Sti (argumento e desenho)
Paquet (Suiça, Janeiro de 2010)
220 x 302 mm, 48 p., cor, cartonado
Introdução
Género com pouca visibilidade em Portugal, apesar de aparentemente ter todas as condições para ser popular – mais uma peça para a (in)compreensão daquilo a que se convencionou chamar “mercado português de BD” – o humor aos quadradinhos entre nós surge quase reduzido aos (excelentes e globalmente) recomendáveis clássicos Astérix e Lucky Luke. E claro a esse nicho à parte das tiras diárias de imprensa.
Mesmo grandes êxitos francófonos, como os Túnicas Azuis, Pequeno Spirou ou Titeuf, tiveram vida efémera no nosso país, caindo rapidamente no esquecimento. Longe vão os tempos, por isso, em que heróis como Cubitus, Modeste e Ponpom, Robin da Mata ou o Incrível Desirée (citados de cor e de cabeça, sem qualquer hierarquia ou indicação de preferência) preenchiam bom número de páginas da revista Tintin.
Aliás, é nas revistas – especialmente na Spirou – que este tipo de séries continua a fazer carreira (e sucesso) nos países francófonos.
Resumo
Sem esse suporte, Les Rabbit é mais uma das (muitas) séries cómicas disponíveis por lá, no formato de pranchas auto-conclusivas, que, como tantas vezes acontece, tem por base o quotidiano de uma família, composta por pai, mãe, filho adolescente, filha criança e filha bebé. Com a particularidade de (obviamente, em função do título) se tratar de coelhos, antropomórficos, embora praticamente nus, já que as roupas se limitam quase essencialmente à gravata do pai, ao boné do filho e aos laço de mãe e filha, que servem essencialmente para melhor os distinguir.
Desenvolvimento
Sem deslumbrar, Les Rabbit é suficientemente divertida para provocar bastantes sorrisos até porque, apesar dos protagonistas “animais”, o seu quotidiano é em tudo igual ao nosso, inclusive no que diz respeito às referências. Porque, neste tempo de globalização qualquer habitante de Portugal, Estados Unidos, Brasil, Japão ou da “rabbitlândia” (re)conhece um sabre Star Wars, videojogos, ninjas, relações profissionais, incompatibilidades entre homens e compras, apelos ao consumo desenfreado, pulsão sexual, birras de bebés ou choques geracionais.
A esta temática directa e facilmente assimilável, aqui e ali trabalhada com assinalável eficácia, Sti alia um traço simples mas eficaz, expressivo, vivo, dinâmico (graças também ao facto de muitas vezes os enquadramentos estarem ausentes ou se limitarem às manchas de cor das vinhetas) e um bom uso da cor que torna as pranchas apelativas e agradáveis.
Curiosidade
- Definida como uma colecção “dois álbuns em um”, Les Rabbit tem a particularidade de ter duas capas, uma protagonizada pelo filho Tony, a outra (uma vez virado o álbum) pelo pai Ronan, sendo os gags de cada “metade”, preferencialmente protagonizados por eles. Eis a razão para aparecerem duas capas diferentes no inicio deste texto.
Paquet (Suiça, Janeiro de 2010)
220 x 302 mm, 48 p., cor, cartonado
Introdução
Género com pouca visibilidade em Portugal, apesar de aparentemente ter todas as condições para ser popular – mais uma peça para a (in)compreensão daquilo a que se convencionou chamar “mercado português de BD” – o humor aos quadradinhos entre nós surge quase reduzido aos (excelentes e globalmente) recomendáveis clássicos Astérix e Lucky Luke. E claro a esse nicho à parte das tiras diárias de imprensa.
Mesmo grandes êxitos francófonos, como os Túnicas Azuis, Pequeno Spirou ou Titeuf, tiveram vida efémera no nosso país, caindo rapidamente no esquecimento. Longe vão os tempos, por isso, em que heróis como Cubitus, Modeste e Ponpom, Robin da Mata ou o Incrível Desirée (citados de cor e de cabeça, sem qualquer hierarquia ou indicação de preferência) preenchiam bom número de páginas da revista Tintin.
Aliás, é nas revistas – especialmente na Spirou – que este tipo de séries continua a fazer carreira (e sucesso) nos países francófonos.
Resumo
Sem esse suporte, Les Rabbit é mais uma das (muitas) séries cómicas disponíveis por lá, no formato de pranchas auto-conclusivas, que, como tantas vezes acontece, tem por base o quotidiano de uma família, composta por pai, mãe, filho adolescente, filha criança e filha bebé. Com a particularidade de (obviamente, em função do título) se tratar de coelhos, antropomórficos, embora praticamente nus, já que as roupas se limitam quase essencialmente à gravata do pai, ao boné do filho e aos laço de mãe e filha, que servem essencialmente para melhor os distinguir.
Desenvolvimento
Sem deslumbrar, Les Rabbit é suficientemente divertida para provocar bastantes sorrisos até porque, apesar dos protagonistas “animais”, o seu quotidiano é em tudo igual ao nosso, inclusive no que diz respeito às referências. Porque, neste tempo de globalização qualquer habitante de Portugal, Estados Unidos, Brasil, Japão ou da “rabbitlândia” (re)conhece um sabre Star Wars, videojogos, ninjas, relações profissionais, incompatibilidades entre homens e compras, apelos ao consumo desenfreado, pulsão sexual, birras de bebés ou choques geracionais.
A esta temática directa e facilmente assimilável, aqui e ali trabalhada com assinalável eficácia, Sti alia um traço simples mas eficaz, expressivo, vivo, dinâmico (graças também ao facto de muitas vezes os enquadramentos estarem ausentes ou se limitarem às manchas de cor das vinhetas) e um bom uso da cor que torna as pranchas apelativas e agradáveis.
Curiosidade
- Definida como uma colecção “dois álbuns em um”, Les Rabbit tem a particularidade de ter duas capas, uma protagonizada pelo filho Tony, a outra (uma vez virado o álbum) pelo pai Ronan, sendo os gags de cada “metade”, preferencialmente protagonizados por eles. Eis a razão para aparecerem duas capas diferentes no inicio deste texto.