Gargalhadas
e gritos
Continuando
a expandir o seu catálogo de manga alternativo, a Sendai propóe
desta vez Helter
Skelter uma
narrativa trágica e dramática sobre a ascensão e queda (e não o
contrário…) de uma top-model
esculpida
ao gosto das multidões.
Literalmente.
Em qualquer o
universo, existem bases imutáveis.
Na Turma
da Mônica, uma delas é que, quando o
Cebolinha chama ‘baixinha e golducha’ à Mónica, inevitavelmente
acaba a apanhar dela.
Este princípio
imutável é posto em causa por uma única prancha, publicada no Almanaque de Histórias Curtas Turma da Mônica #1
(Panini, Brasil, 2022), este mês distribuído em Portugal.
Paz…
à força
Datada
de 2011/14, Segmentos
é
uma das últimas obras do desenhador argentino Juan Gimenez (1943-2020), aqui acompanhado pelo argumentista Richard Malka.
Outras
leituras ou leituras para outros?
Viciado
em leituras desde que me lembro… de saber ler (!), considero-me
também um leitor de gostos variados e que gosta de experimentar
novas abordagens e de ser desafiado - talvez um pouco menos nestes
últimos anos, em que opto com mais frequência pela(s) minha(s)
zona(s) de conforto.
Como
divulgador, sinto-me na obrigação de sair dela(s) regularmente,
embora por vezes tenha a sensação de que esta ou aquela leitura não são para mim - JÁ não são para mim?
Aconteceu
com as que vos trago hoje.
Penguin Random House/Iguana
Que
schtroumpfaste?
Tem
chapéu de schtroumpf, calças de schtroumpf, é azul como os
schtroumpfs, mas não schtroumpfa a ponta de um schtroumpf do que os
schtroumpfs schtroumpfam.
Esta
é a base de Qui
est ce Schtroumpf?, o
primeiro (?) One-shot
Schtroumpfs par…, que
tem assinatura de Tebo.
Longa
se tornou a espera
Cerca
de três anos depois do lançamento do volume #4, numa espera que se
tornou longa, finalmente a Teorema fez chegar às livrarias nacionais
O
Árabe do Futuro #5 - Ser Jovem no Médio-Oriente (1992-1994),
penúltimo tomo da auto-biografia de Riad Sattouf, filho de mãe
francesa e pai líbio.
Sem
interesse
A
vida da Raquel sem Interesse tem algum interesse?
Esta
pergunta - aqui
personalizada - surge sempre que me deparo com uma obra
(auto-)biográfica. A resposta é sim, mas...
numa de três situações (que podem ser acumulativas):
-
quando a vida do (auto-)biografado é/foi especialmente relevante;
-
quando a forma como está narrada a torna relevante;
-
quando espelha a vida de pessoas que experimentaram o mesmo tipo de
situações.
Posto
isto, volto a perguntar: A vida da Raquel sem Interesse tem algum
interesse?