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13/01/2013

As Figuras do Pedro – Simpsons no Burger King



Colecção: Simpsons - Figuras de inverno
Nº total de figuras: 6
Figuras: Homer, Bart, Marge, Liza, Marge, Santa’s Little Helper
Material: Plástico; figuras com movimento
Fabricante/Distribuidor: Burger King
Ano: 2012
Altura: entre 6 e 9 cm
Preço: gratuitas;
uma figura na compra de um menu infantil Diver King

Ver mais figuras relacionadas com BD e animação.

29/07/2012

As Estantes do Pedro VI



Enquanto não mostro as estantes onde guardo as revistas de banda desenhada, deixo hoje uma visão da minha colecção de artigos de merchandising relacionados com os Simpsons. Curiosamente – uma vez que este texto já esteve agendado e foi adiado várias vezes – estas estantes já não estão com a arrumação que hoje mostro; talvez venham a ser objecto de uma futura mensagem.
Como complemento, ficam um belo relógio Tintin e a serigrafia, numerada e assinada, que assinalou os 20 anos de carreira do espanhol Max.

21/07/2012

As Figuras do Pedro (XXI)

Guarda-sol The Simpsons



Personagens representadas: Homer Simpson, Krusty the clown, Bart Simpson, Maggie Simpson
Fabricante/Distribuidor : Brinde publicitário Nutella (Portugal/Espanha)
Ano : 2007


05/12/2010

Selos & Quadradinhos (5)

Stamps & Comics (5) / Timbres & BD (5)
Tema/subject/sujet: The Simpsons
País/country/pays: Austrália/Australia/Australie
Data de Emissão/Date of issue/date d'émission: 2005


14/10/2010

Banksy cria abertura polémica para os Simpsons

Foi mostrada no passado domingo nos EUA, aquela que pode ser a mais polémica sequência da série de animação The Simpsons. O responsável por ela é Banksy, o grafiter britânico que foi convidado para recriar o gag da sequência de abertura do 3º episódio da temporada 22, intitulado “Money Bart”.
Para além de ter assinado o seu nome pela cidade de Springfield, o artista pôs Bart a escrever no quadro (e por toda a sala de aula) a frase “não devo escrever nas paredes”.
No entanto, é quando a família se senta no sofá, que surge a sequência polémica, com um minuto de duração e uma banda sonora triste. Nela, em cavernas sujas, cheias de ossos humanos e ratos, vêem-se crianças e jovens asiáticos a fabricarem o merchandising da série, desde os negativos da animação, até DVD’s, t-shirts e peluches, que são cheios com pêlo de gatos mortos na hora. Estes não são os únicos animais maltra-tados, pois pandas, golfinhos e até unicórnios são utilizados pelos trabalhadores.
No final é revelado que tudo se passa dentro do edifício da própria Fox, a estação que transmite a famosa série de animação. À BBC, Banksy revelou que a abertura deu origem a uma série de discussões e atrasos, tendo havido mesmo ameaças de demissão entre os responsáveis pela animação.

O vídeo está disponível no Youtube.

(Texto publicado no Jornal de Notícias de 12 de Outubro de 2010)

27/12/2009

The Simpsons, 20 anos – Curiosidades (II)

Até 13 de Dezembro, os Simpsons protagonizaram 450 episódios regulares mais 48 no The Tracey Ullman Show.

Já conquistaram 23 Emmy, 22 Annie, um Peabody e uma estrela na Calçada da Fama em Hollywood.

Em 1998, a Times considerou-os a melhor série televisiva do século XX.

No genérico da série, quando Maggie passa na caixa registadora do supermercado, o preço exibido é 847,63 dólares.

A cena do sofá que abre cada episódio já variou entre os 5 e os 46 segundos.

Matt Groening escolheu o nome de Springfield para lar dos Simpsons porque nos EUA existem 121 cidades com essa denominação em 36 estados.

Para baptizar os Simpsons, Matt Groening recorreu aos nomes do pai (Homer), mãe (Marge) e sobrinhas (Lisa e Maggie).

Os Simpsons são amarelos por opção do colorista Gyorgi Peluci, porque Bart, Lisa e Maggie não tinham uma linha que separasse o cabelo da testa, e com um tom de pele realista iria parecer que tinham feito uma lobotomia!

Uma cronologia oficiosa dá 39 anos a Homer, 37 a Marge, 10 a Bart, 8 a Lisa e 2 a Maggie. No entanto, as datas de nascimento e casamento apresentam variações entre episódios.

As vozes de quase todas as personagens dos Simpsons são feitas por apenas seis pessoas.
A voz de Bart pertence a uma mulher e na versão dobrada em português do filme, foi também uma, Carla de Sá, quem lhe emprestou a voz.

A célebre interjeição de Homer – “d’oh” – foi proferida 377 vezes nas primeiras 15 temporadas e está registada no The Oxford English Dictionary.

Homer já teve 46 profissões diferentes. E já morreu várias vezes, quase sempre nos sangrentos episódios especiais “Treehouse of Horror”.

Na versão árabe, Home bebe soda e não cerveja e os seus cachorros quentes são feitos com salsichas egípcias, não de carne de porco.

O Q. I. de Lisa é de 159 pontos.

Os Simpsons moram no 742 de Evergreen Terrace (nome da rua onde Groening morou em criança), mas o número da porta também já foi 59, 94, 723 e 1094.

Pelos Simpsons já passaram mais de duas centenas de figuras reais da política, desporto, artes ou economia. Os primeiros foram os Aerosmith, em 1991.

No tempo de The Tracey Ullman Show, cada filme demorava quatro semanas para ficar pronto. Hoje, cada episódio tem cerca de 24 mil desenhos, 8 meses de trabalho e um custo que ronda um milhão de dólares.

Ao longo dos episódios, já ocorreram 31 mortes de personagens, a mais marcante das quais a de Maude Flanders, esposa do beato Ned, empurrada involuntariamente por Homer do topo de um estádio, porque a actriz que lhe dava voz exigia um aumento salarial. Desta forma, foi despedida.

Os Simpsons já foram capa de revistas como a Rolling Stones, Maxim, Playboy ou Super-Interessant e protagonizaram publicidade da Renault, uma colecção de moda de Linda Evangelista ou campanhas pelo consumo de leite ou segurança no trabalho.

Quando os Simpsons andam de carro, Homer é o único que não usa o cinto de segurança.

Um concurso recente para a criação de uma nova personagem para os Simpsons teve mais de 25 000 participantes. A vencedora foi Peggy Sue, que propôs Richard Bomb, um mulherengo sul-americano.


(Artigo publicado originalmente na versão online do Jornal de Notícias de 17 de Dezembro e parcialmente na edição impressa do mesmo dia)

23/12/2009

Feliz Natal


A todos os que visitam As Leituras do Pedro, desejo um Feliz Natal com tudo o que puderem desejar. E (boas) leituras também... se quiserem!

The Simpsons, 20 anos - Curiosidades

A vida é um inferno
“Life is Hell” no original, é uma série de cartoons criada por Matt Groening em 1977. Inspirado na sua vida em Los Angeles, a série – cujo primeiro tomo, "O amor é um inferno", foi editado pela Gradiva –, protagonizada por Sheba e Binky, um casal de coelhos antropomórficos, disseca o amor, o sexo, o trabalho, as férias, as crianças, os (malditos) críticos ou a inevitabilidade da morte, ou seja, tudo o que contribui sobremaneira para infernizar a (nossa) vida.

As vozes
Por detrás das vozes dos Simpsons, estão um restrito número de intérpretes, que dobram diversas personagens: Dan Castellaneta (Homer, Abe Simpson ou Krusty); Julie Kavner (Marge ou as suas irmãs Patty e Selma); Nancy Cartwright - uma mulher, é verdade! – (Bart ou outras crianças): Yeardley Smith (Lisa); Hank Azaria (Apu, chefe Wiggum ou Moe); Harry Shearer (Skinner, Flanders, Mr. Burns ou Smithers). Diferendos relativos a honorários e percentagem sobre os DVDs com os episódios já originaram duas greves e a suspensão das gravações da série.
Em Portugal, a série televisiva foi desde sempre legendada mas o filme teve uma versão dobrada por José Jorge Duarte (Homer), Cláudia Cadima (Marge), Carla de Sá (Bart) e Manuela Couto (Lisa), entre outros.

Celebridades nos Simpsons
Qual o (único?) ponto comum entre Bill Clinton, George Bush, Tony Blair, Fidel Castro, Tom Hawks, Alan Moore, U2, Stones, Paris Hilton, Amy Winehouse, David Beckham, Paul McCartney, Bill Gates, J. K. Rowling, Kim Bassinger, Britney Spears, Woody Allen, Elizabeth Taylor, Stan Lee, Michael Jackson, George Clooney, Neil Armstrong, Pelé, Sarkozy e Carla Bruni? O terem participado num episódio dos Simpsons, (quase sempre) dando voz à personagem com a sua cara! Desde a primeira aparição dos Aerosmith, em Novembro de 1991, foram mais de duas centenas as celebridades convidadas – muitas delas a seu pedido!

O filme
Estreado em Julho de 2007, “The Simpsons movie” era um projecto de dez anos que demorou quatro a realizar, custou 65 milhões de dólares e foi um sucesso.
Episódio longo da série, com animação mais cuidada, transporta para o grande ecrã o ritmo televisivo e começa quando Homer provoca um enorme desastre ambiental em Springfield, o que leva a Agência de Protecção Ambiental (EPA) a isolar a cidade dentro de uma redoma de vidro. Conseguindo fugir ao linchamento pelos seus concidadãos, os Simpsons vão para o Alasca, onde Homer fará uma atribulada peregrinação e busca interior, de que sairá pronto a redimir-se e a assumir - como raras vezes aconteceu - as suas responsabilidades.

Itchy & Scratchy
São os protagonistas dos desenhos animados preferidos de Bart e Lisa, aqueles que eles vêem na sua televisão sempre que podem e cujos argumentos chegaram a escrever, usando como pseudónimo o nome do avô.

São uma versão gore – muito gore mesmo, com sangue e violência a jorros – de Tom e Jerry.

Banda desenhada
O sucesso televisivo levou ao lançamento, em Novembro de 1993, de "Simpsons Comics", ainda em publicação, com histórias originais, a maioria seguindo o quotidiano da família, outras colocando como protagonistas os super-heróis de Springfield ou as estrelas televisivas Itchy & Scratchy.

A sua equipa criativa, onde se destacou Bill Morrison, foi capaz de transpor para uma nova linguagem o espírito e a dinâmica do original.

Os Simpsons em manga
Um desenho de uma obscura ilustradora, Space Coyote, divulgado na net no início de 2007, que mostrava os "Simpsonzu", uma "foto de família" com duas dúzias dos mais conhecidos intérpretes de "The Simpsons" desenhados com características manga: olhos grandes, bocas escancaradas e aspecto assumidamente asiático, valeu à autora um contrato para fazer uma banda desenhada nesse estilo e também para colaborar em "Futurama", outra série televisiva criada por Matt Groening.

Os Simpsons e Portugal
Em 1995 a sala de estar da família Simpson foi (re)construída em tamanho real no VIII Salão Internacional de BD do Porto e decorada com originais de banda desenhada de Bill Morrison, que esteve presente no evento.
Num dos episódios da série, Homer e a sua família vão assistir ao vivo a um México-Portugal em futebol, supostamente "para decidir qual o melhor país do mundo". Homer afirma que se matará se Portugal não vencer, mas o jogo não chega a acabar, pois os espectadores, cansados da "monotonia" daquele desporto, acabam à pancada nas bancadas…

Marge na Playboy
As comemorações dos 20 anos dos Simpsons incluíram uma entrevista de Marge Simpson à Playboy, com revelações escaldantes sobre a sua relação com Homer e não só, com direito a capa e às habituais fotos em poses sensuais e provocantes…

Selos
Outro aspecto das comemorações foi uma emissão filatélica nos EUA, com cinco selos com os membros da família Simpson, que provocou uma enorme corrida aos balcões dos correios locais.

Os Simpsons em Angola
A chegada dos Simpsons a Angola, em meados deste ano, foi publicitada com uma imagem em que viraram africanos, na cor, indumentária e aspecto: a cabeleira azul de Marge virou 'afro'; Lisa e Maggie fizeram rastas; Bart adoptou uma carapinha bem alisada e Homer passou a beber a cerveja angolana Cuca.

(Versão revista e aumentada do artigo publicado originalmente a 19 de Dezembro de 2009, na revista NS, distribuída aos sábados com o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias)

21/12/2009

The Simpsons - 20 anos de riso… amarelo!

Num fim de tarde semi-nublado numa pequena cidade americana, um rapazinho escreve a giz no quadro negro da escola. Numa fábrica, um homem termina o seu turno enquanto uma menina tem aulas de música. No supermercado, uma mulher vê a empregada embalar as compras que acabou de fazer.

Esta seria a descrição de um quotidiano perfeitamente normal de qualquer família, não fosse a cidade em questão Springfield, as cinco pessoas citadas os Simpsons, a mais disfuncional família da história da televisão, e o que acima fica escrito a descrição do genérico da série, recentemente remodelado em HD, com a inclusão de vários pormenores deliciosos que apelam ao seu passado.
Por isso, o rapazinho – Bart – com cerca de 10 anos, repete como castigo uma frase do género “Não volto a fotocopiar o meu rabo.” (e são mais de 400 as frases que já escreveu) e, mal a campainha toca, sai pela porta de skate nos pés, circulando em ziguezague pelos passeios da cidade, assustando os transeuntes e planeando – concretizando mesmo – algumas partidas, pois apesar de inteligente, é cábula, traquina, irrequieto e, por vezes, mesmo mau, devido à gota de champanhe (sic) que a mãe inadvertidamente engoliu durante a gravidez… Por isso, passa mais tempo no gabinete do director Skinner, um dos seus ódios de estimação, do que na sala de aula.
O homem, quase quarentão, calvo e barrigudo, é o seu pai – Homer Jay Simpson – e tem a mesma atitude quando soa o sinal sonoro para mudança de turno na central nuclear que abastece Springfield, deixando a meio a tarefa que executa. Já no carro, a caminho de casa, retira das costas um pedaço de matéria radioactiva (sic!!!) que lança pela janela sem qualquer pejo. Egoísta e glutão é o chefe (mas pouco) da família, que, bem lá no fundo, adora. Eterno indeciso, é perito em fazer sempre a pior escolha.
Na escola de música, Lisa Simpson distrai-se e deixa que a melodia simples que interpretava em conjunto com os outros alunos, se transforme num jazzístico solo de saxofone que leva o professor a expulsá-la. Com 8 anos, é o génio da família, onde destoa pela sua sensibilidade, inteligência e empenho em causas sociais e ambientais.
Finalmente, no supermercado, Marge Bouvier Simpson, a mãe, destaca-se pelo seu alto penteado e pelo enorme poder de encaixe que lhe permite manter a família unida. Dona de casa exemplar, divide o seu tempo entre a obsessão compulsiva pela limpeza, o cuidado dos filhos e evitar que Homer provoque (mais) danos. De repente, descobre aflita que lhe falta a filha mais nova, Maggie (Margaret) Simpson, malabarista da chupeta, célebre por passar a vida a tropeçar, mas que acaba por aparecer dentro de um dos sacos de compras.
Depois de percursos mais ou menos atribulados, acabam por se juntar todos em casa, em frente ao ecrã de televisão que, mais do que um vício que partilham, é o mínimo denominador da série, o mundo que ela explora, desmistifica e satiriza de forma exemplar e, antes de mais, o berço onde nasceram e construíram uma carreira de fama e sucesso que agora completa 20 anos.
Pelo menos se se considerar o percurso a solo, iniciado a 17 de Dezembro de 1989, com um episódio especial de Natal que serviu de teste à primeira temporada da série regular, iniciada a 14 de Janeiro do ano seguinte.
Até hoje, foram mais de 440 episódios distribuídos por 21 temporadas (incluindo a que está a decorrer nos EUA), o que faz dela a mais antiga em exibição. Entre os muitos prémios conquistados, contam-se 23 Emmy, 22 Annie, um Peabody, uma estrela na Calçada da Fama em Hollywood e a distinção da Times que em 1998 a considerou a melhor série televisiva do século XX. O que então significava de sempre.
Mas, antes disso, na pré-História dos Simpsons, conta-se um percurso de cerca de dois anos, iniciado a 19 de Abril de 1987, como rubrica de 30 segundos do “The Tracey Ullman Show”. E, antes disso, a sua criação, por Matt Groening, então com 33 anos que, diz a lenda, enquanto esperava por uma entrevista para uma possível adaptação para TV da sua série de banda desenhada “Life is Hell” decidiu modificá-la para não perder os direitos sobre ela, dando origem à disfuncional (e amarela) família.


Há duas décadas no pequeno ecrã, resistiram incólumes ao passar do tempo - sem rugas, com aspecto melhorado até, se compararmos os desenhos originais com os mais recentes, e continuam a ser o melhor (e o mais conhecido…) exemplo de uma típica família americana (ou ocidental?). Exemplo satírico, mordaz e cruel, através do qual os seus criadores – Matt Groening, Sam Simom e James L. Brooks – atacam e ridicularizam todos os estratos e todos os aspectos da sociedade, sejam eles política, religião, racismo, desemprego, vida social, fama, televisão, imprensa, saúde, educação, consumo, guerra, ecologia, direitos dos animais, vícios, cultura, morte, terrorismo, sexo… e tudo o mais que se possa imaginar! Seja em pura ficção, na colagem à actualidade ou em versões de êxitos da literatura, do cinema ou da própria televisão.
Por isso, aliás, apesar de serem uma animação, The Simpsons são antes de mais direccionados para um público adulto, o que não impede que sejam habituais as reclamações provocadas pelos episódios exibidos havendo até registo de (quase) incidentes internacionais com governos de países como o Brasil, Argentina ou Venezuela.

Ao seu lado, vive uma vasta e heterogénea galeria, cujos componentes potenciam ao limite o pior do ser humano: egoísmo, desinteresse, incompetência, corrupção, mentira, desonestidade, preguiça, maldade... Galeria essa que inclui o senil avô Simpson, o beato Flanders, o (pouco convicto) reverendo Lovejoy, um polícia (muito) gordo e incapaz, um mafioso de meia-tigela, um milionário com aspirações a ditador(zinho), dono da central nuclear e adulado por um secretário com um fraquinho pelo patrão, Apu Nahasapeemapetilon, indiano oportunista dono do supermercado onde a maior parte dos produtos estão fora de prazo, os (pouco competentes) médicos Nick Riviera e Julius Hibbert, o director da escola Skinner que (ainda) mora com a mãe que teve um tórrido envolvimento com a professora Edna Krabappel, os amigos de Bart e Lisa: Milhouse, Nelson, Ralph, o pouco profissional repórter Kent Brockman, o criminoso Sideshow Bob, o viciado palhaço Krusty, o barman Moe, o bêbedo Barney Gumble, rei dos arrotos, o fanático por revistas de BD, Disco Stu, o ídolo dos anos 80, Malibu Stacy (uma versão em amarelo da Barbie), Troy McClure, o canastrão do cinema e tantos, tantos outros, que semana após semana nos cativam em frente ao televisor e com os quais nos divertimos e soltamos boas gargalhadas.
Pelo menos, enquanto não nos lembrámos que o quotidiano de Springfield, afinal, tem tanto de comum com o nosso próprio quotidiano e que nos retratos que nos são apresentados, podemos encontrar tanto de nós e daqueles com quem convivemos no dia-a-dia. O que acabará por transformar as nossas gargalhadas num comprometido riso… amarelo.
Que, convenhamos, combina na perfeição com os Simpsons!

(Artigo publicado originalmente a 19 de Dezembro de 2009, na revista NS, distribuída aos sábados com o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias)

17/12/2009

The Simpsons, 20 anos – O fã Nilton

- És fã dos Simpsons?
Nilton -
Claro que sim, como poderia não ser?
- O que aprecias mais na série?
N -
O tipo de humor. Adoro a forma como retratam as pessoas em geral e o típico americano em particular. A série assenta em algo que as pessoas reconhecem. Ou nelas próprias ou num vizinho, esse é o segredo e o que me faz gostar tanto da forma como é escrita, até mais do que a concepção.

(Foto de Bernardo Coelho)
- E quais são os seus pontos fracos?
N -
O facto de serem personagens plasticamente feias. Os bonecos não são bonitos, são até grotescos em alguns casos. É no entanto curioso ver que isso acaba por funcionar a favor. O ponto fraco neste momento será a longevidade.
- Como é que os Simpsons conseguem resistir há 20 anos num mundo como a TV que funciona muito à base de modas?
N -
Porque funcionam muito em cima de temas actuais, esse é o segredo da longevidade de qualquer projecto. Renovação, surpresa. No caso terá acima de tudo a ver com o recrutamento de novas equipas de guionistas.
- O que tem de tão especial o seu humor que até consegue criar polémicas a nível governamental e entre estados?
N -
Se uma piada criar agitação é sinal que é uma boa piada. Os Simpsons continuam a conseguir criar polémicas porque são audazes, apesar de ser uma série de desenhos animados conotados com um público familiar, arriscam e esticam a corda de forma muito inteligente.
- Tens algum "sonho" Simpson? Qual?
N -
Acho que lá no fundo todos nós teremos o sonho do dinheiro fácil como o Hommer Simpson. A sonho de estar sentado no sofá e do céu cair uma mala cheia de notas. É humano pensar isso de vez em quando, não se pode é acreditar que sim.
- Qual a tua personagem favorita? Porquê?
N -
O Homer. Adoro anti-heróis. Personagens que têm tantos defeitos mas que mesmo assim atraem o espectador. Adoro a forma como fazem egoísta, invejoso, calão, trapaceiro. Arrisco mesmo a dizer que não sendo luso descendente, o Hommer daria um óptimo Português.
- Que personagem gostavas de encarnar na série? Porquê?
N -
O Bart. Porque tem um grande sentido de humor e é divertido. Faz lembrar um sobrinho meu que é igualmente despachado e bem resolvido com a vida.
- Que personalidade portuguesa gostavas que participasse num episódio? A fazer o quê?
N -
O António de Oliveira Salazar como sócio do Montgomery Burns, dono da Central Nuclear. Não sei explicar mas quando o vejo penso sempre no nosso ex-ditador.

- Como seria retratado Portugal se os Simpsons nos fizessem uma visita num episódio?
N -
Da mesma forma como é, apenas com nomes diferentes. Repare-se que Springfield poderia ser uma qualquer cidade portuguesa. É provinciana, as personagens são iguais às que vemos cá. Mudam-se os nomes e passaríamos a ter os Silva. O charme poderia não ser o mesmo mas o conteúdo seria com toda a certeza.

* Nilton, 37 anos, humorista. Dedica-se à Stand Up Comedy. Apresenta às quartas-feiras na RTP2 o talk-show “5 para a Meia-noite” e lançou agora o seu 3º livro “Eu amo você”.

(Versão integral do depoimento feito para o Jornal de Notícias de 17 de Dezembro de 2009)

The Simpsons, 20 anos – O fã Nuno Mata

- Porque és fã dos Simpsons?
Nuno Mata (*) -
É inevitável não gostar de uma família que se parece em muitas coisas com a nossa. Cheia de defeitos e qualidades escondidas e com um carisma muito próprio (embora a cor amarela seja o que menos consigo associar à minha própria família).
- O que aprecias mais na série?
NM -
A relação entre as diferentes personagens! São reflexos não só da sociedade americana mas também da sociedade universal. Temos os bêbados a verem o mundo com olhos reais e lógicos e temos os ditos normais cheios de clichés, medos, etc. São realmente as relações entre os diferentes personagens que fazem a série...
- E quais são os seus pontos fracos?
NM -
Para mim o principal ponto fraco é não ter pontos fracos! É perfeita, não se esqueceram de nada.
- Foi por isso que resistiu 20 anos num mundo como a TV que funciona muito à base de modas?
NM -
Principalmente por isso... Penso que os Simpsons ainda vão andar por aí quando tiver 90 anos...e vou rir-me sempre das mesmas piadas sem sequer questionar a verdadeira intenção das mesmas... É uma série tão inteligente que passa à vista de muitos como mais uma série de desenhos animados..."coisas de Putos"...

- Mas que apesar disso consegue criar polémicas a nível governamental e entre estados... NM - Pois...tão inteligente como isso!!!! Um reflexo da verdade, espelho real de uma sociedade feita a partir de um conjunto de diferentes culturas, uma amalgama labiríntica de estilos de vida e de sonhos inalcançáveis... (fui demasiado sebastianista?).
- De que consta a tua colecção Simpsons?
NM –
De algumas figuras de que gosto imenso, uns comics perdidos por aí e um bichinho simpático que me alerta quase sempre para a televisão quando eventualmente está a dar a série...
- Tens algum "sonho" Simpson?
NM -
Encontrar o bar do Moe ao virar de uma esquina...

- Qual a tua personagem favorita?
NM -
Decididamente o peixe com 3 olhos... Estou a brincar, nenhuma em especial... Como disse gosto da relação entre elas, são únicas e todas têm um carisma especial...
- Que personagem gostavas de incarnar na série?
NM -
Talvez o Krusty... Queria ver-me de cabelo verde um destes dias... Mas também porque ele é um grande sacana...Não me identifico muito com ele mas acho que a personagem é a mais triste e ao mesmo tempo a mais divertida (ignorada, conspurcada, pisada, etc..). Queria dar-lhe novo alento!
- Que celebridade gostavas que participasse num episódio?
NM –
José Sócrates, o primeiro-ministro de Portugal... Poderia ser um dos ajudantes do Krusty ou ser designado para limpar os tanques da central nuclear...
- Como seria retratado Portugal se os Simpsons nos fizessem uma visita?
NM -
Como um país de gente fresca, bela (especialmente as mulheres) mas com bêbados a cada canto, velhas cobertas de panos pretos, peixeiras e barrigudos... (eu próprio um candidato em potencial!).

* Nuno Mata, designer de Interiores, 34 anos, é coleccionador de cultura POP, principalmente bonecada, cujas novidades mostra (quase) diariamente no blog My Best Toys

(Versão integral do depoimento feito para o Jornal de Notícias de 17 de Dezembro de 2009)

The Simpsons, 20 Anos

Não são leitura nem banda desenhada (embora também passem por aí), mas são uma das minhas referências e um dos meus vícios, por isso decidi lembrar aqui, neste e em alguns dos próximos posts, o seu aniversário.
Que deve ser comemorado, a vê-los onde são melhores: na televisão.
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