28/04/2011

Lee Falk (1911-1999)

Criador de Mandrake e Fantasma nasceu há um século
A 28 de Abril de 1911 nascia em Saint Louis, no Missouri, Leon Harrison Gross, que viria a ser conhecido como Lee Falk, criador de dois heróis clássicos da BD norte-americana: Mandrake, o mágico e o Fantasma, lidos diariamente por mais de um milhão de pessoas no auge da sua popularidade.
Após os estudos na universidade do Illinois, começou profissionalmente como animador de emissões radiofónicas, antes de criar Mandrake, em 1934, desenhado por Phil Davis. Dois anos depois, seria a vez do Fantasma, em parceria com Ray Moore.
Se as aventuras deste último, inspiradas nos mitos e lendas que Falk apreciava, se destacavam pelo exotismo dos cenários e pela acção violenta protagonizada pelo primeiro herói mascarado da BD, no caso de Mandrake foram o suspense, o mistério e as suas capacidades hipnóticas que garantiram o sucesso numa época em que os leitores ansiavam por escapes para a dura vida resultante da Grande Depressão de 1929.
Apesar de escrever duas tiras diárias – tarefa que manteve até à morte – Falk arranjou ainda tempo para ser romancista, dramaturgo, director teatral e produtor, tendo dirigido Marlon Brando, Charlton Heston, Eva Gabor ou Paul Newman.
Teve três filhos de três casamentos, sendo que o último, com Elizabeth Moxley, se reflectiu nos quadradinhos, levando Mandrake e Fantasma a desposaram a princesa Narda e Diana Palmer, as suas noivas eternas.
Falk viria a falecer de um enfarte, a 13 de Março de 1999, termi-nando a esposa o argumento das bandas desenhadas em curso. Depois, Fred Fredericks, que já desenhava os dois heróis imaginados por Falk, assumiu também os argumentos, juntando-os em aventuras comuns a partir de 2002.
(Texto publicado no Jornal de Notícias de 28 de Abril de 2011)

2 comentários:

  1. Anónimo9/1/12 16:34

    Boa tarde.

    Ao ler as três histórias publicadas no volume dedicado ao Fantasma e Mandrake pela colecção "Os Clássicos da BD" do jornal Correio da Manhã, fiquei surpreendido pela pontuação usada pelo tradutor. Em quase todos os balões das vinhetas aparece este sinal: "- -". Ora, eu não sei se tal pontuação significará alguma coisa em banda desenhada, ou se - e é o mais provável - se trata de uma invenção do tradutor. Por sinal, muito irritante! Por que nunca vira semelhante coisa, pergunto-lhe se sabe alguma coisa sobre o assunto e se sentiu a mesma estranheza que eu senti quando li o livro. Muito obrigado pela atenção. Paulo Martins

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  2. Caro Paulo Martins,
    Confesso que não me tinha apercebido da sinalização que refere quando li esse livro.
    Fiz uma breve pesquisa na net e posso "inocentar" o tradutor e o legendador, pois nos originais de Ray Moore, por exemplo, é utilizada a mesma sinalização conforme pode verificar, por exemplo, aqui: http://www.comicartfans.com/gallerypiece.asp?piece=668272&gsub=91558
    Ou seja, essa edição nacional limitou-se a reproduzir fielmente o original, o que, infelizmente, nem sempre acontece.
    Boas leituras... atentas!

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