A 8 de Novembro de 1973 a Walt Disney Company estreava Robin
Hood, uma adaptação de uma das mais conhecidas lendas do imaginário popular,
protago-nizada por animais antropomórficos.
Juntava assim mais um rosto, aos
muitos que já tinha assumido esse herói lendário no cinema, na TV e na banda
desenhada.
Nesse filme, o 21.º dos clássicos animados da Disney, Robin
e Marion eram raposas, o príncipe João um leão, o xerife de Nothingham um urso,
tal como João Pequeno. Um galo como narrador, galinhas, coelhos e rinocerontes
também faziam parte do elenco, que contava com as vozes de Brian Bedford
(Robin), Peter Ustinov ou Alan Devine.
A história basicamente era a mesma que alimenta o imaginário
popular pelo menos desde o século XV, data da primeira referência a Robin Hood
e os seus Merry Men (alegres companheiros). Ambientada no condado de
Nothingham, governado pelo Príncipe João, aproveitando a ausência nas cruzadas
do legítimo rei, Ricado Coração de Leão, narra a luta de Robin Hood, a partir
da floresta de Sherwood, com um grupo de homens que incluía João Pequeno e o
frei Tuck, contra as injustiças cometidas pelo príncipe regente. Admirado pela
população, por “roubar aos ricos para dar aos pobres” – lema inexistente nas
primeiras versões… - exímio na utilização do arco e da espada, tem no xerife de
Nothingham o seu maior adversário e na bela Marion o objecto da sua paixão.



Numa lista que conta mais de meia centena de adaptações,
entre versões cinematográficas e televisivas, há três que se destacam
naturalmente. Robin Hood (1922), dirigido por Allan Dwan, alia ao protagonismo
de Douglas Fairbanks, o facto de ter sido o primeiro filme com direito a
ante-estreia em Hollywood.


Numa aproximação diferente, surge Robin Hood: Men in Thights
(1993), com o humor nonsense de Mel Brooks.


Em termos europeus, desde a década de 1940 que sucessivas
versões foram criadas em Inglaterra, tendo algumas surgido em Portugal em
títulos como Mundo de Aventuras, Condor, Cavaleiro Andante, Tigre ou Falcão e
mesmo na revista Robin dos Bosques, na década de 1970.
Em França, onde o português Edurado Teixeira Coelho se
distinguiu com esta personagem (ver caixa), referência também para Robin da Mata,
a sátira bem humorada criada por Bob de Groot e Turk em 1969, que a revista
Tintin publicou entre nós.
Pela floresta de Sherwood pesseou também o grande mestre
português Eduardo Teixeira Coelho (1919-2005), dotado de um traço clássico e vigoroso,
durante o período ‘francês’ da sua longa e notável carreira, quando desenhou
mais de meia centena de episódios de Robin
du Bois, a partir de argumentos de Jean Olivier.
Originalmente publicados na revista Vaillant, entre 1969 e 1975, foram em grande parte editados no
nosso país no Mundo de Aventuras,
tendo alguns deles merecido também traduções noutros países.
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