O desenhador belga Arthur Berckmans, faleceu aos 91 anos, vítima de causas naturais. Conhecido por Berck no mundo da BD, era natural de Louvain, onde nasceu a 3 de Maio de 1929.
O desenhador belga Arthur Berckmans, faleceu aos 91 anos, vítima de causas naturais. Conhecido por Berck no mundo da BD, era natural de Louvain, onde nasceu a 3 de Maio de 1929.
Quem é coleccionador, mesmo que moderado como eu, sabe que há épocas de seca e outras em que aparece tudo ao mesmo tempo. Foi o caso recente, quando consegui, praticamente em simultâneo, três edições que há muito me despertavam curiosidade e interesse. E que são, para o bem e para o mal, um belo mostruário de outros tempos.
Portugal Press (1978-1979)
Estava a terminar o ano de 1978 e, nos quiosques portugueses, a par de títulos estabelecidos, marcantes e resistentes, como Mundo de Aventuras, Falcão ou Tintin, as editoras multiplicavam as suas apostas em revistas de banda desenhada, a maioria das quais efémeras e rapidamente esquecidas.
Uma das mais prolíferas da época, a Portugal Press, de Roussado Pinto, que meses antes trouxera aos leitores portugueses o primeiro herói Bonelli em título próprio - Zagor - fazia nova aposta originária de terras italianas: Mister No.
Por várias razões
Há obras que justificam destaque por várias razões e mesmo que nenhuma delas seja superlativa, o seu conjunto pode significar mais do que a simples 'soma'.
Shangai Dream é uma delas, para lá da obra em si, pela estreia em português das obras 'franco-belgas' de Jorge Miguel e pelo que significa no actual (bom) momento da edição de BD em Portugal.
Orgia de violência e sangue
Se há algo que nunca se espera em relação a uma personagem como Logan - seja ele novo ou o Velho - é que alguma vez acabe bem. Mas, só nos melhores sonhos - ou pesadelos? - poderia acabar tão (bem) 'mal', afinal bem à imagem da forma soberba como surgiu, numa autêntica orgia de violência e sangue.
Fados
Sendo a minha única referência de Barral a (divertida) série As aventuras de Philip e Francis (uma bem conseguida sátira a Blake e Mortimer), confesso que não estava preparado para a descoberta que se constituiu este Ao som do fado, a segunda incursão, na colecção Novela Gráfica 2020, no período da ditadura portuguesa em geral, e da actuação da PIDE em particular.
Boas leituras!
A colecção Novela Gráfica 2020 terminou há algumas semanas, por isso As Leituras do Pedro voltam a questionar os seus visitantes quanto à sua opinião sobre esta sexta série.
Não por hábito ou tradição, mas sim porque este parece, de alguma forma, um elemento interessante para avaliar do êxito da iniciativa e até, eventualmente, orientar futuras escolhas, como sempre feitas entre obras (re)conhecidas e outras de pura descoberta, entre autores de nomeada e absolutos desconhecidos.