacto – uma garra dourada - do Museu Smithsoniano de Washington, descoberto durante escavações arqueológicas Serpent Mound, desperta o interesse dos serviços secretos ao descobrirem que por detrás dele está a Cúpula Negra.
Poe é convidado a participar na investigação ao mesmo tempo que uma perturbadora visão põe Mágico Vento também no seu encalço, pois trata-se da chave que abre a porta do Inferno.
Já o escrevi de alguma forma, Mágico Vento é uma longa saga cuja base é o western – e alguns episódios são western puro – mas que deambula por vezes – ou, especificando melhor, também – por outros registos como o ficcional histórico, a exploração das lendas indígenas, o tom conspirativo e o fantástico.
O ciclo narrado nos números #102 (actualmente nas bancas portuguesas) a #104 é um bom exemplo do último género citado, levando Mágico Vento a outra realidade – o Inferno…? – para evitar que Aiwass consiga regressar dos mortos. Ao mesmo tempo, o seu amigo Poe, por um lado, e Henry e Boris, agentes do serviço secreto norte-americano, por outro, perseguem, mais uma vez, os membros da Cúpula Negra tentando evitar que concretizem aquele as suas intenções.
Se o resumo acima escrito pode soar estranho para quem não está familiarizado com Mágico Vento – o que é uma pena, deixem-me referi-lo, pela qualidade da escrita de Manfredi e pela forma como ele tem desenvolvido este extenso fresco sobre o oeste americano – a verdade é que o desconhecimento do que está para trás, podendo originar algumas dúvidas, não impede a fruição da obra, podendo até funcionar como alavanca para levar o (novo) leitor a descobrir mais sobre Ned Ellis e o seu passado.
Maioritariamente passado num mundo fantástico, povoado de demónios – uns mais do que outros – em busca de redenção ou do castigo final, levantando uma série de questões sobre o que nos espera depois da morte e podendo ser lido como relato de pura acção, este ciclo – de quase 400 páginas – beneficia ainda do facto de a narração se situar a vários tempos: a vivenciada pelo protagonista e as que têm como epicentro a acção de Poe e a de Henry e Boris, concorrendo todas – sem que eles saibam – para um final – não apoteótico mas quase catastrófico – comum.
E Manfredi, tirando bom partido do aumento de páginas de que a edição beneficiou recentemente, gere com mestria estes diversos momentos, deixando sucessivamente a acção em suspenso num momento crucial – e com ela o leitor – para retomar a narrativa noutro local, aumentando assim o suspense e o seu tom dramático, explorando sentimentos e emoções.Ao registo ficcional, o argumentista alia ainda uma base (por vezes …) histórica ao citar diversos casos inexplicados e lendas da época em que se situa a acção de Mágico Vento, contando várias histórias ao longo da história (!), aproveitando igualmente para citar e homenagear um dos mestres da literatura fantástica, H. P. Lovecraft.
Graficamente, embora reúna quatro assinaturas – Barbati, Di Vincenzo, Volante e Perovic – o relato não sofre com esse facto, revelando-se homogéneo, perfeitamente dinâmico e legível, com as personagens bem definidas, servindo o uso abundante de manchas de negro para acentuar o tom sombrio e fantástico do relato.
O conjunto assim criado revela-se denso, apelativo e bastante interessante e pode funcionar como uma boa porta de entrada num universo que aconselho a descobrir.
A reter
- A forma como Manfredi explora e equilibra os diversos locais em que o relato decorre.
- A interligação entre o tom fantástico e a base histórica.
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30/01/2014
Mágico Vento #131
(último número)
Por vezes gostava de poder parar o tempo, suspender
obrigações familiares e profissionais, dispensar o sono e a alimentação e
isolar-me.
Porquê? A explicação vem nas linhas que se seguem.
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09/01/2014
Bonelli em Janeiro
(Mythos
Editora)
J.
Kendall – Aventuras de uma criminóloga #101
Caça
ao tesouro
Texto: Giancarlo Berardi e Lorenzo Calza
Texto: Giancarlo Berardi e Lorenzo Calza
Desenhos: L. Pittaluga e F.
Antinori
História
originalmente publicada em Júlia italiana 101
Em
pleno mar das Filipinas, Júlia deve descobrir quem assassinou a tripulação de
um barco, o Vega, composta por biólogos marinhos que estão estudando a barreira
de corais. Entre eles, alguns colegas de universidade da investigadora de
Garden City, que se vê envolvida numa complicada investigação distante da terra
firme.
4,50€
Mais 6 edições de Mágico Vento, Tex e Zagor já a seguir...
Mais 6 edições de Mágico Vento, Tex e Zagor já a seguir...
25/01/2014
Bonelli em Janeiro (2.ª distribuição)
(Mythos
Editora)
ALMANAQUE TEX 45
Bandidos e Heróis
Texto: Mauro Boselli
Bandidos e Heróis
Texto: Mauro Boselli
Desenhos: Carlos Gomez
História originalmente
publicada em Almanacco del West 2013
Entre
as áridas e desoladas montanhas da divisa do Arizona com o Novo México está o
sonolento povoado de Clifton, uma pobre comunidade que sobrevive graças a uma
mina de cobre. Não é uma grande riqueza, mas os homens da quadrilha Johnson,
fugindo de Tex e seus parceiros, não podem se dar ao luxo de escolher. Só que
nas mesmas montanhas também se esconde um bando de cruéis apaches rebeldes. O
inevitável encontro de todos os grupos em Clifton vai trazer à tona o que cada
personagem tem de pior e de melhor, transformando bandidos em heróis.
E mais:
matéria sobre os autores dessa história e a forma inusitada como ela foi
criada.
4,00€
4,00€
Mais Tex, Julia, Mágico Vento e Zagor já a seguir...
25/07/2013
Mágico Vento #117 a #122
Manfredi
(argumento)
Perovic,
Barbati, Spadoni, Ramella, Siniscalchi, Bliglia, Talami (desenho)
Mythos
Editora
Brasil,
Março a Agosto de 2012
135
x 170 mm, 132 p., pb, capa mole, mensal
R$ 8,90 / 4,00 €
Por vezes, quem escreve regularmente sobre um
tema – aqui, a BD - acaba por cometer injustiças, esquecendo, mesmo que
involuntariamente, títulos que mereciam uma outra atenção.
No meu caso, penso que Mágico Vento é uma delas.
Leitura mensal regular, que em breve estará de volta às bancas nacionais para o
seu “grande final”, apenas duas vezes marcou presença neste blog.
A principal razão, penso eu, a posteriori, será o facto de não ter
(muitas) grandes histórias nos 132 volumes que constituem esta saga, apesar da
sua grande unidade e coerência, que obrigam – e justificam – uma leitura
integral mais do que dar atenção a determinada narrativa – e convém desde já
frisar que a maior parte dos volumes são autoconclusivos e permitem a leitura
isolada.
Após a participação de Mágico Vento - o
protagonista, um ex-soldado que se tornou xamã índio – na luta destes últimos
contra as tropas do General Custer (link) e antes da sua presença ao lado dos
que combateram o general Cook a caminho do seu ocaso, este punhado de revistas que
hoje destaco narra o seu confronto final com Hogan – embora este, de certa
forma, que não vou desvendar para não estragar o prazer da leitura, lhe
sobreviva.
Enfrentamento místico, de duas personalidades
fortes que personificam a luta do bem contra o mal, da autodeterminação contra
o domínio, do ser humano contra entidades que o querem subjugar, conclui de
forma épica, no seguimento de uma perseguição ao longo de boa parte dos Estados
Unidos, recheada de pequenos episódios que solidificam o retrato realista e
histórico que esta saga (também) constitui e reforçam as características
intrínsecas das personagens com que nos habituamos a conviver.
A par disto – e talvez esse facto tenha tido
algum peso subconsciente – para este destaque – neste último embate há a participação
de mortos vivos (embora ligados ao culto vudu), uma temática hoje em dia actual
e mediática por via do incontornável The Walking Dead, o que poderá ser um chamativo
para (mais) alguns leitores.
Capaz de agradar a admiradores de western, de
registos históricos, de narrativa fantásticas e das teorias da conspiração,
Mágico Vento merece, pelo menos, o benefício da dúvida e é nesse sentido que
deixo aqui esta chamada de atenção, que pecando por tardia, ainda não vem tarde
demais.
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09/11/2009
As Leituras dos Heróis – Mágico Vento e Poe
(segundo Gianfranco Manfredi*)
Pergunta - Se lesse banda desenhada quais seriam as preferidas de Mágico Vento?
Pergunta – E Poe?
Resposta - Poe lê de tudo, a começar por Edgar Allan Poe, obviamente. Se pudesse ler uma BD contemporânea, acho que “Jonah Hex” lhe agradaria, mas seguramente não perderia por nada os contos de Poe adaptados em banda desenhada por Battaglia.
* Com a preciosa intermediação de José Carlos Pereira Francisco
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20/08/2013
Mágico Vento #124
El Ciego
Manfredi
(argumento)
Perovic
(desenho)
Mythos
Editora
Brasil,
Outubro de 2012
135
x 170 mm, 132 p., pb, capa mole, mensal
R$
8,90 / 4,00 €
E de forma não programada, acabo por voltar a
Mágico Vento (muito) mais cedo do que contava.
E, curiosamente, no registo menos habitual na
série: o western puro e duro, num relato em que as conspirações e o lado
místico e fantástico da personagem foram postos deliberadamente de lado.
A história é simples de resumir e de contornos
tradicionais: uma aldeia de índios pacíficos e pobres é apanhada entre a
opressão e os sonhos de glória de outro bando de apaches e um grupo de
bandoleiros mexicanos.
A galeria de personagens compõe-se com um rancheiro
pouco escrupuloso e o dono de um saloon, que esconde segredos de crimes e de (não
menos) tragédias, com todos estes elementos a surgirem progressivamente e a
deixarem antever um (inevitável) confronto final (muito) sangrento, com o
(des)equílibrio de forças alterado pela chegada ocasional de Mágico Vento, que
desempenha involuntariamente o papel de “pistoleiro” de serviço, mas que, mais
do que elemento preponderante da mudança (de atitudes…), funciona como gatilho
da mudança interior que leva os (que pareciam) mais fracos a superarem-se e a
assumirem o controle do seu destino e os (aparentemente) mais fortes a
experimentarem a derrota e a humilhação.
O relato, em largas sequências sem outros sons
que os da região semi-desértica em que a história decorre ou o dos tiros que se
perpetuam em ecos longínquos, tem alguns elementos distintivos que lhe retiram
parte da linearidade que parecia inevitável e introduzem uma certa componente
de surpresa. Bem construído, num crescendo que encaminha para a apoteose final,
recheada de tiros, violência e adrenalina, tem tudo para agradar aos
apreciadores de uma boa história de cowboys – por muito nostálgica que esta
frase possa soar… - constituindo um fresco que ilustra algumas das facetas que
pode assumir a ambição desmedida do ser humano.
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23/12/2009
As Leituras dos Heróis – Mágico Vento (II)
(segundo Pasquale Frisenda *)
Pergunta - Se lesse banda desenhada quais seriam as preferidas de Mágico Vento?
Resposta – Bem… Mágico Vento leria, talvez, os quadradinhos de Tex, Zagor, Blueberry ou McCoy, que são próximos dos heróis típicos das Dime Novel (revistas populares) da época, ou então Dylan Dog ou Hellblazer… mas também Zora, a vampira, em minha opinião…
* com a preciosa intermediação de José Carlos Pereira Francisco
Pergunta - Se lesse banda desenhada quais seriam as preferidas de Mágico Vento?
Resposta – Bem… Mágico Vento leria, talvez, os quadradinhos de Tex, Zagor, Blueberry ou McCoy, que são próximos dos heróis típicos das Dime Novel (revistas populares) da época, ou então Dylan Dog ou Hellblazer… mas também Zora, a vampira, em minha opinião…
* com a preciosa intermediação de José Carlos Pereira Francisco
Leituras relacionadas
As Leituras dos Heróis,
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Pasquale Frisenda
04/05/2015
Pasquale Frisenda na 2.ª Mostra do Clube Tex Portugal
O autor italiano Pasquale Frisenda, desenhador
do Tex
Gigante #23 – Patagônia, é um dos convidados da 2.ª
Mostra do Clube Tex Portugal, que decorre no próximo fim-de-semana, dias 9
e 10 de Maio, na Anadia.
Já a seguir, uma breve apresentação do autor
fornecida pela organização.
Leituras relacionadas
Bonelli,
Pasquale Frisenda,
Tex
05/05/2015
Stefano Biglia na 2.ª mostra do Clube Tex Portugal
O desenhador italiano Stefano Biglia é um dos
convidados da 2.ª
Mostra do Clube Tex Portugal, que decorre no próximo fim-de-semana, dias 9
e 10 de Maio, na Anadia.
Já a seguir, uma breve apresentação do autor
fornecida pela organização.
09/06/2011
Leituras de Banca
Junho de 2011
Revistas periódicas de banda desenhada este mês disponíveis nas bancas portuguesas.
Deixo desde já alguns destaques: pela positiva, o regresso de J. Kendall, Mágico Vento e das Tiras Clássicas da Turma da Mônica, e, pela negativa, a ausência dos habituais títulos da Marvel, que no entanto regressarão em Julho.
Mythos
Panini
Turma da Mónica
Almanaque da Magali #24
Almanaque do Chico Bento #24
Almanaque temático Mônica – Vampiros #16
Cascão #48
Cebolinha #48
Chico Bento #48
Magali #48
Mônica #48
Ronaldinho Gaúcho e Turma da Mônica #48
Tiras Clássicas da Turma da Mônica #6
Turma da Mônica – Clássicos do Cinema #23 – As Panterelas
Turma da Mónica – Saiba mais #39 – Aleijadinho
Turma da Mônica – Uma aventura no parque #48
Turma da Mônica Jovem #30
Turma da Mônica Jovem Revista Poster #1
DC Comics
Batman #96
Liga da Justiça #95
Superman #96
Universo DC #5
Marvel
Este mês não serão distribuídos os habituais títulos da Marvel.
Manga
Vampire Knight #3
Revistas periódicas de banda desenhada este mês disponíveis nas bancas portuguesas.
Deixo desde já alguns destaques: pela positiva, o regresso de J. Kendall, Mágico Vento e das Tiras Clássicas da Turma da Mônica, e, pela negativa, a ausência dos habituais títulos da Marvel, que no entanto regressarão em Julho.
Mythos
TEX COLEÇÃO 260 - Ninho de Serpentes
OS GRANDES CLÁSSICOS DE TEX 26 - Na Trilha de Laredo
TEX EDIÇÃO HISTÓRICA 78 - São Francisco
ZAGOR 117 - Justiceiro Implacável
ZAGOR ESPECIAL 29 - Uma Tribo em Perigo
MÁGICO VENTO 102
J. KENDALL, AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA 73 - A Teia se Fecha
Panini
Turma da Mónica
Almanaque da Magali #24
Almanaque do Chico Bento #24
Almanaque temático Mônica – Vampiros #16
Cascão #48
Cebolinha #48
Chico Bento #48
Magali #48
Mônica #48
Ronaldinho Gaúcho e Turma da Mônica #48
Tiras Clássicas da Turma da Mônica #6
Turma da Mônica – Clássicos do Cinema #23 – As Panterelas
Turma da Mónica – Saiba mais #39 – Aleijadinho
Turma da Mônica – Uma aventura no parque #48
Turma da Mônica Jovem #30
Turma da Mônica Jovem Revista Poster #1
DC Comics
Batman #96
Liga da Justiça #95
Superman #96
Universo DC #5
Marvel
Este mês não serão distribuídos os habituais títulos da Marvel.
Manga
Vampire Knight #3
19/01/2010
Nas bancas – Janeiro
Segundo o Blog do Tex, durante este mês estarão nas bancas portuguesas, para além de títulos de qualidade garantida, como J. Kendall ou Mágico Vento, a conclusão de “El Muerto”, uma das melhores histórias de Tex e também “Oklahoma!”, outra emblemática aventura do ranger, bem como a centésima edição de Zagor, integralmente a cores.
Eis a rlação completa das edições da Mythos Editora:
- TEX 451 - Fuga na Neve (Mauro Boselli e Miguel Angel Repetto)
- TEX COLEÇÃO 243 - A Colina dos Pés Juntos (Continuação da aventura El Muerto, Guido Nolitta e Aurelio Galleppini)
- TEX OURO 35 - Oklahoma! (Giancarlo Berardi e Guglielmo Lettèri)
- ZAGOR 100 - Magia Indígena (Moreno Burattini e Gallieno Ferri)
- ZAGOR EXTRA 64 - Caça ao Lobo (Capone e Polese)
- J. KENDALL - AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA 57 - Os Guerreiros (Giancarlo Berardi, Maurizio Mantero e Enio Legisamón)
- MÁGICO VENTO 86 - O Filho de Nuvem Vermelha (Gianfranco Manfredi, Giovanni Talami e Stefano Biglia)
Entretanto, as edições da Panini também já começaram a chegar às bancas, sendo de assinalar que a Turma da Mónica Jovem entra no seu segundo ano de publicação, a revista do Homem-Aranha traz o arco completo de A primeira Caçada do Kraven, com este último numa versão feminina, e que a saga Batman - RIP está no seu prólogo na revista do Homem-Morcego.
Segundo o site da editora, eis a data de chegada às bancas dos vários títulos distribuídos este mês:
- 14/01/2010 - Mónica nº 31, Cebolinha nº 31, Cascão nº 31, Homem-Aranha nº 90;
- 15/01/2010 - Magali nº 31, Chico Bento nº 31, Saiba Mais Turma Mónica nº 23, X-Men nº 90;
- 18/01/2010 - Almanaque Mónica nº 16, Almanaque Cebolinha nº 16, Almanaque Cascão nº 16, Novos Vingadores nº 65;
- 19/01/2010 - Ronaldinho Gaúcho nº 31, Turma da Mónica Parque nº 31, Almanaque Temático Cebolinha nº 11, Superman & Batman nº 47, Avante Vingadores nº 29;
- 20/01/2010 – Turma da Mónica Jovem nº 13, Mauricio Apresenta nº 7, Batman nº 79, Superman nº 79, Wolverine nº 54;
- 21/01/2010 – Colecção Histórica Mónica nº 12, Almanaque Astronauta nº 5, Almanaque Tina nº 6, Universo Marvel nº 47, Contagem Regressiva nº 13, Liga da Justiça nº 78.
Eis a rlação completa das edições da Mythos Editora:
- TEX 451 - Fuga na Neve (Mauro Boselli e Miguel Angel Repetto)
- TEX COLEÇÃO 243 - A Colina dos Pés Juntos (Continuação da aventura El Muerto, Guido Nolitta e Aurelio Galleppini)
- TEX OURO 35 - Oklahoma! (Giancarlo Berardi e Guglielmo Lettèri)
- ZAGOR 100 - Magia Indígena (Moreno Burattini e Gallieno Ferri)
- ZAGOR EXTRA 64 - Caça ao Lobo (Capone e Polese)
- J. KENDALL - AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA 57 - Os Guerreiros (Giancarlo Berardi, Maurizio Mantero e Enio Legisamón)
- MÁGICO VENTO 86 - O Filho de Nuvem Vermelha (Gianfranco Manfredi, Giovanni Talami e Stefano Biglia)
Entretanto, as edições da Panini também já começaram a chegar às bancas, sendo de assinalar que a Turma da Mónica Jovem entra no seu segundo ano de publicação, a revista do Homem-Aranha traz o arco completo de A primeira Caçada do Kraven, com este último numa versão feminina, e que a saga Batman - RIP está no seu prólogo na revista do Homem-Morcego.
Segundo o site da editora, eis a data de chegada às bancas dos vários títulos distribuídos este mês:
- 14/01/2010 - Mónica nº 31, Cebolinha nº 31, Cascão nº 31, Homem-Aranha nº 90;
- 15/01/2010 - Magali nº 31, Chico Bento nº 31, Saiba Mais Turma Mónica nº 23, X-Men nº 90;
- 18/01/2010 - Almanaque Mónica nº 16, Almanaque Cebolinha nº 16, Almanaque Cascão nº 16, Novos Vingadores nº 65;
- 19/01/2010 - Ronaldinho Gaúcho nº 31, Turma da Mónica Parque nº 31, Almanaque Temático Cebolinha nº 11, Superman & Batman nº 47, Avante Vingadores nº 29;
- 20/01/2010 – Turma da Mónica Jovem nº 13, Mauricio Apresenta nº 7, Batman nº 79, Superman nº 79, Wolverine nº 54;
- 21/01/2010 – Colecção Histórica Mónica nº 12, Almanaque Astronauta nº 5, Almanaque Tina nº 6, Universo Marvel nº 47, Contagem Regressiva nº 13, Liga da Justiça nº 78.
Leituras relacionadas
Bancas,
Maurício de Sousa,
Mythos,
Panini
31/07/2013
Melhores Leituras – Julho
Ainda sob o signo dos
75 anos do Superman,
este mês ficou marcado pelo regresso a algumas das suas histórias mais
marcantes; “Superman: Crónicas – vol. 1”, “Superman for all seasons” e “Kingdom
Come” (na edição portuguesa da Vitamina BD) foram, talvez as mais relevantes,
que não hesito em aconselhar, seja para recordar ou descobrir.
Quanto aos títulos
que eu descobri neste mês de Julho, fica aqui a relação dos mais significativos,
sem esquecer a leitura de cerca de uma dezena de tomos de Mágico Vento, cuja
edição brasileira está prestes a chegar ao final – tal como já aconteceu em
Itália – que também me marcou, como fiz eco oportunamente aqui no blog.
Vítor e Lu Cafaggi
Panini Comics Brasil
Gilles Chaillet e Ansar
NetCom2 Editorial
Ed Brubaker e Sean Philips
Panini Comics Espanha
Snoopy: A felicidade
é um cobertor quentinho
Pastis, Schulz, Scott
Editora Nemo
Robert Kirkman, John
Arcudi, Cory Walker e Steve Ellis
Panini Comics Espanha
Manfredi e Perovic
Mythos Editora
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