16/10/2013

AmadoraBD 2013 (I)


Divulgado aos poucos no site oficial do evento e na sua página do Facebook, aqui ficam os aspectos mais relevantes já conhecidos do AmadoraBD 2013:

Data
25 de Outubro a 11 de Novembro

Núcleo Central
Fórum Luís de Camões

Exposições
Ricardo Cabral

75 anos com o Super-Homem

Spirou: 75 anos de grandes aventuras

Dog Mendonça e Pizzaboy
Heróis do Submundo

David Soares
O Acto da Escrita é um Acto de Autor

Relvas a três tempos
A linguagem da BD explicada a partir da obra de Fernando Relvas

Seis esquinas de inquietação
André Diniz, Marcelo D'Salete, pedro Franz, Diego Gerlach, André Kitagawa e Rafael Sica

Mutts

Madalena Matoso
Todos fazemos tudo

Ano Editorial Português

Concursos de BD e Cartoon

Casa Roque Gameiro
Ana Biscaia
Prémio Nacional de Ilustração

Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem
Animações, Cada Filme é um Caso
Retrospectiva de Isabel Aboim Inglez

Galeria Municipal Artur Bial
Geraldes Lino
Militante da BD e dos Fanzines

Recreios da Amadora
AmadoraCartoon
Alessandro Gatto, Carlos Rico e Henrique Monteiro

Autores estrangeiros anunciados

André Diniz
(Morro da Favela)

Jon Bogdanove
(Superman)

Juan Cavia
(Dog Mendonça e Pizzaboy)

Santiago Villa
(Dog Mendonça e Pizzaboy)

Yoann
(Spirou)

15/10/2013

A arte de... Conrad

em Astérix entre os Pictos





















Astérix entre os Pictos
Ferri (argumento)
Conrad (desenho)
ASA
Portugal, 24 de Outubro de 2013

14/10/2013

Leituras nas bancas – Outubro

Edições periódicas de banda desenhada este mês disponíveis nas bancas portuguesas.







DC Comics em Outubro

(Panini Comics)

A Sombra do Batman #8 

Batman #8

Lanterna Verde #8 

Liga da Justiça #8 

Superman #8 

Universo DC #8

Marvel em Outubro

 (Panini Comics)

Homem-Aranha #134

Os Novos Vingadores #109
 

Universo Marvel #32 

Wolverine #98 

X-Men #134

Turma da Mónica em Outubro

 (Panini Comics)

Almanaque da Magali #38 

Almanaque do Chico Bento #38

Almanaque do Penadinho #13 

Cascão #76 

Cebolinha #76 


Chico Bento #76 

Clássicos do Cinema #37 – Esse espelho é meu 

Magali #76 

Mônica #76

Mónica y su Pandilla - Turma da Mónica em Espanhol #25 

Monica’s Gang - Turma da Mónica em Inglês #25 

Neymar Jr. #1 

Ronaldinho Gaúcho #76 


Turma da Mónica – Saiba mais #67 – Animais de estimação

Turma da Mônica – Uma aventura no parque #76 

Turma da Mônica Jovem #58

13/10/2013

Krazy Kat: 100 anos plenos de loucura






Krazy Kat, uma das mais estranhas e estimulantes obras da história da banda desenhada estreou-se há um século, no The New York Journal.

Publicada entre 1931 e 1944, depois de aparições intermitentes desde 1910 nas margens The Digbat Family’s (outra BD do mesmo autor) atingiria o seu auge a partir de 1935, quando passou a dispor de página dominical colorida. Foi aí que, com maior intensidade, brilhou a ‘loucura’ controlada do seu criador, Georges Herriman (1880-1944) que, apoiado pelo magnata William Randolph Hearst, dono dos jornais em que publicava e seu admirador confesso, deu largas ao seu peculiar sentido de humor e à sua imaginação surrealista, transformando o cenário desértico de Coconimno County, no Arizona, em que a acção decorria, numa paisagem em constante mutação de vinheta para vinheta, com planaltos às bolinhas, montanhas às riscas ou árvores a crescer em vasos…
Talvez por isso, Krazy Kat, no seu tempo, era lida com admiração por Pablo Picasso, E.E. Cummings, Jack Kerouak ou pelo presidente Woodrow Wilson, e hoje, 100 anos depois, continua a merecer a atenção e a admiração dos que se atrevem a penetrar neste misterioso universo, que continua surpreendentemente moderno e desafiador.
Universo, refira-se, centrado em apenas três personagens de interacção limitada mas sempre renovada, com o segredo a consistir não no desfecho de cada prancha, mas nos diversos momentos que a ele conduzem. Nesta atípica banda desenhada, Krazy, a gata (ou será gato?) julga declaração de amor os tijolos que o rato Ignatz constantemente lhe lança à cabeça por pura maldade, acabando na prisão – mesmo quando não é culpado – por iniciativa do cumpridor mas pouco inteligente guarda Pupp.
Para além da sua ínfima dimensão, o que também caracteriza esta galeria de personagens, é a linguagem com que Herriman os dotou, espécie de transcrição fonética de uma estranha mistura de inglês, francês, espanhol e alguns dialectos norte-americanos, que resulta numa linguagem (quase) nova.
Para além de Krazy Kat, Herriman, que vendeu o primeiro desenho aos 17 anos, desdobrou-se na criação de um sem número de tiras e personagens, incluindo a já citada The Digbat Family’s.

Publicada de forma breve no Diário de Lisboa, Krazy Kat teve duas edições em português. Em 1991, os Livros Horizonte editaram dois dos quatro volumes previstos da reedição integral das páginas publicadas entre 1935 e 1944. Mais recentemente, em 2009, a Libri Impressi, de Manuel Caldas, editou Krazy+Ignatz+Pupp – Uma Kolecção de Pranchasa Kores Kompletamente Restauradas, ainda disponível no editor.

(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 13 de Outubro de 2013)

12/10/2013

As Vendas do Pedro – Figuras a 1 €


Ao longo dos muitos anos que levo ligado à banda desenhada, por diversas razões (ofertas sem possibilidade de troca, compras em duplicado, substituição por edições mais recentes, mais completas ou em português...) acumulei revistas, livros, figuras e selos repetidos.
Para libertar espaço, estou agora a disponibilizá-los a quem me costuma ler. Salvo indicação em contrário, as edições encontram-se em bom estado.
Ao preço indicado, deverá ser acrescentado o valor dos portes, em função da modalidade a combinar com o comprador.
Quem estiver interessado nalguma das figuras abaixo, deverá indicá-lo no espaço dos comentários, ficando a figura reservada durante 48 horas. De seguida, deverá confirmar esse interesse para o e-mail pedro.cleto64@gmail.com.
Após combinarmos a modalidade de envio da(s) figura(s), indicarei o NIB para onde deve ser feito o pagamento, ficando a figura reservado durante 48 horas. Passado esse período voltará a ficar disponível para outros interessados.
Aqui fica então uma série de figuras por apenas 1,00 € cada. As alturas variam entre 1 e 4 cm. Se precisarem de mais alguma informação, não hesitem em pedir. E mesmo que alguma esteja reservada não desistam porque nalguns casos tenho vários duplicados…

Super-heróis Marvel 
VENDIDA

Mais figuras a 1 € já a seguir...

11/10/2013

Harden #1 (de #2): Sin Piedad












Joaquim Diaz
Le Lombard
França, 13 de Setembro de 2013
237 x 310 mm, 48 p., cor, cartonado
14,45 €


O que primeiro chama a atenção em Harden, projecto de Joaquim Diaz há muito em gestação, é a planificação – em que se reconhecem influências (assumidas) dos comics norte-americanos - com as páginas bem preenchidas com múltiplas vinhetas, de dimensão variada, assentes numa profusão de pontos de vista, como que fornecidos por uma câmara móvel que ‘dança’ pelos cenários, o que torna a leitura a um tempo mais pormenorizada – pelos muitos detalhes ‘puxados’ para primeiro plano – e mais dinâmica – pela forma como obriga o leitor a ‘correr’ pelas vinhetas com mudanças sucessivas de orientação ao longo da prancha.
A par disto, Diaz, competentemente, realça a profundidade de campo ‘desfocando’ aspectos de primeiro plano ou os fundos para melhor salientar o que é mais relevante e destaca momentos fulcrais da narrativa em vinhetas de maior dimensão, frequentemente associados a actos de (extrema) violência e, por isso, de grande impacto visual.
Sin Piedad, primeiro tomo de um díptico, centra-se em Izmaël, antigo membro de um gang de Los Angeles, que trocou a violência urbana das ruas por uma comissão no Iraque.
Agora regressado a casa, profundamente marcado (pelo que lhe fizeram e pelo que ele fez), após um acontecimento traumático, ainda não explicado e de cujos contornos violentos nos vamos apercebendo aos poucos, compreendemos – em simultâneo com o protagonista – que há passados aos quais não é possível fugir e que a (sempre) renovada guerra entre os que tentam controlar as ruas e os seus negócios marginais, não deixa lugar a posições neutras ou de mero espectador, forçando a tomar uma posição activa, mesmo que contrária à sua vontade. Como acontece a Izmaël, quando a irmã e o sobrinho são mortos por ele ter recusado regressar ao seu antigo gang, partindo para uma cruzada de vingança, em que a combinação entre o ódio a explodir, as angústias que o assolam e os fragmentos recalcados do passado que aos poucos vai libertando, o transformam numa implacável máquina de matar humana, numa espiral de confrontos e violência, em que feridos e mortos se multiplica, num relato construído num crescendo, que com facilidade prende o leitor. 


10/10/2013

Mexicana #1











Mars e Matz (argumento)
Mezzomo (desenho)
Glénat
França, 18 de Setembro de 2013
240 x 320 mm, 48 p., cor, cartonado
13,90 €


Resumo
Polícia na fronteira entre os Estados Unidos e o México, Emmet Gardner descobre que o seu filho, Kyle, está metido em sarilhos por se ter envolvido com um cartel de droga que o mandou assassinar um dealer rival para provar a sua lealdade.
Disposto a tudo para ajudar o filho, Emmet prepara e executa o golpe pretendido. Só que, tarde demais, descobre que o morto era um agente infiltrado e que o filho desapareceu tal como a jovem mexicana que o introduziu no cartel.

Desenvolvimento
São álbuns como este que me fazem lamentar a ‘ditadura’ – cada vez menor, reconheço – do formato tradicional franco-belga, o álbum cartonado de 48 páginas.
Continuando a ser o tamanho ideal para reproduzir belas pranchas desenhadas – e também reconheço que há (outro tipo de) histórias para os quais este tamanho não é o indicado – tem o problema de obrigar a uma estrutura narrativa condensada que, na maior parte dos casos, não permite desenvolver suficientemente a psicologia dos intervenientes ou justificar o porquê dos seus problemas de relacionamento – como acontece entre Emmet e Kyle no presente volume. Mais a mais, quando esta mini-série está pensada para ‘apenas’ três álbuns.
Sei também que a própria dimensão – aqui uns generosos 240 x 320 mm – obriga a trabalho mais aturado por parte dos desenhadores, o que limita o ritmo de publicação – daí a habitual periodicidade anual para as obras franco-belgas…
Dito tudo isto – e preferindo ter na mão um volume único com perto de 150 pranchas para ler a história de um só fôlego, como o seu ritmo narrativo pede – há que dizer que o relato é extremamente dinâmico, com as situações a sucederem-se a um ritmo avassalador, sem dar tempo ao leitor de parar para respirar, e que o tema escolhido – os tráficos humano e de droga na fronteira entre os EUA e o México, com a vertigem do dinheiro (aparentemente) fácil que lhes está associada, a par da miséria moral e social que provocam– é suficientemente interessante e motivador para forçar a continuar a leitura.
O trabalho gráfico de Mezzomo, embora peça um pouco mais de à vontade nalguns pormenores, acompanha bem a velocidade a que as cenas se desenrolam, sendo especialmente conseguido nos cenários desérticos e na diversidade de tomadas de vista utilizadas.
Se ficaremos apenas por uma série de acção, capaz de proporcionar uma leitura descontraída, ou se – uma vez introduzidos os personagens, a trama base e os cenários em que ela decorre – Mars e Matz ainda irão desenvolver e aprofundar o carácter e as relações entre os protagonistas, oferecendo aos leitores um pouco (ou muito?) mais, é algo a que só os próximos (dois) tomos poderão responder.

A reter
- A vertigem da acção.
- O tema cativante (e sempre actual) abordado.
- As paisagens desérticas em que Mezzomo se distingue
- … tal como a conseguida capa.

Menos conseguido
- A limitada exploração das personagens ao nível psicológico.

Leitura online
- As primeiras pranchas de Mexicana podem ser lidas aqui.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...