
ASA + Público (Portugal, Julho de 2010)
294 x 220 mm, 48 p., cor, brochado com badanas
A 28 de Fevereiro de 1957 anos, nas páginas da revista "Spirou" belga, aparecia pela primeira vez uma estranha personagem, então de casaco e lacinho, sem que ninguém - nem ele próprio - soubesse muito bem porquê. Poucas semanas depois, a sua indumentária mudava para uns jeans uma camisola de gola alta e umas alpercatas, que o acompanhariam toda a vida.
Após algum tempo a vaguear (literalmente) pelas páginas da publicação, Gaston Lagaffe protagonizava os seus primeiros disparates, iniciando uma longa e (justamente) celebrada carreira assente numa preguiça sem igual, numa postura física reveladora da mais entranhada moleza e numa invulgar capacidade de se ocupar com tudo e nada para deixar de lado o realmente urgente.


Várias vezes reeditado (inclusivamente em Portugal, onde começou por se chamar Zacarias…!), imortalizado numa estátua em tamanho natural no centro da Bruxelas que ele atormentou, Gaston Lagaffe viu a sua cidade natal assinalar os seus 50 anos com um mural com mais de 3 metros de altura e um dia sem parcómetros, em homenagem à guerra que ele sempre lhes moveu nas suas aventuras, para desespero do abnegado (e infeliz) agente da lei Longtarin.

E se há período que combina bem com Gaston Lagaffe, é a “silly season” do Verão, em que tudo convida a não fazer nada…! Por isso (, também,) se saúda o início da publicação, hoje, da colecção Gaston – os arquivos do Lagaffe, fruto de parceria da ASA com o jornal Público, que se propõe publicar todas as suas aventuras, segundo a ordem da mais recente colecção francesa, num total de 19 volumes, cujas lombadas formarão uma imagem de Lagaffe.
(Versão revista e aumentada do texto publicado no Jornal de Notícias de 28 de Fevereiro de 2007, a propósito dos 50 anos de Gaston Lagaffe)
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