Descobrir
a outra Turma da Mônica
Foram
muitos aqueles que em Portugal, desde os anos 1970, cresceram a ler
as revistas da Turma da Mônica, que actualmente, como então, ainda
podem ser encontrados em (alguns)
quiosques
e
bancas nacionais.
Ao
longo dos anos, mais do que uma vez, foi levantada a hipótese de
produção portuguesa de alguns desses títulos, com a linguagem mais
adequada ao nosso português, mas no final, curiosamente, a estreia
lusa da Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali acaba por acontecer com
uma das propostas alternativas da linha Graphic MSP, uma chancela
criada no Brasil em 2012, para que autores fora daquele universo,
dessem a sua visão pessoal das personagens de Maurício de Sousa.
Desespero
Mal
amado por muitos, o
álbum As
Joias
da Castafiore
é possivelmente o mais original e desafiador da série. Com
ele, nele,
Hergé
assumiu
sempre querer contar uma história em que nada acontece ou, mais
exactamente, em que nada
do que parece é realmente.
(em construção)
Camadas
Por
vezes, há termos ou frases que se revelam extremamente felizes para
definir uma obra. Maurício de Sousa foi-o no prefácio em relação a este
Cebolinha:
Recuperação,
definindo-o como “uma trama com muitas camadas (…),
exactamente como uma cebola”.
O
preço da honra e o valor da vida
Se
é verdade que o manga é um dos géneros de que mais livros são
editados mensalmente em Portugal, no que à banda desenhada diz
respeito, também é indiscutível que eles representam apenas um
pico mínimo do gigantesco icebergue do que é a produção japonesa.
Entre
os estereótipos que associamos ao género, as narrativas de ninjas e
samurais têm sido muito pouco exploradas no nosso país, sendo
Kenshin,
o
samurai errante
o
exemplo mais significativo.
O
preço da desonra,
uma edição da chancela Ikigai,
do
coletivo editorial A Seita é uma (boa)
exceção recente. E é, simultaneamente, uma forma de dar a conhecer
aos leitores portugueses um dos expoentes do género, o autor Hiroshi
Hirata (1937-2021).