Cathy, a neurótica protagonista da tira diária de imprensa com o seu nome, viverá os seus últimos quadradinhos no próximo dia 3 de Outubro, após 34 anos de publicação ininterrupta.
Estreada em Novembro de 1976, esta banda desenhada que chegou a ser publicada diariamente em 1400 jornais e conquistou um Prémio Reuben em 1992, atribuído pela National Cartoonists Society, destacou-se desde logo por ser escrita e desenhada por uma mulher – Cathy Guisewite – e por ter como base algumas das questões que preocupam (especialmente) o belo sexo – aspecto, dietas, relações, trabalho - abordadas de um ponto de vista especificamente feminino.
Ao longo das suas tiras e pranchas dominicais, Cathy, uma mulher solteira, trintona, anafada, independente, neurótica, explorada no trabalho, insegura quanto ao sexo oposto, dividida entre a vontade de comer e a necessidade de dietas que não consegue cumprir, com dificuldades em aceitar o proteccionismo dos pais e as semelhanças com a mãe, divertiu gerações de leitoras, com quem partilhou diariamente as suas desventuras com Irving (namorado, ex-namorado, outra vez namorado e, finalmente, marido), os pais, os colegas de trabalho, o chefe prepotente ou a sua cadela.
Agora, mais de três décadas depois, a autora, nascida no Ohio, a 5 de Setembro de 1950, decidiu pôr fim a esta aventura gráfica, para se dedicar à família. Às fãs de Cathy - e aos fãs também – resta-lhes reler as muitas colectâneas, cronológicas ou temáticas, existentes, das quais mais de duas dezenas foram editadas em português pela Gradiva, com títulos sugestivos como “Pernas elegantes nem daqui a 30 anos”, “Os homens deviam vir com manual de instruções” ou “Melhor que chocolate só mesmo um par de sapatos novos”.
Estreada em Novembro de 1976, esta banda desenhada que chegou a ser publicada diariamente em 1400 jornais e conquistou um Prémio Reuben em 1992, atribuído pela National Cartoonists Society, destacou-se desde logo por ser escrita e desenhada por uma mulher – Cathy Guisewite – e por ter como base algumas das questões que preocupam (especialmente) o belo sexo – aspecto, dietas, relações, trabalho - abordadas de um ponto de vista especificamente feminino.
Ao longo das suas tiras e pranchas dominicais, Cathy, uma mulher solteira, trintona, anafada, independente, neurótica, explorada no trabalho, insegura quanto ao sexo oposto, dividida entre a vontade de comer e a necessidade de dietas que não consegue cumprir, com dificuldades em aceitar o proteccionismo dos pais e as semelhanças com a mãe, divertiu gerações de leitoras, com quem partilhou diariamente as suas desventuras com Irving (namorado, ex-namorado, outra vez namorado e, finalmente, marido), os pais, os colegas de trabalho, o chefe prepotente ou a sua cadela.
Agora, mais de três décadas depois, a autora, nascida no Ohio, a 5 de Setembro de 1950, decidiu pôr fim a esta aventura gráfica, para se dedicar à família. Às fãs de Cathy - e aos fãs também – resta-lhes reler as muitas colectâneas, cronológicas ou temáticas, existentes, das quais mais de duas dezenas foram editadas em português pela Gradiva, com títulos sugestivos como “Pernas elegantes nem daqui a 30 anos”, “Os homens deviam vir com manual de instruções” ou “Melhor que chocolate só mesmo um par de sapatos novos”.
(Texto publicado no Jornal de Notícias de 21 de Agosto de 2010)