Ciao,
amore...
De
novo à volta com os (sub-)títulos, a
escolha
hoje recaiu num que
tem
uma tripla leitura: para mim, para Julia e para Myrna, no meu
regresso - graças a mão (muito) amiga - à criminóloga de Garden
City, em mais uma edição (dupla)
em que o foco de
Berardi está
mais nas
relações - voluntárias ou não - da
sua protagonista do que propriamente nos enredos policiais que
apresenta.
Títulos...
Em
cada análise que faço aqui no blog, por baixo do título da obra
existe um (sub-)título com
o qual pretendo
resumir, apresentar o livro
e/ou
despertar a curiosidade de quem lê, mas sempre sem desvendar
demasiado.
Desta
vez, neste (rápido) regresso a Ken Parker, não consegui decidir que
(sub-)título utilizar: Fim de ciclo? Curiosidade? Mestria narrativa?
Ficam breves análises segundo as linhas orientadoras de cada um, já
a seguir...
Antes
e/ou depois
Ao
ritmo desta pandemia que nos prende mais em
casa
e nos limita a actividade, vou resgatando leituras que a falta de
tempo - e o momento... - foram adiando.
Regresso assim a Terry y los Piratas (Terry and the Pirates, na versão original norte-americana9, no caso abrindo a edição que
compila os primeiros dois anos de pranchas dominicais, publicadas a
partir de 22 de Outubro de 1934.
Para
lá da banda desenhada (de referência) em si, este volume, para mim,
apresenta
como uma
das principais vantagens,
a par da leitura
no formato integral, a inclusão de textos de apoio que desvendam
muito sobre a forma de trabalhar dos autores e/ou a época original
de publicação e os suportes utilizados.
Momento
O
que faz a diferença no
retirar ou não prazer da
leitura de um livro? O tema, argumento, o desenho, a planificação...
Tudo isso, sem dúvida, mas há outro factor (igualmente?) relevante:
o momento. O momento em que o leitor pega no livro, se acomoda e o
abre - e entenda-se aqui a predisposição do leitor para 'aquela'
leitura, o seu estado de espírito, até o ambiente em
que está.
Foi
o que aconteceu comigo em relação a Lazarus,
cuja leitura de seguida dos tomos Um
e Dois
me
deixou pouco menos do que indiferente. E que, numa nova oportunidade
- em que acrescentei a leitura do volume Três
- afinal se (me) revelou uma proposta aliciante e cuja continuação
espero
conhecer.
Há cerca de 15 dias, As Leituras do
Pedro estrearam um novo visual, cujo principal elemento é uma
bela ilustração do Paulo J. Mendes.
Dar a conhecer alguns aspectos da sua
génese, é o propósito deste texto.
Cumprir
Regresso
aos Clássicos da Literatura em BD,
porque acredito que é uma das mais importantes iniciativas dos últimos anos entre nós, no âmbito da BD.
[O facto de os primeiros volumes terem esgotado e estarem em
reimpressão, indicia
a justeza desta aposta
da Levoir.]
Não,
como já escrevi aqui mais do que uma vez, para leitores regulares de
banda desenhada, mas sim enquanto proposta para leitores jovens, como
dupla porta de entrada na BD e nos clássicos da literatura.
Dito
isto - como não podia deixar de ser - há nesta colecção
adaptações
mais conseguidas do que outras. Do ponto de vista que hoje quero
abordar, A
Ilha do Tesouro
cabe
no
grupo
das 'mais'.
Quadradinhos
sem TV
Stumptown,
enquanto série televisiva, teve apenas uma temporada. A
sua proximidade ao original em banda desenhada, como foi sublinhado
na altura da sua exibição, leva a lamentar esse cancelamento
prematuro, pelo menos a avaliar pelo segundo volume em BD, O
Caso da Bebé no Estojo de Veludo,
já
editado em
português pela G. Floy, que revela uma evolução e maior consistência
narrativa.
No
ano de Orwell
No
ano em que a obra de George Orwell entrou no domínio público,
Dorison e Delep - e a Arte de Autor! - continuam a mostrar-nos a sua
versão de O
triunfo dos porcos -
o Animal
Farm original.
Não
numa adaptação - ao contrário do que acontece com 1984
que, só em França, viu recentemente serem editadas quatro (!)
versões diferentes - mas numa espécie de sequela que, no entanto,
mantém intocável a base original: 'os
animais são todos iguais, mas há alguns mais iguais do que os
outros'...