A Novela Gráfica está de volta com o jornal Público e com a Levoir.
São 15 volumes em edição de coleccionador a partir do próximo dia 30 de Junho, por
mais 9,99 €.
Se
a primeira chamada de atenção foi a forma como a capa emula - pelo
menos na minha memória… - uma colecção de adaptações
de clássicos (?)
- embora maquete gráfica e ilustração não combinassem - foi a sua
distinção com o Premio Nacional de
Comic 2022 que
me fez olhá-lo com outros olhos. A
descoberta da sua temática convenceu-me a comprá-lo e em boa hora o
fiz.
Decorre a partir de hoje e até 12 de Junho o XII Festival
Internacional de Banda Desenhada de Beja.
Depois das listas
de autores convidados e de exposições, já a seguir fica a programação do festival para hoje, sexta-feira,
relembrando que este primeiro fim-de-semana reúne todos os convidados e garante três
dias em cheio.
Já
evocada pela banda desenhada em obras como Rugas,
de Paco Roca (edição Levoir), a doença de Alzheimer é um dos
piores pesadelos que podemos antever. Pelo esquecimento progressivo,
mas também pelos momentos de lucidez que vão ocorrendo. É por isso
que uma das protagonistas de Não
me esqueças,
que a ASA acaba de editar, diz:
“Acho
que estou a ficar maluca… Mas o pior é quando me lembro”.
Numa
leitura - qualquer leitura - procuramos sempre algo diferente. A
exigência de um leitor - de banda desenhada, no caso - nunca é
igual quando escolhe Paco Roca, Marjane Satrapi ou Joe Sacco - para
citar autores da colecção Novela Gráfica 2019, em curso - um
clássico de aventuras franco-belga ou um comic de super-heróis, uma
história de Dylan Dog ou de Tex.
Embora
- de formas diferentes - possa fruir e tirar prazer de todas elas.
…
de acordo com a sondagem promovida por As Leituras do Pedro junto dos
seus visitantes, de forma surpreendente, confesso, Dias Sombrios,
de Juan Escandell e Lluís Ferrer Ferrer.
Trata-se de uma narrativa sobre um episódio real acontecido durante
a II Guerra Mundial, em Maiorca, Espanha, em que o veterano Juan
Escandell adapta um romance de Lluís Ferrer Ferrer.
Costuma
dizer-se
que ‘De
Espanha nem bom vento nem bom casamento.’
e faço
a citação mesmo sabendo quem
me conhece como gosto pouco de ditos e provérbios, embora aceite
que possam
ter um fundo de
verdade ou da
chamada sabedoria popular. No
caso
vertente, não
sei a
razão ou
a justeza do
que atrás ficou escrito. Nem
me interessa.
Mas
sei, e escrevo-o com segurança, que
de Espanha tem
vindo muita
e boa banda desenhada e
podia até vir mais.
… para os que se deixaram seduzir pelas obras da colecção Novela Gráfica - e também para os que ainda precisam de ser seduzidos por esta forma de narrar aos quadradinhos... - ao correr da escrita, aqui fica a indicação de algumas edições de outros romances gráficos (gosto mais desta designação…) já editados em português.
Regresso ao temas das leituras digitais gratuitas que cada vez mais
editoras - e também alguns autores - estão a disponibilizar, com
mais uma série de indicações de vários géneros, para (quase?)
todos os gostos.
E repito o que já escrevi antes: aproveitem-nas - se quiserem - até
como oportunidade de descoberta, daquele álbum/série/autor há
muito adiado - ou de reencontro com leituras há muito
experimentadas.