Tiro
no escuro
Escolhido
sem grandes referências - para além da mais evidente, o nome de
François Walthéry na capa, que foi suficiente para me convencer -
este primeiro integral de Rubine
revelou-se uma interessante proposta, embora não pelos motivos que à
partida seriam mais expectáveis.
Cumprir
Numa
época
em que (também entre nós) se multiplicam as edições de
BD com adaptações de romances
literários, poucas se podem gabar de cumprir tão bem o primeiro
quesito desse tipo de obras: funcionar de forma autónoma enquanto
banda desenhada, como este Ana dos Cabelos Ruivos,
baseado no romance homónimo de Lucy Maud Montgomery e recém-editado pela
Fábula.
Em
contra-ciclo
Na
infindável repetição de momentos e situações que caracteriza
grande parte das edições Marvel, Matt Murdock/Demolidor e Wilson
Fisk/Rei do Crime, estão de novo frente a frente, mesmo que à
distância, mesmo que por interpostas pessoas.
Com
aliados e inimigos pontuais, fruto das suas decisões e escolhas.
E
em contra-ciclo.
Evolução
Se a
saga (portuguesa!) Congo assenta uma anomalia evolutiva,
parece inegável que em termos autorais a evolução é
uma realidade
Amélia,
uma história do Congo,
terceiro tomo da série criada pelos irmãos Henrique e Duarte Gandum
é a prova disso. Mas, ao contrário da ‘outra’, será bom que
não se fique por aqui.
Cartão
de apresentação
Banda
desenhada de aventuras, envolvente,
leve e descontraída -
elementos que nem sempre são
fáceis
de combinar - Tango é
a mais recente aposta da Gradiva no segmento conhecido em França por
grand public e o seu
primeiro álbum, Um oceano de pedra, é
sem dúvida um bom cartão de apresentação.
Ponto
de partida
Um
cadáver. Um quarto fechado por dentro, num
30.º andar. Uma pista (quase) indecifrável.
Pode
parecer o resumo de um romance policial de Agatha Christie mas, na
verdade, é o ponto de partida para uma nova era na Marvel...
Outra vez...
Comer Beber está de
regresso às livrarias nacionais. Uma notícia duplamente boa, no
facto em si - porque é
sempre bom que obras esgotadas mereçam reedição, mais a mais
quando têm autoria portuguesa - e
na forma (do livro), que
merece já a seguir uma série de considerações, através da
comparação entre as duas
edições, separadas no tempo por quase quatro anos.