05/02/2021

Rio #4: Salve-se quem puder

Apoteose


Construída num crescendo, esta série de 4 álbuns, termina agora em grande apoteose, reunindo num volume extremamente visual todos que até agora desempenharam papeis de destaque.
Rúben, o (agora) coronel Jonas Moura, Capitu, Bakar, Luana... juntam-se uma última vez, num tomo em que redenção e queda no abismo caminham lado a lado, sob a influência de forças sobrenaturais do bem e do mal e da própria natureza.

04/02/2021

L'Homme qui tua Chris Kyle

Estranheza


Estranha-se desde logo a capa. E depois também um título (aparentemente) tão revelador sobre o conteúdo do livro - a exemplo do que acontecia, aliás, em O Homem que Matou Lucky Luke... embora no caso presente seja bem mais assertivo.
E num caso e noutro, estranha-se que tão 'depressa' essa morte ocorra. Num caso e noutro, o morto era uma celebridade: uma lenda do Oeste, num caso, o mais famoso sniper americano, no outro... Um sniper, um herói...? Que estranho.

02/02/2021

Tex #608/#609


Regresso ao passado

Já referi por aqui, a propósito da Tex #600, a actual tendência nas aventuras do ranger para 'recuperar personagens que de alguma forma foram marcantes pelo tempo de uma história'.
Obviamente, este tipo de exercício presta-se a diferentes interpretações - que também estão relacionadas com o posicionamento de cada leitor em relação a Tex. Uma delas, crítica, é associar a opção a falta de imaginação dos actuais argumentistas, daí a necessidade do regresso recorrentemente aos 'bons tempos passados'. Outra, mais favorável, é considerar que as personagens (agora reencontradas) eram tão ricas e fortes que era uma pena limitá-las a uma única história.
Este díptico, A aldeia dos danados/A fúria de Makua, é mais um exemplo.

29/01/2021

Demolidor #1: Só medo

O homem com medo


Já referi várias vezes que, no Universo Marvel, uma das minhas preferências é o Demolidor possivelmente pela forte componente trágica que caracteriza o lado mais humano, de alguém que ao mesmo tempo é cego, carrega a(lguma) culpa da sua orfandade e revela uma gran de incapacidade de amar e viver a felicidade, quando ela surge.
Por isso, as suas melhores histórias são aquelas que exploram essas características, não surpreendendo que, uma vez e outra - entre breves oásis de felicidade - Matt Murdock - e o seu alter-ego - regressem ao local de origem e, mais do que isso, à sua vertente marginal, perseguida, despojada e, às vezes, até odiada.

28/01/2021

The Promissed Neverland #4 e #5

Desafio perpétuo

Criar uma situação original e estimulante, não é fácil, mas são inúmeros os casos em que tal acontece. Mas, manter esse interesse e essa capacidade de prender o leitor volume após volume, é muito mais exigente e já são bem menos os casos que o concretizam plenamente. Ao fim de 5 tomos, The Promised Neverland  continua a consegui-lo plenamente e é uma das leituras mais desafiantes que neste m omento é possível acompanhar em português.

27/01/2021

Ken Parker #7

Onde é que já vi isto...?




Há demasiado tempo a aguardar leitura, feita de forma intermitente ao sabor das muitas novidades que - ainda bem! - têm surgido no nosso país, este era um dos vários volumes de Ken Parker que diariamente me desafiam por detrás do computador onde escrevo estas linhas.

26/01/2021

Gideon Falls #4

Sem respostas


"Tenho a certeza que têm muitas perguntas (...) mas não há respostas fáceis.
Pelo menos por agora." In Gideon Falls #4

A verdade é esta: após quatro volumes, continuámos sem respostas. Um ou outro esclarecimento, aqui e ali, sim. Mas, desculpem, pouco esclarecedores. E respostas, nenhumas. Com a agravante de, no final, aparentemente o próprio livro implodir.
Mas, apesar de tudo, Gideon Falls continua a ser uma leitura desafiadora e irresistível, de que apetece conhecer cada vez mais.

25/01/2021

A(lguma da) BD que vamos ler em 2021



Guardei este texto para 'inaugurar' o novo visual de As Leituras do Pedro (a seguir à sua apresentação, obviamente), mas confesso que me entristece a forma como ele tem de entrar. Porque, desde logo, exige um aviso - vulgar nos tempos de pandemia que vivemos: se em condições normais, os programas editoriais preparados pelas editoras estão sujeitos a ajustes, isso será mais evidente este ano.

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