Tito Faraci, Alessandro Del Conte, Gabriele Panini, Fausto Vitaliano, Giorgio Figus, Marco Bosco e Carlo Panaro (argumento)
Roberto Vian, Stephano Zanchi, Alessandro Del Conte, Francesco Guerrini, Marco Mazzarello, Alessandro Gottardo, Donaldo Soffritti,, Alessandro Perina, Maurizio Amendola e Maria Luisa Ugguetti (desenho)
Goody (Portugal, 5 de Dezembro de 2012)
135 x 190 mm, 132 p., cor, semanal (4.ª feira)
1,00 €
Não vou analisar ao pormenor o conteúdo do número inaugural da “Comix”, e suponho que ninguém o esperava, até porque as histórias apresentadas seguem modelos mais ou menos bem definidos e testados.
Mesmo assim, do número inaugural da revista que traz de volta aos quiosques portugueses Donald, Patinhas, Mickey, Pateta e todos os outros, quero destacar a divertida “A Indústria do passa-palavra” (embora não levada às últimas consequências) e a curiosa “Funcionários Patos e a loja de BD & Hobbies”, cuja acção se passa numa loja de BD.
E mesmo desconhecendo qual a liberdade de escolha que a Goody tem na selecção de histórias, ficam mais três notas: a primeira para a presença de Tito Faraci, um argumentista multifacetado e competente, que já escreveu Tex, Diabolik, Dylan Dog, Martin Mystère, Zagor ou Daredevil; a opção pela escola italiana, mais moderna e dinâmica, com textos bem estruturados, mas com personagens que me parecem menos conhecidos dos antigos leitores Disney; o “excesso” de Tio Patinhas (4 histórias, mais de meia revista) no mix deste número inicial.
Mais genericamente, deixo mais algumas considerações sobre um projecto que se poderá revelar uma das melhores coisas que aconteceu à BD em Portugal nos últimos anos, se tiver a força necessária para devolver a visibilidade às edições aos quadradinhos nas bancas e quiosques nacionais.
Desde logo pela aposta forte que ele constitui por parte da Goody – e não poderia existir nem vingar se não fosse assim - como revelam a distribuição em quiosques assente num cartaz que lhe “aumenta” o tamanho e potencia a sua visibilidade, a presença em expositores bem visíveis na entrada dos hipermercados Continente (pelo menos), a publicidade nos canais generalistas, infantis e desportivos ou a tiragem de 75 mil exemplares…
Positiva igualmente a inclusão de 7 páginas de publicidade externa (jogos, filmes, sumos…) que, se os leitores dispensavam, são certamente fundamentais para assegurar a viabilidade económica do projecto e são sinal da confiança que outros nele depositaram.
Como contraponto temos uma capa pouca apelativa e desinspirada que descaracteriza as personagens nela apresentadas – Mickey, Donald e Patinhas.
A terminar, fica a nota de que a Comix #2 deverá estar à venda já amanhã, sendo que o respeito pela periodicidade será fundamental para o projecto vingar - embora a resposta dos leitores (entenda-se compradores) também seja fundamental para ela ser mantida…
Eu, pelo contrário, não consigo gostar desta escola italiana...
ResponderEliminarBoa noite, Paulo!
ResponderEliminarEu também não disse que gostava... Prefiro sem dúvida os clássicos!
Vamos ver como vem o mix da Hiper!
Boas leituras!
Fraca muito fraquinha,só se safa mesmo essa história na loja de Bds.
ResponderEliminarOlá Optimus,
EliminarCá está o crítico terrível!
Também acho essa a BD mais original; as outras quase todas souberam a "mais do mesmo", com pouca ou nenhuma inovação em relação a modelos mais ou menos estabelecidos...
Há que esperar pelos próximos números para avaliar a evolução da Comix.
Boas leituras!
Só não é uma desilusão completa, porque é melhor haver Disney nas bancas, do que não haver, de todo.
ResponderEliminarNão tenho muitas esperanças quanto à qualidade do Hiper Disney, mas vou comprar.
Detesto os desenhos italianos.
Um abraço de um fã e colecciionista Disney (tenho o melhor dos velhos tempos).
Caro João Paulo Cardoso,
EliminarTambém acho positivo haver Disney nas bancas - até porque pode ser uma forma de "puxar" pela BD neste segmento.
Não sei qual a autonomia que a Goody tem para definir o mix da revista, mas percebo que opte por material mais moderno, até para não ser acusada de "repetir as histórias antigas"...
Boas leituras!
Pois eu discordo um pouco aqui do sentimento geral. Gostei das histórias. Claro que não são geniais, mas acho que eles não estão a tentar ser geniais. Apesar do escola Italiana ter um traço ligeiramente mais estilizado, não vejo porque o consideram mau. Acho que está mais em linha com o que os miudos têm acesso hoje em dia (em termos de design). Tenho de concordar que uma ou outra história são um pouco mais superficiais neste primeiro numero, mas vá lá pessoal, quantas das antigas também não tinham uma ou outra assim. Vamos esperar para ver, pode ser que com o tempo melhore :)
ResponderEliminarOlá Luís,
EliminarComo é evidente não se pode agradar a todos...
Eu também penso que o traço italiano será mais capaz de agarrar os mais novos, mas eventualmente combinar estas histórias com outras mais antigas talvez fosse o ideal para chegar a "pais e filhos" como a Comix pretende...
Mas, mais uma vez, repito que desconheço qual a liberdade que a Goody tem na selecção do material...
Por isso, na verdade, só resta "esperar para ver"...
Boas leituras!
Já agora, de certa forma como complemento do que atrás ficou escrito, estive a fazer uma pesquisa e constatei que as histórias incluídas na Comix #1, foram publicadas originalmente em Itália entre 2001 e 2012.
ResponderEliminarIsto deixa pelo menos a garantia de que a edição nacional não segue qualquer edição estrangeira.
Boas leituras... Disney!