21/06/2010

BD nacional cresce à margem das grandes editoras – Inquérito a Miguel Rocha*


- Publicar em pequenas editoras é uma opção pessoal ou a única alternativa face ao desinteresse por parte das "grandes" editoras?
Miguel Rocha -
Tanto quanto me apercebo a Asa (ou a Maria José) modificou a sua política e já publica autores nacionais. (Não há outra grande editora a publicar BD, pois não? A Tinta da China fá-lo mas de forma muito errática).
Eu gosto das pequenas editoras, sinto que tenho um maior controle sobre o processo, mas também não tenho outra experiência e portanto pode ser tudo ilusão.

- Até onde conseguem chegar/que visibilidade têm estas edições?
Miguel Rocha -
Os livros melhor ou pior vão fazendo o seu caminho, com um numero de edições tão pequeno geralmente qualquer edição é notícia independentemente da editora. No meu caso, porque já tenho um público muito definido, geralmente o boca a boca (ou blog a blog) funciona para a divulgação do livro. Faço excepção ao Salazar (publicado numa pequena editora sem qualquer tradição de BD) e que teve uma super-atenção mediática, mais por obra da personagem do que dos méritos próprios do livro.
Onde esta questão mais se põe será provavelmente na internacionalização dos livros, mas disso também não sei, apenas suponho.

- Nestes moldes, que futuro antevês para a BD nacional?
Miguel Rocha -
Os formatos de distribuição electrónicos parecem-me interessantes. Para o formato livro creio que os autores têm que se virar para editoras estrangeiras de modo a ganharem mercados que permitam a profissionalização.

* Autor de livros de banda desenhada como “Salazar – Agora na hora da sua morte, A noiva que o rio disputa ao mar ou Hans, o cavalo inteligente

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