Eram
os fanzines (1/3)
Quando
comecei a dedicar-me à banda desenhada - para além da minha posição
de leitor - as publicações, grosso modo podiam dividir-se em três
tipos: álbuns (segmento em crescimento), revistas (em declínio) e
fanzines.
Estes
últimos, tinham na época a
seguinte definição (mais ou menos) consensual: 'publicação
independente, sem fins lucrativos, destinada a divulgar o trabalho de
novos autores'.
Hoje,
tudo mudou. Os álbuns predominam, as revistas acabaram e os fanzines
encontraram novas formas. Entre elas, a publicação digital.
A
Ala dos Livros acaba de disponibilizar o regulamento do Prémio
Jorge Magalhães de Argumento para Banda Desenhada,
com
o qual
pretende "contribuir para a
dignificação e valorização do argumento na Banda Desenhada".
É uma iniciativa válida e oportuna, que constitui uma justa
homenagem a um dos grandes argumentistas da banda desenhada
portuguesa, a quem ela deve bem mais do que as muitas histórias que
escreveu.
O regulamento,
na versão integral disponibilizada pela editora, encontra-se já a
seguir.
Passagem
por Portugal
Criação
de William Vance e Yves Duval, Howard
Flynn
é uma
série que decorre no final do século XIX e tem como protagonista um
oficial da marinha britânica
- que lhe dá o título.
Oficial
esse que, ao longo de
meia dúzia de aventuras, teve uma - dupla! - passagem relevante por Portugal.
O
tamanho, o tamanho...
Regresso
ao tema das histórias curtas, com duas afirmações que sei que
podem ser
polémicas:
-
É possível uma história curta transmitir tanto prazer ao leitor
quanto uma história longa;
-
Uma história curta pode dar tanto ou mais trabalho (a escrever) que
uma longa.
Justifico-me
já a seguir.
Um
livro, várias selvas
Eu
- como tantos da minha geração -
descobri (alguns
d)os
clássicos da literatura, nas versões - animadas e/ou em BD - da
Disney (com
as segundas a adaptarem as primeiras).
Delas,
passei,
algumas vezes,
ao longo dos anos,
a adaptações mais realistas, a versões romanceadas juvenis ou
mesmo aos romances originais.