Julius Corentin Acquefacques 6. Le décalage
Marc-Antoine Mathieu
Delcourt
França, Março de 2013
Marc Antoine Mathieu (argumento e desenho)
Nela, o falecido convida-o a ir ao seu armazém de obras de arte escolher uma qualquer, para si, como última recordação da sua amizade. Após uma busca de muitas horas num "imenso armazém que parecia conter espécimes de todas as artes da humanidade", por entre obras "que lhe lembravam o olhar que Édouad tinha do mundo", a escolha recai - porquê? - "numa pequena gravura insignificante". Talvez porque o desenho "representasse o apartamento de Édouard" e tivesse um título "que o intrigava... ‘reflexão' ".
No final de uma narrativa poética e melancólica, no final, também, de uma vida de 'reflexão', de reflexões, também de reflexos - não é tudo o que fazemos e dizemos um reflexo, uma imagem da forma como vemos (reflectimos) o que nos rodeia? - Émile descobre – na cor, que nunca utilizou, para a qual o amigo o conduziu - o segredo daquele desenho - o desígnio da sua vida - que revela o seu lado infinitamente complexo e o seu lado infinitamente simples. Como também existe em tudo. Na vida.
Mac-Antoine Mathieu (argumento e desenho)
Mas depois, aos poucos – quando o efeito “novidade” desaparece -, surge uma onda de revolta pelos (muitos) “defeitos” encontrados na sua criação que, golpe de teatro, acaba por originar um processo judicial duma dimensão sem precedentes.
E sem que Marc-Antoine Mathieu pretenda de alguma forma ter (um)a palavra (final) sobre o assunto.
Curiosidades