28/08/2024

Tanguy e Laverdure #1 e #2

Primeiros voos

A 29 de Outubro de 1959 - há quase 65 anos, portanto - chegava às bancas francófonas o número inaugural da revista Pilote, pensado e dirigido por René Goscinny, Jean-Michel Charlier e Albert Uderzo. Os leitores estavam longe de imaginar a revolução em que estavam a entrar. Um certo Astérix e Tanguy e Laverdure eram as grandes propostas do número inagural a que se viriam a juntar rapidamente, entre outros Valérian ou Blueberry.
Tanguy e Laverdure, surgia com as assinaturas de Charlier e Uderzo e era indiscutivelmente um marco do seu tempo Os dois, iriam assinar as primeiras sete aventuras, aquelas que a ASA edita a partir de hoje, semanalmente, em nova parceria com o jornal Público.

26/08/2024

Boarding Pass

Encontro de culturas aqui ao lado



Quantas mais leituras tiver um livro, mais interessante e estimulante ele poderá ser. Poderá, porque descobrir esses vários níveis depende também da capacidade do leitor de as descobrir e interpretar
Boarding Pass, do português Ricardo Santo, uma edição recente de A Seita e da Comic Heart proporciona essa oportunidade.

25/08/2024

As melhores tiras da Turma da Mônica 4

Influências


Numa época em que a designação 'direitos de autor', associado ao termo 'processo' não tinham o peso e a proximidade que têm hoje, mostrar influências e gostos ou tão só aproveitar o conhecimento de senso comum que determinadas criações - dentro e fora dos 'quad(ra)dinhos' - podiam assumir, era algo a que Maurício de Sousa não se inibia, com o seu humor característico.

Ficam a seguir uns poucos exemplos da edição mais recente distribuída em Portugal, altamente aconselhável - mesmo tendo em conta a opção editorial no que ao formato diz respeito.

22/08/2024

Michel Vaillant - Histórias Curtas #2 + Palmarés Inédit #1 - Retour à Königsfeld

Só estas?

É verdade que não há muito acrescentar em relação ao que escrevi sobre o primeiro volume desta colecção, por isso remeto para esse texto.
Estranho, no entanto, que ela fique limitada a apenas um tríptico, quando são tantas as histórias curtas de Michel Vaillant que podiam ser objecto deste novo tratamento editorial.

21/08/2024

Tim-Tim em Angola nas páginas de O Papagaio

Mais do que História


A História das grandes séries de banda desenhada muitas vezes faz-se à margem da vontade dos detentores dos direitos ou por falta dela. Em Portugal, onde pela primeira vez foi publicado fora do mercado francófono e pela primeira vez a cores, Tintin teve um percurso singular que, se era normal e até inovador na época, hoje - naturalmente... - seria considerado um atentado à obra original de Hergé. O que não invalida que esses factos sejam verdadeiros, façam parte da tal História do "repórter que nunca escreveu uma linha" e mereçam ser conhecidos.

20/08/2024

Clássicos da Literatura Portuguesa #7 - A Dama Pé de Cabra

Alexandre Herculano como nunca visto


Durante décadas, primeiro devido à censura do regime fascista, depois pela maior qualidade e preço mais barato do material importado, a banda desenhada nacional circunscreveu-se, em grande medida, às temáticas históricas ou à adaptação de obras literárias.
De certa forma num retorno a essas origens, depois de algumas experiências soltas, desde Fevereiro a parceria Levoir/RTP tem colocado em bancas e livrarias a colecção Clássicos da Literatura Portuguesa em BD, com versões feitas de raiz por criadores nacionais e brasileiros. A Dama Pé de Cabra, em que Manuel Morgado revisita o conto de Alexandre Herculano, é um dos exemplos mais recentes.

18/08/2024

Comic Con 2024: Autógrafos






Apesar do tempo que já passou, porque há momentos a que é bom voltar e há recordações que ficam para sempre, fica o registo dos autógrafos que recolhi na Comic Con Portugal 2024, que vem complementar esta entrada, sobre a mesma temática.

16/08/2024

O Crime do Padre Amaro

Eternamente actual



Possivelmente, se fossem auscultados os portugueses - alguns deles, claro - seria este o clássico da literatura nacional que mais facilmente iriam reconhecer e conseguir resumir, em grande parte, claro, devido às várias adaptações televisivas e cinematográficas, mais ou menos romanceadas, de que o romance original de Eça de Queirós beneficiou, em tempos relativamente recentes.

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