Revisão
Revisão
Choque formal
Reunião de universos
Por vezes há obras, séries, autores que, aos olhos de um leitor - de um grupo de leitores - ficam estigmatizados. As razões nem sempre são fáceis de explicar, raramente o bom senso e o sentido crítico imperam e, dessa forma, perdem-se – no que a este blog interessa - boas leituras.
Foi o caso, durante muitos anos, das produções da Sergio Bonelli Editore, em Portugal.
Quem conta um conto...
O melhor de três mundos
Marcas...
Ciao, amore...
Portugal Press (1978-1979)
Estava a terminar o ano de 1978 e, nos quiosques portugueses, a par de títulos estabelecidos, marcantes e resistentes, como Mundo de Aventuras, Falcão ou Tintin, as editoras multiplicavam as suas apostas em revistas de banda desenhada, a maioria das quais efémeras e rapidamente esquecidas.
Uma das mais prolíferas da época, a Portugal Press, de Roussado Pinto, que meses antes trouxera aos leitores portugueses o primeiro herói Bonelli em título próprio - Zagor - fazia nova aposta originária de terras italianas: Mister No.
Dar consistência
Um aspecto evidente no trabalho editorial de Tex nos últimos anos, é o objectivo de dar à série uma consistência histórica, ordenando uma 'cronologia' que até então era praticamente inexistente. Por um lado.
Por outro, há uma óbvia opção por recuperar personagens que de alguma forma foram marcantes pelo tempo de uma história - ou pouco mais - apelando à memória e à nostalgia dos leitores mais antigos - e conseguindo assim, quem sabe, recuperar alguns que com o tempo se foram perdendo.
É o acontece neste significativo - pela marca alcançada - Tex #600 - #700, em Itália.
Credibilizar o incrível
Entre os heróis 'tradicionais' - vou escrever assim... - da Sergio Bonelli Editore, onde incluo Tex, Zagor, Martin Mystère, Mister No, Nick Raider, (também) Ken Parker, este Nathan Never é aquele que menos conheço. Possivelmente porque, quando fiz a descoberta da produção popular Bonelli através das edições brasileiras da Mythos Editora, não havia nenhum título dedicado ao herói espacial. E, possivelmente, outra vez, porque entre todas as temáticas que aquelas séries abordam, a ficção científica - base de Nathan Never - é a que menos me atrai.
Desde (?) O estranho caso do Dr. Jekyll e Mister Hyde, de Robert Louis Stvenson, a questão da dupla personalidade tem dado origem a muitas e (algumas) boas histórias.
Este díptico de Martin Mystère, Dupla personalidade/Os Illuminati, é mais uma abordagem com essa base, com a curiosidade de a duplicidade surgir em... dose dupla.
Há demasiado tempo afastado das minhas leituras, por razões diversas a que a pandemia e o cancelamento de alguns eventos de BD não são estranhos, regressei - de forma breve - a Tex neste díptico.