19/07/2012

Leituras de Banca

Julho 2012

Revistas periódicas de banda desenhada este mês disponíveis nas bancas portuguesas.



Turma da Mónica (Panini Comics)
Almanaque da Mônica #31
Almanaque do Cascão #31
Almanaque do Cebolinha #31
Almanaque Turma da Astronauta #10
Cascão #61
Cebolinha #61
Chico Bento #61
Grande Almanaque de Férias - Turma da Mônica #11
Magali #61
Mônica #61
Mónica y su Pandilla - Turma da Mónica em Espanhol #10
Monica’s Gang - Turma da Mónica em Inglês #10
Ronaldinho Gaúcho e Turma da Mônica #61
Turma da Mônica - Colecção Histórica #27
Turma da Mónica – Saiba mais #52 – História do papel
Turma da Mônica – Uma aventura no parque #61
Turma da Mônica Jovem #43



DC Comics (Panini Comics)
Batman #109
Liga da Justiça #108
Superman #109
Universo DC #18



Marvel (Panini Comics)
Homem-Aranha #119
Os Vingadores #94
Wolverine #83
Universo Marvel #17
X-Men #119



Bonelli (Mythos Editora)
A distribuição das revistas da Mythos Editora está temporariamente suspensa,
devido a uma mudança de distribuidora.

18/07/2012

Dampyr #147

Tributo di Sangue










Giovanni Eccher (argumento)
Maurizio Dotti (desenho)
Sergio Bonelli Editore (Itália, Junho de 2012)
160x210 mm, 100 p., pb, brochado, mensal
2,90 €



Resumo
Em viagem de turismo pelo Norte de Portugal, Maud, durante uma visita a umas caves de vinho do Porto, em Vila Nova de Gaia, avista um fantasma que parece querer entrar em contacto com ela.
Abalada pela experiência chama Harlan Draka (Dampyr) para investigar o fenómeno, o que os levará até Miranda do Douro e ao confronto com um velho conhecido.

Desenvolvimento
Se a trama e a génese desta história já foram suficientemente dissecadas no anúncio prévio da sua publicação e nas entrevistas a Giovanni Eccher e Maurizio Dotti, confesso que a sua leitura foi uma agradável surpresa.
Desde logo porque a localização da trama em Vila Nova de Gaia e em Miranda do Douro não foi um mero capricho “turístico”, mas faz todo o sentido na forma como a história se desenrola, havendo uma muito conseguida apropriação de algumas das especificidades físicas (caves, zona ribeirinha, eléctrico #1 para o Infante…) e históricas (vinhos, perseguições da inquisição, dialecto mirandês…) dos locais para o desenvolvimento da narrativa.
Que, como é normal na série, é uma história de terror, que tem por base as perseguições aos judeus pela inquisição portuguesa no século XVI, construída de forma competente e bem balizada, com alguma acção mas em que predomina o terror psicológico e um clima de ansiedade que acaba por contagiar o leitor.
Graficamente, Dotti, embora “queixando-se” de ter apenas trabalhado a partir de fotografias, cumpre com distinção a sua missão, não fazendo da banda desenhada uma colectânea de bilhetes-postais mas tornando perfeitamente reconhecíveis os locais escolhidos como cenário da acção (ribeira de Gaia, ponte Luiz I, caves, Miranda do Douro, zona vinhateira) e credíveis os que recriou com base em (outros) elementos reais, como acontece com o fictício Mosteiro de Madalena.

A reter
- O equilíbrio entre os factos e locais reais e a narrativa ficcionada, que resulta numa história interessante e credível.

17/07/2012

Asteroid Fighters #2 - Os Oráculos














Rui Lacas
ASA (Portugal, Junho de 2012)
205 x 290 mm, 72 p., cor, cartonado



Resumo
A corporação dos Asteroids Fighters continua a tentar evitar que o planeta Terra seja destruído pelos misteriosos asteróides explosivos, ao mesmo tempo que tentam descobrir a sua origem e quem está por detrás do seu lançamento.

Desenvolvimento
Depois de um intervalo demasiado longo – Asteroid Fighters#1 – O Início foi editado em Outubro de 2009 - surge finalmente o segundo tomo desta saga que, de forma resumida – embora algo precipitada – pode ser classificada (apenas) como uma verdadeira história de super-heróis.
Curiosamente, a sua maior qualidade – a originalidade do contexto e (dos poderes) das personagens – é também o seu maior defeito. Porque falta ao leitor sentir a familiaridade que geralmente sente em relação a outras narrativas de super-heróis, e que gera a empatia necessária com elas.
Apesar disso, a narrativa, bem ritmada, lê-se com agrado – e cumpre, assim, aquela que é sem dúvida a sua primeira premissa: divertir – e, apesar de já fornecer algumas respostas, nomeadamente quanto à origem e identidade do vilão de serviço, deixa o leitor suficientemente em suspenso, ansiando pelo próximo tomo da série.
Para isso contribui o traço desenvolto de Lacas, que revela uma grande segurança e à-vontade, quer no retrato das personagens, quer na composição das cenas, ricas, diversificadas e, geralmente, com uma planificação muito dinâmica - a que não é estranha alguma influência manga, assimilada ao seu estilo bem pessoal – contribuindo o todo para garantir um bom ritmo narrativo.
Claro está, fosse outro o meio aos quadradinhos em que Asteroid Fighters nasceu – um contexto onde existisse uma indústria e um mercado reais – e esta poderia ser apenas a introdução a um universo com muito para contar e por onde se desenvolver – apesar da especificidade das ameaças que os Asteroid Fighters combatem – pois as personagens ricas e estimulantes, com passado, presente e futuro para explorar são muitas. Estando nós em Portugal, resta-nos esperar pela conclusão deste tríptico – era esse o plano inicial – se possível num prazo menos dilatado do que aquele que mediou entre os dois primeiros tomos.

A reter
- A originalidade do conceito e das personagens que sustentam esta saga.
- A desenvoltura gráfica de Rui Lacas, um dos grandes narradores portugueses contemporâneos aos quadradinhos.
- O aproveitamento das guardas para apresentação dos vários intervenientes…
- … que, curiosamente, são inspirados nos amigos – também autores de BD ou ilustradores – de Lacas.

Menos conseguido
- O excessivo período de tempo que mediou entre a edição dos dois primeiros tomos de Asteroid Fighters.


16/07/2012

Coldplay criam banda desenhada













O álbum Mylo Xyloto, editado pelos Coldplay em Outubro de 2011, que foi nº 1 em 34 países e vendeu mais de 6 milhões de exemplares, esteve na origem de uma banda desenhada
A banda anunciou no seu site oficial, que tudo começou há três anos, numa conversa com Mark Osborne, argumentista e director de filmes de animação como “Kung Fu Panda”, “MORE” ou “The SpongeBob SquarePants Movie”, com quem desenvolveram uma personagem chamada Mylo Xyloto, combinação de “xylo” (de xilofone) com “toe” (dedo do pé).
A ideia cresceu e desenvolveu-se e com ela a história e o universo do jovem Mylo, que serviram de pano de fundo às músicas do CD e à respectiva tournée. Agora, é retomada numa mini-série em 6 episódios, cujo primeiro número, desenhado por Alejandro Fuentes, foi apresentado este fim-de-semana na San Diego Comic-Com International, um festival de BD a decorrer nos Estados Unidos.
A continuação da história, que conta a cruzada do jovem Mylo contra o som e a cor até descobrir que eles afinal não são os seus inimigos, será editada a partir de Fevereiro de 2013, pela Bongo Comics, editora de Matt Groening, também responsável pela edição das revistas aos quadradinhos com as aventuras dos Simpsons.

(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 15 de Julho de 2012)

15/07/2012

As Figuras do Pedro (XX)

Mutts


Figuras: Earl, Mooch, Guard Dog e Shtinky
Fabricante/Distribuidor : Dark Horse Deluxe (EUA)
Ano : 2006
Altura : entre 6 e 10 cm
Material: PVC
Preço original: 14,99 $US







14/07/2012

Selos & Quadradinhos (81)

Stamps & Comics / Timbres & BD (81)


Tema/subject/sujet: Anime Hero & Heroine Series 17 - Dragon Ball Kai
País/country/pays: Japão/Japan
Data de Emissão/Date of issue/date d'émission: 2012

13/07/2012

Le Cycle des Epées









Colecção Contrebande
Howard Chaykin (argumento)
Mike Mignola (desenho)
Al Williamson (arte-final)
Sherilyn Van Valkenburgh (cor)
Delcourt (França, Agosto de 2007)
173 x 264 mm, 192 p., cor, cartonado
19,90 €


Resumo
Durante uma emboscada nas ruas da perigosa cidade de Lankhmar, Fafhrd, o guerreiro nórdico, e Sourcier Gris, um renomado ladrão, encontram-se pela primeira vez e tornam-se improváveis amigos, juntos para uma vingança e para as mais inesperadas batalhas e pilhagens.
Esta banda desenhada, originalmente uma mini-série em quatro números, adapta uma série de romances escritos a partir de 1939 por Fritz Leiber (1910-1992), considerado um dos fundadores do género “espada e feitiçaria”.

Desenvolvimento
Género que em tempos fez escola – e para alguns era mesmo a única BD aconselhável – a adaptação em quadradinhos de clássicos da literatura, depois de ter decaído bastante, está hoje de novo em voga. Com a vantagem de a eles, muitas vezes, estarem associados autores jovens, que recriam os originais no novo suporte narrativo, de forma fiel mas também estimulante.
Não sendo uma obra actual – longe disso, pois data do início da década de 1990 – esta mini-série aqui compilada num único tomo, tem a particularidade de ter a assinatura de dois nomes importantes dos comics: Howard Chaykin e Mike Mignola (aqui antes da criação de Hellboy). Ou de três, pois é de toda a justiça incluir também o arte-finalista, o grande Al Williamson!
Na sua origem, está um inusitado encontro entre personalidades – um guerreiro e um ladrão - que nada parecia indicar terem interesses comuns, unidas primeiro em defesa das suas vidas, depois na tentativa de um roubo mítico, na sequência dele, na dor pela perda das companheiras e, em seguida na vingança.
Uma vez consumada, deambulam em busca de presas e sonhos, numa época indefinida e por locais fictícios – à semelhança do que acontece com Conan, com quem têm outras afinidades. Cruzam-se com saqueadores e guerreiros, senhores e magos, espíritos e seres sobrenaturais, com a realidade e o sobrenatural a sobreporem-se com frequência – embora nem sempre de forma muito linear… – e na qual a acção serve geralmente para resolver questões aparentemente complicadas.
Graficamente, o traço de Mignola – por “culpa” própria ou devido à finalização de Williamson? – surge algo incaracterístico e com oscilações, preso a um equilíbrio precário entre um semi-realismo mais convencional e a depuração que o tornaram depois único e famoso.


12/07/2012

Franco Caprioli

No centenário do desenhador poeta












Colecção J.M. #4
Jorge Magalhães (texto)
C.M. Moura (Portugal, Junho de 2012)
208 x 290 mm, 56 p., cor, brochado


1.       Num país pouco dado à defesa do seu património (também aos quadradinhos), não é demais destacar e enaltecer o trabalho que, paulatinamente, a Câmara Municipal de Moura (através do labor de Carlos Rico) tem desenvolvido nesta área.
2.      Não só pelo Salão Internacional de Banda Desenhada, que atingirá a sua 18º edição em 2013…
3.      … mas principalmente pelos valiosos catálogos que vem editando, dedicados aos autores homenageados em cada salão…
4.      … ou na “Colecção J.M.” (Jorge Magalhães, entenda-se) onde, depois de “Banda Desenhada e Ficção Científica – As madrugadas do futuro”, “O ‘Western’ na BD Portuguesa” e “Vítor Péon e o ‘Western’ – De Denver Bill a “Tomahawk” Tom”…
5.      … surge agora “Franco Caprioli - No centenário do desenhador poeta”, edição integrada na comemoração do centenário de Franco Caprioli.
6.      Esta recuperação de algum do património nacional aos quadradinhos, tem tido como sustentáculo o saber e a erudição de um dos maiores conhecedores da BD nacional, Jorge Magalhães, responsável pela formação de muitos leitores de quadradinhos – nos quais me incluo - no tempo em que a existência de revistas periódicas o permitia…
7.      Agora, debruçou-se sobre a obra de Franco Caprioli, um mestre clássico e um virtuoso do desenho, cuja biografia traça de forma sóbria, sem ser exaustivo mas destacando os seus principais momentos, a sua técnica apurada e original (baseada num magnífico traço fino e no uso de pontilhado para definir sombras e volumes) asa suas preferências e motivações, as obras que criou e onde foram publicadas...
8.     Como complementos, são indicadas todas as publicações nacionais que reproduziram obras do mestre italiano, uma lista longa e que me surpreendeu pela quantidade de álbuns editados com a sua assinatura, e é reproduzida, a cores, um episódio da série "Olac, the gladiator", realizado para a "Tiger Annual", em 1962.
9.      A edição, em papel brilhante, de boa gramagem – que merecia uma capa mais consistente ou no mínimo lombada quadrada – é profusamente ilustrada, quase sempre a cores – uma agradável surpresa para quem, como eu, sempre tinha lido Caprioli a preto e branco - constituindo-se assim um importante elemento, não só de divulgação mas também de consulta.
10.  Fica o lamento – apenas – em relação à sua curta tiragem (500 exemplares) e fraca (inexistente?) distribuição, que não permite que chegue a todos os leitores que o texto de Jorge Magalhães e a obra de Caprioli mereciam.



11/07/2012

Tex Anual #13

O Longo Braço da Lei










António Segura (argumento)
José Ortiz (desenho)
Mythos Editora (Brasil, Dezembro de 2011)
135 x 175 mm, pb, 306 p., brochado
R$ 18,90 / 9,00 €



Resumo
À cabeça de um grupo de rangers, Tex escolta cinco presos que estão a ser transferidos de Sierra Vista para Phoenix. No entanto, no caminho, são atacados e os presos libertados.
Único sobrevivente do grupo, Tex parte no encalço dos fugitivos, que entretanto se separaram, não só com o intuito de fazer justiça mas também de descobrir qual deles motivou o ataque.

Desenvolvimento
Os fãs que me desculpem, pois eu sei que o Tex de António Segura não é muito apreciado entre eles, mas acho que o argumentista espanhol, como nenhum outro, conseguiu retratá-lo exemplarmente na sua faceta de solitário, frio, duro e implacável – cínico até por vezes.
E é esse Tex impassível, de olhar gélido e dedo ligeiro no gatilho que surge em “O Longo braço da lei”, um Tex que semeia de cadáveres as bordas do seu caminho, que avança indiferente aos danos colaterais, como um autêntico mastim que só parará quando tiver dilacerado a sua presa.
Por isso, esta é uma narrativa dura e violenta – à medida da terra e do tempo em que Tex caminha - pejada de tiroteios, feridos e cadáveres. E que, apesar do seu tom e da sua grande extensão – mais de três centenas de pranchas – consegue ser também cativante e absorbente, pelo tom quase policial com que Segura a dotou, com Tex a perseguir, à vez, cada um dos cinco fugitivos, investigando os seus motivos, analisando as suas acções e ilibando-os (ou não…) do crime – o ataque à escolta – porque os persegue.
Esse Tex duro e violento – e o clima tenso e pesado da narrativa – são acentuados pelo soberbo traço de José Ortiz – cúmplice de longa data de Segura – agreste mas pormenorizado, com personagens esguias e atléticas, de rostos vincados e olhares penetrantes e um sublime trabalho de preto e branco, assente em contrastes e num exemplar jogo de luz e sombras que – lá volto eu ao mesmo… - merecia ser admirado numa edição de formato maior.

(Texto publicado originalmente no Tex Willer Blog)


10/07/2012

Au Royaume des Aveugles #1

Les Invisibles














Olivier Jouvray (argumento)
Frédérik Salsedo (desenho)
Greg Salsedo (cor)
Le Lombard (França, 25 de Maio de 2012)
237 x 310 mm, 56 p., cor, cartonado
14,45 €



Resumo
Londres 2060. Com algumas décadas de atraso, o “Big Brother” de George Orwell é uma inquietante realidade, com milhares de câmaras por todo o lado a espiar, controlar, devassar a vida de cada cidadão.
Um grupo de activistas, ao qual pertence Laurette, filha de um polícia reformado, prepara clandestinamente uma série de acções de protesto contra este estado de coisas, sem saberem que são manobrados por alguém que permanece na sombra.


Desenvolvimento
Enésima variação sobre a temática do Big Brother e do controle absoluto do estado sobre a vida – pública e privada dos cidadãos – este é um tríptico que, como mandam as regras, neste primeiro tomo pouco mais faz do que apresentar as personagens e explanar os meandros da acção, concluindo com muitas dúvidas e imensas pistas por desvendar.
Frédérik Salsedo, no desenho, parece ainda à procura da sua marca pessoal. Num estilo semi-caricatural – que não perdia se se aproximasse um pouco mais do realista, para melhor se adaptar ao tom do registo – revela alguma rigidez ao nível dos rostos e os cenários estão geralmente demasiado despojados e vazios, embora seja de assinalar um bom domínio da anatomia humana.
Quanto ao argumento de Jouvray, se não é especialmente original, tem o mérito de deixar muitas pistas por esclarecer. Desde logo quem orquestra na sombra, parecendo usar todos os intervenientes como marionetas de uma imensa farsa e qual o seu objectivo. Mas também, qual a origem da inimizade entre o inspector da polícia e o pai de Laurette; que ligação tem este com o misterioso mandante; como se irá desenvolver o (inevitável confronto) entre o pai e o irmão de Laurette; qual será o verdadeiro papel desta no futuro desenvolvimento da história; quem a capturou e porquê?
Motivos suficientes para despertar a curiosidade do leitor e deixá-lo desejoso de ler o próximo tomo, afinal o objectivo primeiro de qualquer obra em continuação.

A reter
- A forma como Jouvray deixa em aberto questões suficientes para levar o leitor a desejar ler o segundo tomo.
- O álbum foi pré-publicado de forma periódica, entre Dezembro de 2010 e Fevereiro de 2012, no site 8comix, onde ainda pode ser lido em versão integral.


09/07/2012

Valérian no cinema















Depois de muitos saltos espácio-temporais que os levaram ao passado e ao futuro, a realidades paralelas e a galáxias distantes, a próxima paragem de Valérian e Laureline deverá ser no grande ecrã, pela mão do produtor e realizador francês Luc Besson.
Aquela que é, possivelmente, a mais célebre série de banda desenhada franco-belga de ficção-científica, com mais de 2,5 milhões de álbuns vendidos, estreou-se em 1967, na revista “Pilote”. Foi criada por Pierre Christin e Jean-Claude Mézières que, ao longo de 40 anos e 21 álbuns (mais dois tomos enciclopédicos, fora de colecção) – a série foi fechada pelos autores em “O AbreTempo” (2010) – desenvolveram um universo fantástico, maravilhoso, consistente e profundamente original, longe dos estereótipos do género, no qual Laureline progressivamente veio a assumir um papel cada vez mais preponderante ao lado do protagonista original Valérian.
Esta é uma oportunidade para Besson e Mézières voltarem a trabalhar juntos, depois do desenhador ter participado na concepção gráfica do filme “O quinto elemento”, dirigido por Besson. A ligação deste último com a BD não é nova, pois já produziu e realizou adaptações de Michel Vaillant (em 2003) e de Adèle Blanc-Sec (2010).
Ainda não há data para a estreia desta película, até porque o realizador está a trabalhar em “Malavita”, tendo agendado, para o início de 2013, um thriller de acção com Angelina Jolie. Também ainda não foram indicados quaisquer nomes para o elenco, sabendo-se apenas que o filme será em inglês, live-action e produzido pela EuropaCorp, de Besson, que em 2007 colaborou com uma produtora japonesa em “Time Jam: Valérian & Laureline”, uma adaptação animada da mesma série, exibida na TV francesa.
Em Portugal, Valérian estreou-se em 1971, nas páginas da revista “Tintin”, onde foi presença regular, estando integralmente editado em álbum, pela Meribéruca/Líber e as Edições ASA.

(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 5 de Julho de 2012)


08/07/2012

Selos & Quadradinhos (80)

Stamps & Comics / Timbres & BD (80)


Tema/subject/sujet: Spiderman Through the Ages
País/country/pays: Madagascar
Data de Emissão/Date of issue/date d'émission: 1998

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