07/09/2022

O Fado Ilustrado

Canção e destino


A reedição de títulos esgotados é um sinal de consistência de um mercado e o regresso às livrarias de O Fado Ilustrado é mais um sinal disso.
Datado de 2011 na edição original da Plátano, ressurge agora com a chancela da Arte de Autor e de A Seita, com uma capa mais chamativa, a revisão dos textos em conjunto com o autor, a inclusão de uma cronologia dos factos referidos na obra, que ajuda a situá-los no devido tempo, e beneficiada pelo desenvolvimento das técnicas de impressão.

05/09/2022

Demolidor #5

Transição




Tenho seguido com interesse o consulado de Chip Zdarsky à frente do Demolidor, no qual tenho encontrado boas leituras como vou partilhado por aqui.
Este quinto volume, é claramente de transição entre dois arcos narrativos e a verdade é que a edição ressente-se disso - mas não só.

30/08/2022

Reckless #1

Porque o passado não esquece


Pôr rótulos é sempre redutor, até porque raramente eles descrevem na totalidade aqueles em que são colocados, mas a verdade é que se há área em que o norte-americano Ed Brubaker se tem distinguido é no campo do policial em banda desenhada - inclusive quando assinou muitas das suas histórias de super-heróis da Marvel.
Se títulos como Velvet, Fatale, The Fade Out ou Criminal, para citar algumas das suas obras já editadas em português pela G. Floy, o vincam claramente, Reckless, acabado de chegar a quiosques e livrarias perpetua essa ideia.

29/08/2022

J. Kendall #151

Sem (a) protagonista



Nas histórias de Julia Kendall, é normal que ela partilhe o protagonismo com os criminosos que acabará por investigar. Menos normal, penso eu - confesso que não fui verificar - é que lhes entregue completamente a boca de cena, deixando-se ficar no fundo, quase na sombra.
Escrito de outra forma, nas duas histórias deste volume, Julia apenas aparece em 40 das 126 pranchas de A gangue e em 35 do segundo relato, O quarto de pânico.

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