Direito
às diferenças
Num
tempo em que a informação (e/ou
a desinformação)
está(ão)
facilmente ao alcance de todos, saber geri-la e interpretá-la é
fundamental.
Surgiu-me
esta reflexão a propósito de Pocahontas,
uma obra cuja acção tem lugar no início do século XVII.
Penguin Random House/Iguana+Nuvem de Letras
Primeiros
voos
A
29 de Outubro de 1959 - há quase 65 anos, portanto - chegava às
bancas francófonas o número inaugural da revista Pilote,
pensado e dirigido por René Goscinny, Jean-Michel Charlier e Albert
Uderzo.
Os
leitores estavam longe de imaginar a revolução em que estavam a
entrar. Um certo Astérix
e
Tanguy
e Laverdure eram
as grandes propostas do
número inagural a
que se viriam a juntar rapidamente,
entre outros Valérian
ou
Blueberry.
Tanguy e Laverdure, surgia
com as assinaturas de Charlier e Uderzo e era indiscutivelmente um
marco do seu tempo Os dois, iriam assinar as primeiras sete
aventuras, aquelas que a ASA edita a partir de hoje, semanalmente, em nova parceria com o
jornal Público.
Encontro
de culturas aqui ao lado
Quantas
mais leituras tiver um livro, mais interessante e estimulante ele
poderá ser. Poderá, porque descobrir esses vários níveis depende
também da capacidade do leitor
de as descobrir e interpretar
Boarding
Pass,
do português Ricardo Santo, uma edição recente de A Seita
e da Comic Heart proporciona essa oportunidade.
Influências
Numa época em que a designação 'direitos de autor', associado ao termo 'processo' não tinham o peso e a proximidade que têm hoje, mostrar influências e gostos ou tão só aproveitar o conhecimento de senso comum que determinadas criações - dentro e fora dos 'quad(ra)dinhos' - podiam assumir, era algo a que Maurício de Sousa não se inibia, com o seu humor característico.
Penguin Random House/Distrito Manga
Só estas?
É
verdade que não há muito acrescentar em relação ao que escrevi
sobre o primeiro
volume desta colecção,
por isso remeto para esse texto.
Estranho,
no entanto, que ela fique limitada a apenas um tríptico, quando são
tantas as histórias
curtas
de Michel Vaillant que podiam ser objecto deste novo tratamento
editorial.
Mais do que História
A
História
das grandes séries de banda desenhada muitas vezes faz-se à
margem
da vontade dos detentores
dos
direitos ou por falta dela.
Em
Portugal,
onde pela primeira vez foi publicado fora
do mercado francófono e pela primeira vez a
cores,
Tintin teve
um percurso singular que,
se era normal e até inovador na época,
hoje -
naturalmente... - seria
considerado um
atentado à obra original de Hergé.
O que não invalida que esses factos sejam verdadeiros,
façam parte da tal História
do "repórter que nunca escreveu uma linha" e mereçam
ser conhecidos.