Corria o ano de 1940, Superman e Batman tinham posto os super-heróis na moda, a II Guerra Mundial em curso era terreno de eleição para a sua actuação contra as Forças do Eixo (do mal…) e em Julho, a revista “All-American Comics” #16 estreava mais um, de seu nome Green Lantern – Lanterna Verde, escrito por Bill Finger (também ligado à criação do Homem-Morcego) e desenhado por Martin Nodell.
Como principal marca distintiva ostentava um anel verde, que lhe permitia concretizar tudo o que a sua mente fosse capaz de imaginar. Na sua origem o anel era mágico mas, em vidas (aos quadradinhos) posteriores, seria uma criação tecnológica dos Guardiões do Universo, que em cada mundo habitado designavam o Green Lantern local. Como senão, o anel tinha que ser recarregado a cada 24 horas, numa (quase) cerimónia mística que incluía um juramento no qual o seu portador se comprometia a defender o bem contra as forças do mal.
O Green Lantern original era um engenheiro na vida civil, que esteve para se chamar Alan Ladd, num trocadilho com Aladin, o possuidor de uma lâmpada mágica com um génio dentro! O editor achou fraca ideia e mudou-lhe o nome para Scott. Perdeu uma bela oportunidade de, meses mais tarde aproveitar para fazer uma colagem para um novo actor que começava a brilhar em Hollywood chamado… Alan Ladd!
Com o fim da guerra, as vendas dos super-heróis entraram em declínio e as aventuras de Scott foram suspensas.
Em Outubro de 1959, por iniciativa do editor Julius Schwartz, nascia um novo Green Lantern, que na vida civil era Hal Jordan, piloto de testes da Força Aérea. As suas histórias eram assinadas por John Broome e desenhadas por Gil Kane, que fizeram dele um dos membros da Liga da Justiça.
Hal Jordan viveria os seus melhores momentos nos anos 70, quando Denny O’Neil e Neal Adams o associaram ao Arqueiro Verde (uma espécie de super-Robin Hood) levando-os numa viagem de costa a costa pelos Estados Unidos, na qual descobriram, revelaram e combateram a verdadeira criminalidade: assaltantes, políticos corruptos, promotores imobiliários à margem da lei, traficantes de droga…
O auge do realismo, patente também na abordagem da (complicada) vida sentimental dos dois heróis, foi atingido num arco em que descobriram que Speedy, o jovem pupilo do Arqueiro Verde, era ele próprio um drogado, numa história que marcou uma época e levou os super-heróis às páginas de publicações (sérias…) como o The New York Times, The Wall Street Journal ou a Newsweek. Foi também nesse período que surgiu John Stewart, um Green Lantern negro, o que permitiu uma abordagem à questão do racismo. Apesar do sucesso crítico e mediático as vendas não corresponderam e o título seria de novo suspenso.
Stewart seria mais um dos portadores do anel, tal como Kyle Rayner e Guy Gardner, entre outros. Posteriormente Jordan viria a transformar-se no vilão Parallax, morrendo e regressando como Spectre, ao mesmo tempo que as aventuras se tornavam mais cósmicas e místicas, perdendo o tom realista e apresentando como adversário recorrente Sinestro, um Green Lantern renegado, possuidor de uma anel de cor amarela.
Recentemente, Geoff Johns recuperou o herói como estrela de primeira grandeza do universo da DC Comics nas sagas “Green Lantern: Rebirth” (2004) e “Blackest Night” (2009).
Isso tornou-o um alvo apetecível face ao interesse crescente do cinema pelos super-heróis, estando, assim, em produção um filme realizado por Martin Campbell, escrito por Greg Berlanti, Michael Green, Marc Guggenheim e Michael Goldenberg, que terá como principais protagonistas Ryan Reynolds, Black Lively, Peter Sarsgaard e Mark Strong. O lançamento deverá ocorrer dentro de sensivelmente um ano, em Julho de 2011, devendo seguir-se uma segunda longa-metragem de animação, depois da boa aceitação de “First Flight”, bem como uma série de desenhos animados para o Cartoon Network.
(Versão revista e aumentada do texto publicado no Jornal de Notícias de 27 de Julho de 2010)
Como principal marca distintiva ostentava um anel verde, que lhe permitia concretizar tudo o que a sua mente fosse capaz de imaginar. Na sua origem o anel era mágico mas, em vidas (aos quadradinhos) posteriores, seria uma criação tecnológica dos Guardiões do Universo, que em cada mundo habitado designavam o Green Lantern local. Como senão, o anel tinha que ser recarregado a cada 24 horas, numa (quase) cerimónia mística que incluía um juramento no qual o seu portador se comprometia a defender o bem contra as forças do mal.
O Green Lantern original era um engenheiro na vida civil, que esteve para se chamar Alan Ladd, num trocadilho com Aladin, o possuidor de uma lâmpada mágica com um génio dentro! O editor achou fraca ideia e mudou-lhe o nome para Scott. Perdeu uma bela oportunidade de, meses mais tarde aproveitar para fazer uma colagem para um novo actor que começava a brilhar em Hollywood chamado… Alan Ladd!
Com o fim da guerra, as vendas dos super-heróis entraram em declínio e as aventuras de Scott foram suspensas.
Em Outubro de 1959, por iniciativa do editor Julius Schwartz, nascia um novo Green Lantern, que na vida civil era Hal Jordan, piloto de testes da Força Aérea. As suas histórias eram assinadas por John Broome e desenhadas por Gil Kane, que fizeram dele um dos membros da Liga da Justiça.
Hal Jordan viveria os seus melhores momentos nos anos 70, quando Denny O’Neil e Neal Adams o associaram ao Arqueiro Verde (uma espécie de super-Robin Hood) levando-os numa viagem de costa a costa pelos Estados Unidos, na qual descobriram, revelaram e combateram a verdadeira criminalidade: assaltantes, políticos corruptos, promotores imobiliários à margem da lei, traficantes de droga…
O auge do realismo, patente também na abordagem da (complicada) vida sentimental dos dois heróis, foi atingido num arco em que descobriram que Speedy, o jovem pupilo do Arqueiro Verde, era ele próprio um drogado, numa história que marcou uma época e levou os super-heróis às páginas de publicações (sérias…) como o The New York Times, The Wall Street Journal ou a Newsweek. Foi também nesse período que surgiu John Stewart, um Green Lantern negro, o que permitiu uma abordagem à questão do racismo. Apesar do sucesso crítico e mediático as vendas não corresponderam e o título seria de novo suspenso.
Stewart seria mais um dos portadores do anel, tal como Kyle Rayner e Guy Gardner, entre outros. Posteriormente Jordan viria a transformar-se no vilão Parallax, morrendo e regressando como Spectre, ao mesmo tempo que as aventuras se tornavam mais cósmicas e místicas, perdendo o tom realista e apresentando como adversário recorrente Sinestro, um Green Lantern renegado, possuidor de uma anel de cor amarela.
Recentemente, Geoff Johns recuperou o herói como estrela de primeira grandeza do universo da DC Comics nas sagas “Green Lantern: Rebirth” (2004) e “Blackest Night” (2009).
Isso tornou-o um alvo apetecível face ao interesse crescente do cinema pelos super-heróis, estando, assim, em produção um filme realizado por Martin Campbell, escrito por Greg Berlanti, Michael Green, Marc Guggenheim e Michael Goldenberg, que terá como principais protagonistas Ryan Reynolds, Black Lively, Peter Sarsgaard e Mark Strong. O lançamento deverá ocorrer dentro de sensivelmente um ano, em Julho de 2011, devendo seguir-se uma segunda longa-metragem de animação, depois da boa aceitação de “First Flight”, bem como uma série de desenhos animados para o Cartoon Network.
(Versão revista e aumentada do texto publicado no Jornal de Notícias de 27 de Julho de 2010)
Também estou a preparar um post sobre o meu super preferido... esse tipo vestido de verde com bom aspecto ao fim de 70 anos, contando com a fatiota garrida do Alan Scott!!
ResponderEliminartenho estado a divertir-me bastante a ler os Green Lantern Archives Goldemn Age, com o Alan Scott atrás de mafiosos e outros do género. Ainda não havia bandidos com super poderes nessa altura.
:D
Abraço
Bongo sabias que foi anunciado 1 Omnibus dos Green Lantern Archives.
ResponderEliminarQuanto ao Lanternas li muito pouco da nova fase,mas ele foi um dos meus favoritos em Novos Titas e na LJE.
Manuel Frederico
ResponderEliminarNão preciso desse Omnibus...
:P
Tenho todos os Archives, excepto o mais fácil de encontrar, que é o último que saiu: Green Lantern Archives Vol.6 (Silver Age), mas tá encomendado!
;)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarJá agora, penso que esse Omnibus que deve sair em Dezembro compila os três primeiros Archives. Com um preço tão "baixo" a qualidade do livro não deve ser grande coisa. Logo veremos. de qualquer maneira deixa de lado o Green Lantern Golden Age, Alan Scott, o que não deveria acontecer. É apenas uma jogada comercial com base na popularidade actual do herói, e sabendo-se que vai sair o filme para o ano...
ResponderEliminarJá agora Pedro, e desculpa-me estar a tomar conta dos comentários no teu blog, mais valia continuarem a série de Archives com o nº7 Silver Age!
ResponderEliminar;)
Abraço
"Já agora, penso que esse Omnibus que deve sair em Dezembro compila os três primeiros Archives. Com um preço tão "baixo" a qualidade do livro não deve ser grande coisa."
ResponderEliminarEu não ficaria tão pessismista isso parece ser a maneira da Dc competir com o Hardcover do latinha que eu tenho,e que por acaso tambem tem um preço mais amigavel que os 3 primeiros premiere hc da fase Fraction Larroca.
Já agora quanto custam esses Archives deve ser uma "facada" em cada 1??
Por acaso dos Lanternas eu só não simpatizo com o Alan e o Guy especialmente o Gl do Giffen.
Bongop,
ResponderEliminarEstas desculpado! Comenta como se esta casa fosse tua... é sinal que vens aqui...!