A famosa
canção “Eu vou, eu vou, para casa agora eu vou…” ecoou pela primeira vez a 21 de Dezembro de 1937,
no Carthay Circle Theatre, em Hollywood, já lá vão 75 anos. Era a estreia de “Branca de Neve e os
sete anões”, a primeira longa-metragem animada da Disney.
Com estreia
portuguesa um ano mais tarde, “Snow White and the Seven Dwarfs” (título
original), era também a primeira longa-metragem animada produzida nos Estados
Unidos, a primeira totalmente a cores e tornou-se no primeiro dos Clássicos
Disney.
Drama
romântico visto por milhões de pessoas ao longo dos seus 75 anos, deixou
gravadas nas memórias músicas inesquecíveis, o nome dos sete anões (Mestre,
Feliz, Zangado, Soneca, Atchim, Dengoso e Dunga na versão brasileira que
Portugal viu durante muitos anos) e cenas marcantes como a fuga alucinada de
Branca de Neve pela floresta assombrada, a dança com os animais na casa dos
anões, o espelho falante, o trágico fim da rainha má ou o beijo final do príncipe
que desperta Branca de Neve do sono da morte.
Dirigido
por David Hand, o filme, que tinha um orçamento inicial de 150 mil dólares mas
custou 10 vezes mais, demorou quatro anos e meio a produzir e inspirou-se num
conto dos irmãos Grimm intitulado “Branca de Neve” (“Schneewittchen), publicado
pela primeira vez no início do século XIX, no livro "Kinder-und
Hausmaërchen" ("Contos de Fada para Crianças e Adultos").
Adriana Caselotti deu voz à protagonista e Harry Stockwell ao príncipe, papeis
assumidos por Sandra de Castro e Henrique Feist na versão lusa de 2009.
Nomeado
para o Óscar da Melhor Banda Sonora (que perderia para “One Hundred Men And A
Girl”), “Branca de Neve e os sete anões” valeria a Walt Disney um Óscar honorário
em 1939, para comemorar o primeiro filme inteiramente animado do cinema
norte-americano, que era muito especial: a estatueta tradicional era
acompanhada por outras sete, mais pequenas.
(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 27 de Dezembro de 2012)
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