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23/09/2010

Fantôme

Suk Jung-hyun (argumento e desenho)
Casterman (França, Abril de 2007)
170 x 241 mm, 200 p., cor, brochado com sobrecapa


Devido à coexistência (nos mercados ocidentais) de comics, BD franco-belga e mangas, e às múltiplas influências que daí resultam, alguns acreditam que no futuro (não tão distante) toda a produção de BD convergirá para um mesmo padrão. Tenho dúvidas, porque continuo a acreditar na capacidade criativa dos autores.
Não sendo exemplo disto, até porque tal ainda não se concretizou, este "Fantôme", de Suk Jung-hyun, ilustra, de alguma forma, como tal se poderá traduzir: o traço, hiper-realista, e as cores estão mais próximos do conceito europeu de BD do que daquilo que costumamos associar (do que conhecemos?) à produção asiática; o desenvolvimento dos diálogos e as várias cenas de acção têm indiscutivelmente a marca manga (nu caso manhwa - BD coreana); a teoria de conspiração subjacente ao argumento, apela a uma temática bem americana.
Servida por uma planificação cinematográfica e dinâmica, a história, passada num futuro próximo, em que um cataclismo natural reduziu drasticamente a população, agora reunida num único estado, trazendo a vantagem do fim das guerras - mas também a necessidade de criar tensões para justificar a única força policial existente e a sua relação com um canal de TV -, lê-se bem e permite arriscar a extrapolação de que a massificação referida terá aspectos positivos quando significar o aproveitamento do que cada um daqueles géneros tem de melhor.

(Texto publicado na página de Livros do Jornal de Notícias de 27 de Maio de 2007)

04/08/2009

Les Nourritures de l’âme

Vários autores (argumento)
Kim Dong-hwa (desenho)
Casterman (França, Janeiro de 2008)
169 x 240 mm, 176 p., cor, capa brochada com jaqueta


Projecto atípico, este livro nasceu de uma proposta da revista coreana “Positive Thinking” ao autor, considerado um dos mais brilhantes autores da sua geração, para transformar em bandas desenhadas pequenos contos dos seus leitores, que tinham em comum reportarem casos verídicos, exemplares pela sua sensibilidade e valor humano.
Nasceram assim 20 curtos manhwas (banda desenhada coreana), serenos, delicados e ternos, de grafismo e planificação (e cor) mais próximos dos quadradinhos ocidentais do que do manga japonês, que podem ajudar-nos a pensar no que é/deve ser importante no nosso relacionamento com os outros. O que, convenhamos, não é pouco.
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