A apresentar mensagens correspondentes à consulta roca ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens
A apresentar mensagens correspondentes à consulta roca ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens

02/10/2020

Andanças e confissões de um homem em pijama

Ganhar consciência


Compreendo aqueles que olham para as 'crónicas em pijama' de Paco Roca como das suas obras menos interessante e admito até que - no presente caso - possam questionar se algumas das sequências de duas páginas que integram este livro não estão mais próximas do texto ilustrado do que da banda desenhada propriamente dita.

No entanto, a principal diferença entre este livro e o anterior é a (aparente) tomada de consciência do autor perante o mundo que o rodeia, revelada num certo afastamento do seu umbigo e em narrativas mais centradas nos problemas que afectam o nosso mundo.

26/08/2019

O Tesouro do Cisne Negro

Um outro Paco Roca




Depois de obras (muito) humanas e intensas como Rugas, A Casa ou Os Trilhos do Acaso, este O Tesouro do Cisne Negro apresenta-nos um outro Paco Roca, num registo entre a aventura e a reconstrução histórica - quase no campo da reportagem - mais próximo daquele que nos trouxe O Inverno do Desenhador.
O resultado, sendo uma obra muito legível e envolvente, desiludirá os que procurarem o ‘outro’ Paco Roca.

27/10/2016

A casa




A casa é um relato sereno e serenamente emotivo, em que o autor, Paco Roca, evoca o pai, através das suas memórias e das memórias dos irmãos.
Leiam a obra antes deste texto se não quiserem saber (de)mais sobre o livro…

21/09/2017

Nas bancas: Os Trilhos dos Acaso 2






(nota informativa disponibilizada pela editora)

Em Os Trilhos dos Acaso 2, chega ao fim a proeza do soldado Miguel Ruiz e dos seus companheiros de La Nueve, um grupo de espanhóis republicanos que lutou sob as ordens do General Leclerc contra o nazismo.

22/09/2017

Os Trilhos do Acaso

 
Fascinados sem interesse

O que têm em comum uma banda desenhada sobre produção de vinho e a criação de BD e outra sobre a participação de espanhóis na II Guerra Mundial? Que é como quem diz: que têm em comum Os Ignorantes e Os Trilhos do Acaso?

21/07/2009

Les Rues de Sable

Les Rues de Sable
Paco Roca (argumento e desenho)
Delcourt (França, Abril de 2009)
202 x 257 mm, 96 p., cor, capa cartonada

Resumo

Um jovem, atrasado para se encontrar no banco com a sua companheira, para assinar um contrato de empréstimo à habitação, corta caminho por um velho bairro da sua cidade, cuja saída não consegue achar. Acaba por ir ter a um hotel repleto de personagens absurdas, que vivem um quotidiano vazio e repetitivo, convencidas que nunca o poderão mudar.

Desenvolvimento
Este é um delírio (autobiográfico?) aos quadradinhos, com as sombras tutelares de Hergé e Borges, que explora o mais fundo da mente humana, convidando a que nos percamos com o autor nas armadilhas do subconsciente do protagonista, que, sem o perceber, se vai encontrando com diferentes possibilidades de si próprio, sempre incapaz de fazer (novas) escolhas e opções, sempre preso a momentos, recordações, objectos que o marcaram. Tal como na sua vida real, em que as hesitações, o medo de dar o passo em frente, parecem mais fortes do que o desejo de assumir em pleno a relação amorosa.
Para o narrar, Paco Roca explana mais uma vez o seu belo traço linha clara, combinado com uma planificação sóbria mas diversificada e labiríntica como a própria introspecção que conduz.
Após a leitura, fica a ideia de que a vida é (pode ser) como uma BD, como uma bela BD, na qual sempre pode aparecer a palavra (continua). Resta saber se o protagonista chegou – quis chegar – a tempo ao banco ou se preferiu passar (mais uma parte d)a vida preso nos seus sonhos de liberdade.
A ler, sem qualquer dúvida, apesar de um final demasiado aberto… como quase todos os sonhos. E vidas.

A reter
- Como adepto confesso da linha claro, tenho que destacar o traço de Roca.

Curiosidades
- Tintin, Popeye e o (óbvio) Corto Maltese são alguns heróis de BD que Paco Roca homenageia, expondo-os nas primeiras pranchas do relato.

30/12/2024

O abismo do esquecimento

Para suportar a dor da perda



A memória tem sido uma das temáticas recorrentes na obra de Paco Roca que, felizmente, está praticamente toda editada em Portugal. Seja nas questões relacionadas com a sua perda devido à doença de Alzheimer (como em Rugas), seja no peso das memórias familiares (A Casa, Regresso ao Éden), seja na forma como encara as consequências da Guerra Civil espanhola (Os Trilhos do Acaso). Esta última temática está de novo presente no mais recente O abismo do esquecimento, que tem edição da Ala dos Livros.

21/10/2016

Leitura Nova: A casa




Hoje, sexta-feira, dia 21 de Outubro, com o PVP de 14,90 €, a Levoir e o jornal Público editam mais um livro do conhecido e premiado autor espanhol Francisco Martínez Roca ou seja Paco Roca. Do mesmo autor editámos na colecção Novelas Gráficas 2016 O Inverno do Desenhador.

25/11/2009

Rides

Paco Roca (argumento e desenho)
Delcourt (França, Março de 2007)
200 x 263 mm, 104 p., cor, cartonado com sobrecapa com badanas


Velhos são os trapos, diz o adágio popular. Mas velhos seremos, também, todos nós, um dia, se o tempo nos deixar chegar lá. Se o corpo mandar. E, principalmentem, se a mente quiser. Porque, eu pelo menos acredito nisso, a velhice é um estado de espírito. Que faz de muitos "jovens", seres completamente senis, e de muitos "velhos", jovens na flor de idade.
"Rides", de Paco Roca, fala-nos da velhice. Não tanto enquanto estado de espírito, embora o conceito lá esteja subjacente, mas enquanto realidade incontornável. Isto, porque se passa quase totalmente num asilo - num lar de idosos, preferirão alguns, por soar mais "politicamente correcto".
Mas o que pode ter de "politicamente correcto" um lar como o que é aqui recriado - possivelmente espelho demasiado fiel (e em muitas casos até optimista) da triste realidade que estas instituições são - quando este não é mais do que um depósito de idosos, dividido em dois andares, o de baixo para os que ainda são autónomos, o de cima para os que pouco mais fazem do que vegetar à espera do fim, mas todos condicionados à mesma rotina estéril que apenas parece prepará-los (empurrá-los?) para o seu fim: acordar-tomar o pequeno-almoço-ver televisão-almoçar-ver televisão-jantar-dormir…
Narrativa ficcional, mas baseada em factos verídicos, que o autor viveu/ouviu contar/investigou, começa quando Émile é colocado no tal lar pelo seu filho (e nora…) quando os primeiros sinais da doença de Alzheimer se começam a manifestar, levando-o, cada vez mais frequentemente, a perder as memórias do presente, "refugiando-se" no passado - e atente-se na forma como Roca mostra isto graficamente, não só mostrando Émile quando era novo, mas, principalmente apagando as faces dos que o rodeiam ou deixando vinhetas/páginas em branco, dando uma força inusitada às consequências da sua doença.
A (in)adaptação de Émile, o seu relacionamento com os outros "hóspedes", as especificidades de cada um (da doença de cada um…), a sua progressiva perda de faculdades, num declínio inexorável e assustador, são narrados com crueza mas também ternura por Paco Roca e se o tom do relato é aparentemente leve e bem-disposto, ao que ajuda a sua linha clara, agradável, de traço
delicado, e com toques de bom humor - a velhice origina muitas situações caricatas - o todo incomoda e choca. Por vermos como a sociedade (lemos os outros? - só os outros….?) trata os seus velhos.
Por sentirmos que, um dia, podemos ser nós a estar lá.

(Versão revista e actualizada do texto originalmente publicado no BDJornal #18 de Abril/Maio de 2007)

12/12/2022

Regresso ao Éden

Triste paraíso



Paco Roca continua a narrar a (sua) história do século XX espanhol, em particular dos anos das guerras - Civil e II Mundial - e das décadas que se lhe seguiram. É uma forma muito pessoal de a contar, entre o realismo histórico e a sua realidade pessoal e familiar, esta última assumida de forma púdica e e num patamar inferior em relação à ‘Grande História’.
Continua a fazê-lo de forma extremamente sensível e original, enquanto explora - revela? - potencialidades do meio que lhe serve de veículo: a banda desenhada.

20/03/2013

Rugas











Paco Roca
Bertrand Editora
Portugal, Março de 2013
160 x 240 mm, 104 p., cor, brochada com badanas
16,60 €




Pode uma história ser a um tempo divertida, assustadora e terna?
A resposta é sim e “Rugas” é um exemplo disso.
Nele, o espanhol Paco Roca, numa linha clara magnífica – que me obriga a acompanhar cada novo título seu - compila uma série de episódios – reais – indiscutivelmente divertidos - quando observados à distância… - sobre o envelhecimento e as suas consequências: doenças, cismas, falta de memória, perda da noção do tempo…
O que se provoca pelo menos sorrisos bem-dispostos, também provoca alguns calafrios, se lidamos regularmente com situações do género ou se anteciparmos que poderemos ser um dia protagonistas de episódios similares…
E esse desconforto acentuar-se-á se à situação anterior acrescentarmos o retrato duro que Roca traça dos lares de idosos, tantas vezes armazéns de seres humanos que esperam a morte ou autênticos estabelecimentos prisionais nos quais os utentes não têm direitos, apenas deveres. Locais frios e inóspitos, raramente familiares, quase sempre impessoais, com o tempo – parado… - preenchido com rotinas vazias.
Em “Rugas”, tudo começa quando Emílio, um ex-bancário reformado, com princípios de Alzheimer, é “depositado” pelo filho num lar. Aí, vai conhecer Juan, ex-locutor de rádio que só repete o que os outros dizem; Sol, sempre à procura de um telefone para ligar à filha; Rosário, permanentemente em viagem para Istambul no Expresso do Oriente; Dolores e Modesto, casal amoroso que tenta manter a relação - e resistir ao inevitável? - agarrado a um pequeno segredo de juventude… E Miguel, de uma alegria (que tenta) contagiante, de uma (pequena) rebeldia militante, que tenta fazer da(quela) vida algo que (ainda) vale a pena.
Entre os quotidianos vazios, a repetição de situações, as perdas momentâneas de noção da realidade - que podem tornar tão dolorosos os períodos de lucidez – o desconhecimento de quem o rodeia, o apagamento progressivo da memória ou o vazio de uma espera por um fim anunciado, Roca, com uma imensa ternura - que toca mas também choca - vai mostrando a progressão da doença que as últimas páginas acentuam com o desaparecimento do rosto dos interlocutores de Emílio, a progressiva indefinição do traço ou mesmo o aparecimento de vinhetas completamente brancas…
Tudo sintetizado, com invulgar felicidade, na belíssima e marcante capa em que o protagonista, Emílio, à janela de um comboio, de cabeça (literalmente) aberta, desfruta o vento fresco que ao mesmo tempo lhe retira do cérebro, uma a uma as imagens, as memórias que o mantinham preso à vida…

Nota final
Li “Rugas” na edição original francesa da Delcourt, há uma meia dúzia de anos. E escrevei sobre ele, na altura, num texto entretanto recuperado aqui.
Esta edição portuguesa justificou nova leitura – atenta, interessada, com novas descobertas – e, voluntariamente, a)nova reflexão escrita (a que está acima).
Comparem as duas, se tiverem curiosidade.


09/04/2012

El Invierno del Dibujante













Paco Roca
Astiberri (Espanha, Novembro de 2010)
175 x 250 mm, 128 p., cartonado
16,00 €


Resumo
Na Primavera de 1957, cinco desenhadores de primeiro plano – Carlos Conti, Guillermo Cifré, Joseph Escobar, Eugenio Giner e José Peñarroya – decidem deixar a Editorial Bruguera para criarem a sua própria casa editorial a a sua própria revista - Tio Vivo - e serem, assim, os únicos donos do seu trabalho e dos seus originais.
Esta é a história desse (ilusório) acto (revolucionário) em plena Espanha franquista.

Desenvolvimento
Este livro é um documentário – mais fiel e preciso do que, possivelmente, se pode imaginar – sobre um momento marcante da história da “historieta” espanhola, bem enquadrado no tempo em que decorreu, em que a televisão começava a mostrar-se, a corrida espacial entre russos e americanos se agudizava e o regime franquista impunha medidas cada vez mais duras.

Mas façamos um ponto da situação. A Editorial Bruguera, criada em 1910 como El Gato Negro, era, nos anos 1950, a mais importante editora espanhola de BD, com revistas como Pulgarcito, com uma (estonteante) tiragem que ultrapassava o milhão de exemplares semanais, e personagens hiper-populares como El Repórter Tribulete, Zipi y Zape, Doña Urraca, Las Hermanas Gilda ou Mortadelo y Filemón.
Fundada por Juan Bruguera, entretanto substituído pelos filhos Pantaleón e Francisco, assentava num trabalho minucioso e num controle ao pormenor, numa estrutura na qual os desenhadores eram simples operários, cujo único direito era o do pagamento das páginas (se) regularmente entregues. A editora reservava para si a posse dos originais, o direito de lhes impor todas as correcções – no argumento e no desenho - que julgasse necessárias, o direito de os reimprimir gratuitamente sempre que lhe aprouvesse.
Foi contra este estado de coisas, agravado pela pressão das entregas, a necessidade de redobrarem a produção para garantirem a sua subsistência, o desprezo manifestado por familiares e amigos por quererem passar a vida a fazer “desenhitos”, que os autores acima referidos tentaram rebelar-se, criando uma das primeiras editoras geridas pelos próprios artistas, experiência de (algum) sucesso mas de pouca duração, como esta (bela) história de Paco Roca (muito bem) mostra.
É verdade que o autor espanhol, dono de uma belíssima linha clara, não se mostra neste livro tão virtuoso como em obras anteriores, e que a planificação é algo monótona, o que talvez fosse difícil de evitar pois quase toda a trama assenta nas conversas entre os protagonistas. O que, se provoca algumas quebras no ritmo de leitura, acentua o tom assumido de documentário – de época, atrevo-me a escrever – que, se numa fase inicial pode parecer estranho ao leitor, rapidamente se torna natural e até estimulante.
Feita de avanços e recuos – que vão acompanhando motivos e razões para as diversas atitudes assumidas ao longo do cerca de ano e meio que a história dura - a narrativa assenta também em páginas cuja cor de fundo – sempre suave – se vai alterando de acordo com o estado de espírito – da euforia à depressão – dos cinco protagonistas que, não por acaso, coincidem também com estações do ano. De alguma forma, pode dizer-se que a trama parte de um “sonho de uma noite de primavera” (em tons de rosa bebé), passa pelo calor (emocional) de um verão sufocante (em ocre) e tem o seu epílogo (traído…) no azul-acinzentado que marca as páginas invernais onde tem lugar o (inevitável) desfecho.

Terminada a leitura, fechado o livro, ao documentário (lido), sobrepõe-se, como o autor explica no posfácio, o acto de justiça e de reconhecimento para com os autores que, na infância, o divertiram, fizeram sonhar e “amar os cómics”, e a declaração de amor à arte (desenhada) que Paco Roca escolheu como sua.

A reter
- A bela homenagem feita aos quadradinhos espanhóis (não seria magnífica obra similar sobre os bastidores do Mosquito, Papagaio ou Diabrete?).
- O tom de documentário de época assumido e conseguido.
- O belo trabalho cromático de Paco Roca, que tem por base a substituição do branco habitual (dos fundos de páginas, balões e outros pormenores) pelas três cores (rosa, ocre, azul-acinzentado) que marcam as diferentes épocas da história.

Curiosidades
- El Invierno del Dibujante foi contemplado, entre vários outros, com os prémios para Melhor Álbum e Melhor Argumento no Salon Internacional del Comic de Barcelona, em 2011.


02/07/2019

Lançamento: Novela Gráfica 2019


Começa depois de amanhã, dia 4 de Julho, a colecção Novela Gráfica 2019, a quinta série daquela que é já uma iniciativa editorial anual imprescindível na edição de BD em Portugal.
O lançamento oficial - ver convite, com pormenores e contacto, mais abaixo - está agendado para amanhã, sendo necessário confirmar a presença.
Lançada como habitualmente pela Levoir, em parceria com o jornal Público, conta desta vez com 13 títulos, já sem a aura de mistério de outros anos, uma vez que a editora - e muito bem - os foi divulgando no Facebook ao longo das últimas semanas. A listagem completa, com autores e datas, vem já a seguir a algumas considerações.

06/06/2020

Memórias de um homem em pijama


Um autor confinado



Descobri há muitos anos Paco Roca em Rugas, emocionei-me com A (sua) Casa, percebi o seu amor pelos quadradinhos em O Inverno do Desenhador e senti a sua força narrativa no magnífico e poderoso Os Trilhos do Acaso.
Agora, com este Memórias de um homem em pijama - em que mais uma vez tive o privilégio de o traduzir - descobri outro faceta de um dos autores que me habituei a seguir: o olhar crítico e mordaz sobre si próprio, sobre os seus amigos e sobre a sociedade em geral.

27/03/2013

Leituras Novas - Março


Os textos, quando existem, são da responsabilidade das editoras.
Algumas das edições aqui apresentadas podem ter sido editadas anteriormente,
mas só agora tomei conhecimento delas.

ASA
Astérix - A Rosa e o Gládio
(reedição: miolo com novas cores)
Goscinny e Uderzo

Há uma revolução na Aldeia de Astérix!
Esta história gira em torno da condição feminina, com várias peripécias com as mulheres no centro da acção. É talvez o único dos livros da Astérix em que as mulheres são protagonistas!
O primeiro episódio leva ao abandono da aldeia pelo bardo, farto de bárbaros e vexado pelas senhoras da aldeia que, não contentes com a educação ministrada pelo ele aos seus filhos, contratam Maestria, uma mulher bardo de Lutécia, para o substituir.
Maestria incentiva as suas irmãs gaulesas a dizer não à tirania masculina. A revolta instala-se, as aldeãs usam bragas, e Boapinta quer ter assento no Conselho da Aldeia. Até o exército romano submete as suas legiões às regras da paridade...
A lendária galanteria gaulesa posta à prova, vista por um Albert Uderzo mais inspirado do que nunca!

Astérix – O Grande Fosso
(reedição: miolo com novas cores)
Goscinny e Uderzo

Entre os Gauleses, o caldo entorna-se!
Numa pequena aldeia semelhante à de Astérix, sucedem-se as querelas. Giradix e Segregacionix reivindicam ambos o lugar de chefe. Não conseguindo chegar a consenso, a solução escolhida é radical: a aldeia é dividida ao meio por um grande fosso, que torna cada metade, administrada por um dos dois chefes, inacessível à outra!
Isto é uma autêntica tragédia para Comix, o corajoso filho de Giradix, e para Fanzine, a encantadora filha de Segregacionix, cuja bela história de amor está condenada pelas rivalidades dos respetivos pais. No entanto, a desgraça de alguns faz a alegria de outros, neste caso a do ignóbil Acidonitrix, um sinistro manipulador com cabeça de arenque em salmoura, que já se imagina casado com a bela Fanzine...
Para Comix, isto é a gota de água, e lá vai ele para a Aldeia de Astérix em busca da ajuda dos Irredutíveis Gauleses.

Corto Maltese – A Juventude (Capa Dura)
Hugo Pratt

Em 1981, o jornal francês Le Matin encomendou a Pratt uma banda desenhada, a ser publicada em episódios ao longo desse ano.
Pratt começa por narrar os bastidores da guerra entre a Rússia e o Japão, na Manchúria de 1905. Desenha as trincheiras escavadas pelos soldados japoneses e o orgulho dos oficiais, a debandada das tropas russas e a loucura de uma situação na qual alguns continuam a massacrar-se apesar de a guerra ter acabado. Ele fez de Jack London, o escritor americano e correspondente de guerra, o artesão do encontro e da amizade entre Rasputine e Corto Maltese.
E quando a história de Pratt termina antes do tempo, em consequência de um desentendimento com o editor, a história como que por magia não ficará inacabada, mas passa a ser uma outra história. "A Juventude" será um relato sobre a amizade e a honra, sobre a liberdade, a loucura e o rigor.

Corto Maltese - Helvéticas (Capa mole)
Hugo Pratt

"O percurso de Corto Maltese na Suíça parece ser apenas um sonho; na verdade, é uma autêntica viagem iniciática que Corto realiza com a aparente simplicidade divertida e descontraída de um Pratt que consegue pairar entre os mitos e as mensagens esotéricas.
Existirá realmente uma fronteira entre a vida e a morte?
Por quantas provas é preciso passar, quantos degraus é preciso subir, quantas portas é preciso abrir para ter o "dom de vida"?
Parsifal, Klingsor, Kundry e Hermann Hesse cruzam o caminho que conduz Corto ao conhecimento do Graal, no qual poderá finalmente beber da nascente."


Associação Turbina
“Crónicas de Arquitectura”
Pedro Burgos

Durante o triénio de 2009-2012, Pedro Burgos publicou a sua “Crónica Desenhada” no JA – Jornal Arquitectos, publicação oficial da Ordem dos Arquitectos – ao ritmo trimestral de 1 página. Respondendo ao convite do arquitecto. Manuel Graça Dias, que então assumiu a direcção editorial do JA, esta crónica constituiu uma colaboração regular sob a forma de banda desenhada, transformando os sucessivos temas lançados pela revista em pequenos “ensaios” gráficos, o que permitiu abordar as convenções, ambições e frustrações do meio arquitectónico num registo aparentemente “lúdico” e naturalmente autocrítico visto Pedro Burgos ser arquitecto de formação e profissão. Nesta compilação das pranchas produzidas para o JA, ganha-se agora uma crónica inédita – especialmente escrita por Manuel Graça Dias – e juntam-se os esboços que antecederam o desenho final de cada uma das páginas.

Bertrand Editora
Paco Roca

«Durante muitos anos confinada ao gueto da BD, a novela gráfica vem conquistando cada vez mais autonomia como género literário e espaço de experimentação narrativa.» José Mário Silva, Expresso
Emílio, um bancário reformado, sofre de Alzheimer e é internado num lar de terceira idade. Rodeado de vários outros idosos, cada um com um quadro «clínico» distinto e com uma personalidade bem vincada, vai aprendendo as diversas estratégias para combater o tédio e a erosão da rotina.
Ao mesmo tempo, Emílio e os seus companheiros vão tentando introduzir, num quotidiano marcado por medicamentos, refeições, «terapias ocupacionais» e sestas de duração indefinida, alguns vislumbres de encanto e alegria de viver.
«Paco Roca trata este tema com grandeza. Um livro que encanta, atrai e entretém… um puro feitiço melancólico, desde a magistral capa até à última página.» Público
«Rugas é uma narrativa acerca da batalha contra o envelhecimento. Uma batalha sem armas, mas não isenta de lágrimas.» Le Monde
«É de destacar o talento com que Paco Roca aborda o tema do envelhecimento, evitando o melodrama e com pinceladas de um humor delicioso.» El País
Premio Nacional de Cómic do Ministério da Cultura Espanhol
Prémio Melhor Obra e Melhor Guião do Saló Internacional del Cómic de Barcelona

Prix de la Critique da ACBD, França


Edições Culturais da Marinha
A Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul
A. Vassalo


Chili Com Carne
Kassumai
David Campos

Segundo volume da colecção LowCCCost - porque é realmente barato viajar lendo estes livros de viagens.
Depois de uma "Boring Europa", a Associação Chili Com Carne, edita agora uma experiência mais excitante e exótica na Guiné-Bissau pela mão de David Campos.
Kassumai (saudação Felupe): uma palavra para designar: Liberdade, Paz e Felicidade...
David Campos visitou a Guiné-Bissau entre Novembro de 2006 e Maio de 2007 no âmbito de um projecto de apoio à população de S. Domingos, numa parceria entre uma O.N.G., a Acção para o Desenvolvimento, e a Câmara Municipal do Montijo. Durante a sua estadia apaixonou-se pelas pessoas que conheceu e este livro, mais que um relato de viagens neste país africano, é um diário fragmentado de vivências e contactos humanos feitos pelo autor entre o seu trabalho como voluntário e os seus tempos livres.
O autor nasceu em 1979 em Medons La Florett (França) mas veio para Portugal aos 4 anos, crescendo no Montijo. Tirou o curso de Formação Profissional de Desenho Animado (ETIC) e também o de Escrita para Multimédia e Audiovisuais, e na Ar.Co o curso de Ilustração e BD. Trabalhou em Cinema de Animação, têm editado alguns fanzines e participado em algumas antologias da Associação Chili Com Carne, nomeadamente Destruição ou bandas desenhadas sobre como foi horrível viver entre 2001 e 2010 e Futuro Primitivo.

Gradiva
Estar Morto é o Contrário de Estar Vivo
Jerry Scott e Jim Borgman

Um novo álbum da família já conhecida dos leitores, que retrata a angústia, as contrariedades e as alegrias vividas pelos pais de adolescentes.
Uma colecção imperdível, das mais criativas e originais da actualidade, considerada duas vezes como Best Newspaper Comic Strip pela National Cartoonists Society norte americana. Não vai querer perder mais esta série de tiras que, com muito humor e imaginação, nos dá em directo as aventuras e desventuras da família Duncan!

Saída de Emergência
O Cavaleiro de Westeros #2 – A espada ajuramentada
George R. R. Martin, Dunk, Egg

Uma história fascinante sobre honra, violência e amizade no mundo de: A Guerra dos Tronos
O continente de Westeros é o cenário onde se desenrola a saga de George R. R. Martin, as Crónicas de Gelo e Fogo. A Espada Ajuramentada decorre cem anos antes de A Guerra dos Tronos, com o reino em paz e a dinastia Targaryen no auge do seu poder.
Dois anos após provar o seu valor no torneio de Vaufreixo e determinado em tornar-se um grande cavaleiro, Sor Dunk faz-se à estrada junto com o seu companheiro Egg e chegam ao feudo de Sor Eustace, um cavaleiro idoso cuja glória sobrevive apenas na memória de feitos há muito realizados. Perante um feudo assolado pela seca, Dunk e Egg envolvem-se numa disputa de território entre Sor Eustace e a Senhora Rohanne, mais conhecida como a Viúva Vermelha tal é o rasto que deixa de maridos e irmãos falecidos. Dunk vê a sua lealdade perigosamente testada ao deixar-se seduzir pela beleza de Rohanne, mas para evitar o derrame de sangue e a morte, tudo deverá fazer para alcançar a paz entre ambos os lados que parecem estar condenados à guerra…


Sanktio Comix
MiniZine Nº2
Chaka Sidyn, Armando Mártires, Peebo Mondia, Rafael Desquitado e Quico Nogueira

Powered by Issuu
Publish for Free
Após alguns atrasos inesperados o MiniZine Nº02 está finalmente disponível.
Após um primeiro número onde predominava o drama urbano o segundo número apresenta também duas histórias de ficção-científica e acção.
Pode ser literal ou só sentimental, mas o luto é algo que todos fazemos, e em alguns casos, várias vezes. Os pormenores podem variar, mas o essencial permanece sendo esses aspectos que são explorados em as 5 fases do luto, uma história ilustrada por Armando Mártires.
Os invasores do Espaço, como o próprio título indica é uma história de ficção científica ilustrada por Peebo Mondia que evoca o espirito das histórias da EC Comics da década de 50.
Depois de séculos de subserviência, obediência e exploração os escravos
de D€U$ pegaram em armas clamando pelos seus direitos em Revolução, um história ilustrada por Rafael Desquitado.
Os argumentos e balonagem das 3 histórias é da responsabilidade de Chaka Sidyn, sendo a ilustração da capa da autoria de Quico Nogueira.
O Minizine número dois de momento encontra-se disponível só em formato digital e gratuito, sendo possível ler clicando na imagem acima ou efectuando download.


Edição de Autor
Agonia Sampaio
Fantasia



14/09/2017

Nas bancas: Os Trilhos do Acaso #1



Esta semana está de regresso um dos grandes autores espanhóis de Banda Desenhada, Paco Roca, autor de A Casa e de O Inverno do Desenhador, editados em 2016 pela Levoir.   
O volume 12 da colecção Novelas Gráficas, Os Trilhos do Acaso 1* considerada recentemente uma das 25 jóias da BD pelo suplemento cultural BABELIA do jornal espanhol EL PAIS, foi lançado em 2013. Nesse mesmo ano ganhou o Prémio Zona Comic Melhor Comic Nacional e o Grande Prémio Romics: Roma em 2014.
É considerado o Maus espanhol nas palavras do jornalista espanhol Javier Gallego.

10/06/2016

Colecção Novela Gráfica 2016


Começa na próxima quinta-feira aquela que pode ser considerada a segunda série da colecção Novela Gráfica.
São 15 – excelentes! – volumes, a um preço excepcional, como bem diz a publicidade, e que vão permitir passar um Verão em cheio com (alguma d)a melhor banda desenhada do mundo.

18/05/2022

O Combate Quotidiano + Don Vega + Little Tulip + Rugas

4 em 1; e todos imperdíveis

Lidos oportunamente aquando das edições originais (francófonas) estas são quatro obras a que edição nacional obriga a voltar, devido à qualidade intrínseca de cada uma delas.
Não fazendo sentido - após cada (re)leitura - voltar a analisá-las, fica em cada um dos casos a ligação para o texto original - que será conseguida clicando nos '(...)' no final de cada introdução, reafirmando assim o interesse de todas.


O Combate Quotidiano (#1 e #2)
Manu Larcenet
Arte de Autor/A Seita
215 x 285 mm, 120 p./136 p., cor, capa dura
24,00 €/28,00 €

Não devia escrevê-lo, mas aqui e ali sai-me um texto bom. Mesmo muito bom. O que dediquei a O Combate Quotidiano #1, é um deles e dificilmente seria capaz de lhe acrescentar mais alguma coisa.

Junto apenas alguns temas que mudam tudo - ou podem mudar: o luto, a paternidade, o fim das coisas, a mutabilidade do sonhos. Com os quais o protagonista - no lugar de Larcenet - se reinventa, se reafirma, mostra como nada muda, sendo a realidade outra. Ou como tudo muda, sendo a realidade a mesma.

Já o escrevi: é a VIDA. (...)


Don Vega
Pierre Allary
Ala dos Livros
215 x 325 mm, 96 p., cor, capa dura
25,00 €

Por vezes, certas escolhas editoriais custam a compreender como, no caso deste Don Vega, que regressa pela enésima vez à história de Zorro.

Mas, uma vez feita a leitura, ela surge plenamente justificada, pelas opções autorais e também pela
intemporalidade da história
. (...)



Little Tulip

Jêrome Charyn (argumento)
François Boucq (desenho)
Ala dos Livros
Portugal, Abril de 2022
235 x 310 mm, 96 p., cor, capa dura
24,00 €

Anterior a New York Cannibals, embora ambas as obras façam sentido isoladas, lidas num díptico dão outras respostas e um retrato mais amplo.

Aqui, começa uma história forte, cruel e chocante, em que acompanhamos a vida de Pavel – aliás, Little Tulip - filho de perseguidos pelo regime estalinista, que acaba detido num goulag siberiano, tal como os seus progenitores.

Narrativa mais forte, mais densa, mais violenta que a sua continuação já referida, neste momento em que a Rússia está no topo da actualidade devido à invasão da Ucrânia, dá-nos um retrato sinistro do que foi a vida de muitos naquele país, na década que se seguiu à II Guerra Mundial. (...)



Rugas
Paco Roca
Levoir
Portugal, Março de 2022
170 x 240 mm, 112 p., cor, capa dura
21,90

Velhos são os trapos, diz o adágio popular. Mas velhos seremos, também, todos nós, um dia, se o tempo nos deixar chegar lá. Em que estado, não sabemos, mas o retrato a um tempo terno e assustador que Paco Roca traça do envelhecimento e da vida nos lares de idosos, não pode deixar ninguém indiferente. (...) (...)


(imagens disponibilizadas pelas respectivas editoras; clicar nelas para as aproveitar em toda a sua extensão; clicar nos títulos das obras já a seguir para ver mais pranchas de cada uma: Combate Quotidiano #1; O Combate Quotidiano #2; Don Vega; Little Tulip; Rugas)

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...