“O
nosso
livrinho é uma bela homenagem a Hergé”
A propósito da edição em França de
Le Sr Oliveira da Figueira ...& les aventures de Hergé et
Tim-Tim au
Portugal, conforme recenseado
ontem aqui em As Leituras do Pedro,
As
Leituras do Pedro
colocaram três perguntas por escrito a Michel Chandeigne,
responsável pelas Éditions Chandeigne que lançaram o livro, para
complementar as informações já fornecidas pessoalmente.
Biografia
& ficção
À venda a partir de hoje em França, Le
Sr Oliveira da Figueira ...& les aventures de Hergé et Tim-Tim
ao Portugal é uma interessante e divertida viagem em torno de
Oliveira da Figueira, o português das aventuras de Tintin.
Auspicioso...
Estive
no Amadora BD 2021 apenas no dia 23, primeiro sábado, da parte da
tarde, o início da qual dedicado a entrevistas. Tenho, por isso, uma
visão limitada e (muito) subjectiva do 32.º Festival Internacional
de BD da Amadora, mas pareceu-me importante deixar algumas notas
sobre ele.
E
se...
E
se o Marsupilami, em vez de ser o animal amigável e divertido que
todos nós conhecemos graças ao génio de André Franquin, fosse na
verdade - de forma compreensível e natural - uma fera selvagem
(quase) incontrolável?
Este
enredo, imaginado por Frank Pé e depois maravilhosamente escrito por
Zidrou para o desenho sublime daquele,
proporciona-nos outra das grandes leituras do ano e uma soberba
homenagem a (uma das maiores criações de) um génio da BD.
A crueldade de contar o fim...
Nunca
fui às páginas finais de qualquer livro para saber como acabava,
antes de o ler. Mais, nunca consegui perceber qual o interesse dessa
manobra que tantos faziam regularmente.
Mas,
quando é o próprio autor a contar-nos o fim - como faz Brubaker
neste quinto tomo de Criminal,
como leitor senti um desafio, um estímulo extra que nunca tinha
experimentado. Tentei sempre perceber, antecipar, prever,
como
iria Teeg Lawless falecer. Ou melhor, porque iria falecer, porque o
‘como’,
há muito era evidente: de forma violenta e cruel.
Comparações
A
chegada recente às livrarias de duas adaptações de 1984,
de George Orwell, juntando-se a uma terceira com quase um ano,
inevitavelmente levanta duas questões: porquê tantas adaptações
da mesma obra e qual escolher.
Se
a primeira é de resposta fácil, a segunda obriga a um exercício de
análise mais extenso.