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03/08/2023

Uma (meia) prancha... cruciverbalista


Na génese de uma das mais emblemáticas viaturas da banda desenhada, neste meia-prancha publicado no álbum Gaston #05 O escritório vai abaixo (ASA/Público, Portugal, 2010), só apetece perguntar: mas onde é que um autor vai buscar ideias destas...?

(clicar na imagem para a aproveitar em toda a sua extensão)

23/06/2023

Uma prancha... sonora



Conhecido (também) pela criação de Gaston Lagaffe , das suas extravagantes invenções e das suas mirabolantes confusões, Franquin, sem o saber, estava a mudar o som dos quadradinhos, combinando o desespero dos ouvintes com as sonoras gargalhadas dos leitores.

09/05/2012

Bravo les Brothers












Colecção Dupuis Patrimoine
Franquin
Dupuis (Bélgica, 6 de Abril de 2012)
230 x 310 mm, 88 p., cor, cartonado
24,00 €



Resumo
Este álbum divide-se em duas partes.
A primeira reproduz “Bravo les Brothers”, com um novo colorido – baseado no original – da responsabilidade de Frédéric Janin, antigo colaborador de Franquin, com a participação da filha deste, Isabel Franquin.
A segunda reproduz os originais a preto e branco – sublimes! – de Franquin, a par dos comentários de José-Louis Bocquet e Serge Honorez que, a propósito de cada prancha, evocam a personalidade, a carreira, a obra ou as personagens do genial criador de BD, contextualizando-as no quotidiano da revista belga “Spirou” e na sua época.

Desenvolvimento
A proximidade do aniversário de Fantasio, leva Gaston Lagaffe a procurar uma prenda para ele. Prenda que, inevitavelmente, terá tanto de inusitado quanto de surpreendente e catastrófico, como é seu timbre.
No caso, Gaston adquire um trio de chimpanzés, encontrados nos saldos de um circo falido.
Os símios - muito susceptíveis – incentivados e aplaudidos por Gaston, passam então a fazer da redacção da revista Spirou um autêntico circo, infernizando a vida de Fantasio em particular e de todos em geral, com os seus malabarismos, habilidades e pontaria (in)falível, com os gags, as situações rocambolescas, os acontecimentos inusitados e os “acidentes” a sucederem-se a um ritmo impressionante, num monumento de pura diversão.
Em especial na primeira dúzia de pranchas, Franquin faz gáudio do seu génio para os quadradinhos, aliando ao seu traço vivo, vigoroso, ágil e muito expressivo, uma soberba técnica narrativa, uma planificação dinâmica e um sentido de humor irresistível para o leitor.
A título de parêntesis, refira-se que esta BD, criada numa época de depressão (!) do autor, quando ponderava o abandono das aventuras de Spirou – de que viria a desenhar apenas mais um álbum – foi escolhida por ele como a sua preferida, surgindo a meio caminho entre uma aventura – quase caseira – de Spirou e os habituais gags de Gaston.
O resultado – já atrás ficou explícito – é magnífico, não só pelo humor e sentido narrativo, mas também porque ela serve de pretexto para humanizar um pouco o “perfeitinho” Spirou, que nela se exaspera, duvida e hesita…
Quanto a Fantasio, assoberbado pelos chimpanzés, passa metade da história sobre o efeito de calmantes – “drogado”, pois! – sendo um tratado a panóplia de expressões com que Franquin o dota, bem como a sequência em que o (inevitável) De Mesmaeker traz os (também inevitáveis) contratos para assinar.

A reter
- A genialidade de Franquin, bem expressa em 22 soberbas pranchas de BD. Um monumento!
- A excelente edição da Dupuis, quer a nível gráfico, quer pelo seu conteúdo, pois a par das duas versões da BD e dos comentários, há ainda diversos esboços e desenhos extra para apreciar, o que faz dela um documento imperdível para os fãs de Franquin e todos aqueles que gostam de banda desenhada.
- A forma simples e dinâmica como Bocquet e Honorez traçam um capítulo muito importante da história da BD franco-belga e da obra de Franquin.



28/02/2012

Gaston Lagaffe: 55 anos de trapalhadas









Se a história da banda desenhada humorística é feita em boa parte
à custa de preguiçosos e trapalhões, poucos terão encarnado tão bem esses dois papeis como Gaston Lagaffe, que se estreou nos quadradinhos há 55 anos.
Criação de André Franquin (1924-1997), que já tinha passado com bastante sucesso pelas aventuras de Spirou, onde criou o Marsupilami, Gaston, curiosamente, começou por deambular pelas margens das páginas da revista Spirou, antes de ter direito a espaço próprio.
Isso aconteceria a partir do nº985, de 28 de Fevereiro de 1957, onde Gaston surgiu com uma aparência bem diferente daquela que mais tarde assumiria: cabelo curto, blaser e lacinho vermelho, que progressivamente se transformaram em camisola de gola alta verde e jeans azuis que combinavam melhor com o seu cabelo farto, revolto e desgrenhado, com a sua personalidade distraída, inventiva e fantasiosa e com a sua preguiça proverbial.
Por isso, o trabalho sempre atrasado, o correio por entregar, uma habilidade especial para fazer gorar os contratos com o sr. De Desmaeker, as invenções com tanto de surpreendente quanto de inútil, o velho Fiat 509 literalmente a cair aos pedaços, os seus irritantes animais de estimação (um gato hiper-activo e uma gaivota sarcástica) e, acima de tudo, o ensurdecedor broncofone, levaram ao desespero muitas vezes os seus colegas da redacção da revista Spioru, onde decorriam as suas aventuras de papel.
Com ele, Franquin, um autor introvertido e de carácter depressivo, deu largas ao seu génio de contador de histórias em quadradinhos e revelou um sentido de humor irreverente e contagiante que fizeram dele um grande sucesso ao longo de cerca de 40 anos de publicação.
Em Portugal, a criação de Franquin foi estreada como Zacarias no nº2 do Foguetão, em Maio de 1961, revista em que teve passagem meteórica. Depois, divertiu igualmente os leitores do Zorro, Spirou, Jacaré e Selecções BD.
A primeira edição nacional em álbum, como Gastão Dabronca, esteve a cargo da Arcádia, a partir de 1978, tendo estado presente igualmente nos catálogos da Meribérica/Líber (a partir de 1989) e da ASA, que fez a sua edição integral na colecção Gaston -Os Arquivos do Lagaffe, distribuídos com o jornal Público no Verão de 2010.


26/02/2012

As Figuras do Pedro (XVI)

Les Inventions de Gaston
1. L’Hélice à moteur pour patineur



Figura: Hélice a motor para patinador
Colecção: Les Inventions de Gaston
Fabricante/Distribuidor : Hachette Collections (França)
Ano : 2004
Altura : 13 cm
Material: Resina
Preço original: 3,00 € (nº 1)
Colecção: 45 figuras
Extras: Fascículo A4, com 20 páginas + capas a cores, com diversas abordagens a Gaston Lagaffe, ás suas invenções e à obra de Franquin. 


09/07/2011

Selos & Quadradinhos (54)

Stamps & Comics / Timbres & BD (54)
Tema/subject/sujet: Fête du Timbre – Gaston Lagaffe
País/country/pays: França / France
Data de Emissão/Date of issue/date d'émission: 2001


07/07/2010

Gaston – Os arquivos do Lagaffe

Franquin (argumento e desenho)
ASA + Público (Portugal, Julho de 2010)
294 x 220 mm, 48 p., cor, brochado com badanas

A 28 de Fevereiro de 1957 anos, nas páginas da revista "Spirou" belga, aparecia pela primeira vez uma estranha personagem, então de casaco e lacinho, sem que ninguém - nem ele próprio - soubesse muito bem porquê. Poucas semanas depois, a sua indumentária mudava para uns jeans uma camisola de gola alta e umas alpercatas, que o acompanhariam toda a vida.
Após algum tempo a vaguear (literalmente) pelas páginas da publicação, Gaston Lagaffe protagonizava os seus primeiros disparates, iniciando uma longa e (justamente) celebrada carreira assente numa preguiça sem igual, numa postura física reveladora da mais entranhada moleza e numa invulgar capacidade de se ocupar com tudo e nada para deixar de lado o realmente urgente. Assim, originou um sem número de inenarráveis acidentes, invenções estrambólicas e ideias disparatadas, que fizeram a vida negra aos seus colegas da redacção da revista - com Fantásio em particular destaque - cujo edifício destruiu várias vezes e tornando-o na personagem mais calamitosa e desajeitada da histórias da banda desenhada, que fez da vida monótona num escritório uma surpresa constante. E, claro, num dos (anti)-heróis mais amados da 9ª arte, a pé ou tripulando o seu Fiat 509, inventando o ininventável ou tocando o ensurdecedor broncofone (antepassado das actualmente mal-amadas vuvuzelas...).
Através dele, Franquin, por natureza introvertido e depressivo, deu largas ao seu génio, através de um humor transbordante e contagiante e de um traço personalizado, vivo, dinâmico e extremamente expressivo, muitas vezes copiado mas nunca igualado.
Várias vezes reeditado (inclusivamente em Portugal, onde começou por se chamar Zacarias…!), imortalizado numa estátua em tamanho natural no centro da Bruxelas que ele atormentou, Gaston Lagaffe viu a sua cidade natal assinalar os seus 50 anos com um mural com mais de 3 metros de altura e um dia sem parcómetros, em homenagem à guerra que ele sempre lhes moveu nas suas aventuras, para desespero do abnegado (e infeliz) agente da lei Longtarin.
E se há período que combina bem com Gaston Lagaffe, é a “silly season” do Verão, em que tudo convida a não fazer nada…! Por isso (, também,) se saúda o início da publicação, hoje, da colecção Gaston – os arquivos do Lagaffe, fruto de parceria da ASA com o jornal Público, que se propõe publicar todas as suas aventuras, segundo a ordem da mais recente colecção francesa, num total de 19 volumes, cujas lombadas formarão uma imagem de Lagaffe.

(Versão revista e aumentada do texto publicado no Jornal de Notícias de 28 de Fevereiro de 2007, a propósito dos 50 anos de Gaston Lagaffe)
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