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29/10/2014

Comix #100








Uma publicação de BD – qualquer publicação… - atingir o número 100 devia ser motivo de festa.
Para o editor, porque é obviamente sinónimo de aposta bem feita. Para o leitor, como reflexo de muitas e boas leituras.
A Comix, revista semanal de banda desenhada Disney, atinge hoje o seu centésimo número. De forma modesta, digo eu.
Continuo já a seguir.

07/01/2014

Comix Record






Há poucas semanas alguém questionava de forma crítica a heterogeneidade das propostas deste blog - e consequentemente das minhas leituras - perguntando como era possível coexistirem, por exemplo na lista dos melhores títulos de um dado mês, criações Bonelli, a Turma da Mônica, clássicos franco-belgas, heróis Disney, super-heróis ou, deixem-me escrever assim, banda desenhada adulta.
A resposta para mim é simples: todas essas leituras me dão prazer. De forma diferente, evidentemente, tal como diferente é o prazer que podemos experimentar ao comer uma torrada com manteiga, uma francesinha ou de um prato gourmet num restaurante de luxo. Cada um destes apela a distintos aspectos do nosso palato, da mesma forma que bandas desenhadas daqueles diversos géneros apelam a distintas partes do meu intelecto.
Deixo mais um exemplo, já a seguir.

30/04/2013

Disney em Maio

(Goody)

Cars #36
 

Comix #22
(30 de Abril)


Comix #23
(8 de Maio)

Comix #24
(15 de Maio)


Hiper #6
(17 de Maio)


Comix #25
(22 de Maio)


Comix #26
(29 de Maio)


23/04/2013

Palavras para quê?




Com o seu nascimento estabelecido “oficialmente” em função (também) da utilização regular de balões de fala, a banda desenhada tem provado recorrentemente que o texto escrito é muitas vezes desnecessário para a narração das histórias e para que os seus protagonistas se façam ouvir e entender.
A leitura recente e coincidente no tempo de (mais) três exemplos – dois deles em géneros em que isto é pouco habitual - são a justificação para este alinhavar de ideias, apresentado em função da ordem cronológica em que os li.






Donald e Peninha em Póquer de Ases
Enrico Faccini
In Comix #19
Goody
Portugal, 10 de Abril de 2013
135 x 190 mm, 132 p., cor, brochado, mensal
1,90 €


Viva e expressiva, a BD Disney – ao contrário da Turma da Mônica em que as histórias mudas são recorrentes – socorre-se habitualmente do texto escrito, o que torna mais surpreendente esta história publicada originalmente em Itália há apenas um ano com o título “Paperino & Paperoga in poker d'assi!”.
Relato de uma (surpreendente?) partida de póquer entre os primos Donald e Peninha, embora podendo ser interpretada linearmente, reveste-se de maior interesse se for lida enquanto metáfora dos truques, estratagemas e ardis utilizados pelos jogadores ao longo de uma partida de cartas para espreitar, adivinhar ou intuir o jogo e a estratégia do adversário.
São apenas 13 páginas, com excepção da primeira sempre assentes numa estrutura de três tiras de duas vinhetas, o que acentua o estatismo dos dois intervenientes e destaca mais os subterfúgios que utilizam, num conjunto sem dúvida muito bem conseguido.






Em memória de Marla Jameson
In “Homem-Aranha” #128
Dan Slott (argumento)
Marcos Martin (desenho)
Panini Comics
Brasil, Agosto de 2012
170 x 260 mm, 68 p., cor, brochado, mensal
R$ 6,50 / 2,80 €


Actualmente nas bancas portuguesas, esta edição do Homem-Aranha inicia-se com uma história que abre e fecha com longas sequências mudas.
No seguimento da aventura narrada na revista anterior, mostra os preparativos e o funeral de Marla, a esposa de J.J. Jameson, ex-director do Clarim Diário e actual presidente da câmara de Nova Iorque, dando especial atenção ao estado de espírito dele próprio – que acaba de perder a mulher - e de Peter Parker/Homem-Aranha – que se sente culpado por não ter conseguido evitar essa tragédia.
Aqui, o silêncio na narrativa – de onde as habituais sequências de confronto e de acção estão ausentes - acentua a saudade, a tristeza, a dor e o sentimento de culpa que, em doses diferentes, afectam os dois, e revela-se bem mais expressivo e eloquente do que muitas palavras que poderiam ter sido usadas.





Caroline Baldwin #1 – Moon River
André Taymans
In NetComic #11 a #19
NetCom 2 Editorial
Espanha, Abril de 2012 a Fevereiro de 2013
210 x 297 mm, 32 ou 48 p., cor, brochada, mensal
Gratuita, em papel ou em versão online


Primeira aventura de Caroline Baldwin, a detective privada criada por André Taymans, apresenta uma estrutura narrativa que intercambia sequências completamente mudas com outras em que os balões de fala desempenham o papel habitual.
As primeiras são bem utilizadas quer para descrever, sem recurso a texto escrito, situações banais – o despertar, uma viagem de carro, a inspecção de uma moradia… - , quer para apresentar ao leitor momentos de introspecção e de solidão, nos quais, aliás, está o segredo por detrás do relato.
Este conta o desaparecimento de Frank White, um ex-astronauta actualmente quadro de uma destacada empresa de aeronáutica, cuja presença é fundamental para garantir a assinatura de um importante contrato. Chamada para o encontrar, Caroline terá de enfrentar não só aqueles que na sombra querem fazer desaparecer White – que na realidade fugiu apenas assombrado por remorsos que há muito o atormentam – quer os seus próprios fantasmas.
Lida na revista gratuita espanhola da NetCom 2 – similar à portuguesa BDNet – encheu-me mais uma vez de um reprovável sentimento - a inveja – em relação a “nuestros hermanos”. Já com 21 números publicados, periodicidade mensal e 32 a 48 páginas (!), inclui muita informação sobre as séries e autores que a NetCom 2 edita em Espanha e permitiu-me perceber como uma editora que nasceu editando apenas Alix, não só completou esta colecção em tempo recorde como também cresceu de forma surpreendente.
Na NetComic, para além de Caroline Baldwin, pude também (re)encontrar Yoko Tsuno, Vasco, Lois, Allan MacBride (também em publicação na versão portuguesa BDNet) e até algumas criações espanholas…
Sendo difícil consegui-la em papel à distância a que nos encontramos, resta o consolo – para mim incompleto – da sua leitura online

11/12/2012

Comix #1








Tito Faraci, Alessandro Del Conte, Gabriele Panini, Fausto Vitaliano, Giorgio Figus, Marco Bosco e Carlo Panaro (argumento)
Roberto Vian, Stephano Zanchi, Alessandro Del Conte, Francesco Guerrini, Marco Mazzarello, Alessandro Gottardo, Donaldo Soffritti,, Alessandro Perina, Maurizio Amendola e Maria Luisa Ugguetti (desenho)
Goody (Portugal, 5 de Dezembro de 2012)
135 x 190 mm, 132 p., cor, semanal (4.ª feira)
1,00 €



Não vou analisar ao pormenor o conteúdo do número inaugural da “Comix”, e suponho que ninguém o esperava, até porque as histórias apresentadas seguem modelos mais ou menos bem definidos e testados.
Mesmo assim, do número inaugural da revista que traz de volta aos quiosques portugueses Donald, Patinhas, Mickey, Pateta e todos os outros, quero destacar a divertida “A Indústria do passa-palavra” (embora não levada às últimas consequências) e a curiosa “Funcionários Patos e a loja de BD & Hobbies”, cuja acção se passa numa loja de BD.

E mesmo desconhecendo qual a liberdade de escolha que a Goody tem na selecção de histórias, ficam mais três notas: a primeira para a presença de Tito Faraci, um argumentista multifacetado e competente, que já escreveu Tex, Diabolik, Dylan Dog, Martin Mystère, Zagor ou Daredevil; a opção pela escola italiana, mais moderna e dinâmica, com textos bem estruturados, mas com personagens que me parecem menos conhecidos dos antigos leitores Disney; o “excesso” de Tio Patinhas (4 histórias, mais de meia revista) no mix deste número inicial.

Mais genericamente, deixo mais algumas considerações sobre um projecto que se poderá revelar uma das melhores coisas que aconteceu à BD em Portugal nos últimos anos, se tiver a força necessária para devolver a visibilidade às edições aos quadradinhos nas bancas e quiosques nacionais.
Desde logo pela aposta forte que ele constitui por parte da Goody – e não poderia existir nem vingar se não fosse assim - como revelam a distribuição em quiosques assente num cartaz que lhe “aumenta” o tamanho e potencia a sua visibilidade, a presença em expositores bem visíveis na entrada dos hipermercados Continente (pelo menos), a publicidade nos canais generalistas, infantis e desportivos ou a tiragem de 75 mil exemplares…
Positiva igualmente a inclusão de 7 páginas de publicidade externa (jogos, filmes, sumos…) que, se os leitores dispensavam, são certamente fundamentais para assegurar a viabilidade económica do projecto e são sinal da confiança que outros nele depositaram.

Como contraponto temos uma capa pouca apelativa e desinspirada que descaracteriza as personagens nela apresentadas – Mickey, Donald e Patinhas.
A terminar, fica a nota de que a Comix #2 deverá estar à venda já amanhã, sendo que o respeito pela periodicidade será fundamental para o projecto vingar - embora a resposta dos leitores (entenda-se compradores) também seja fundamental para ela ser mantida…




05/12/2012

Revistas Disney regressam a Portugal













Chega hoje aos quiosques nacionais (ou, segundo parece, já anda mesmo por aí!) a revista “Comix” #1, que assinala o regresso da banda desenhada Disney ao nosso país. Pato Donald, Mickey, Pateta, Tio Patinhas e muitos mais assinalam assim da melhor maneira o 111.º aniversário do nascimento de Walt Disney (1901-1966).
A “Comix”, de periodicidade semanal, terá 132 páginas a cores e um preço de capa de 1,90 €, embora este número inaugural, com uma tiragem de 75 mil exemplares, tenha o preço de lançamento de apenas 1 euro. A capa é da autoria do italiano Andrea Freccero, que a chegou a divulgar no seu blog pessoal há poucas semanas, embora depois a tenha retirado.
O objectivo da editora Goody, responsável pela “Comix”, é editar uma publicação “intergeracional… dos 8 aos 88 anos” que suscite “o interesse dos jovens bem como dos pais que assim relembrarão as suas antigas leituras”, pelo que “o lançamento será acompanhado por uma campanha de televisão nos canais generalistas, no Disney Channel e na Sport TV, um forte apoio em termos de destaque em ponto de venda quer na distribuição tradicional quer na distribuição moderna e ainda internet”.
A Goody anuncia também uma outra revista de BD, a Hiper, mensal, com 320 páginas, por 3,90 €, que traz na capa a data de Janeiro de 2013, embora na Comix #1 seja anunciado o seu lançamento durante este mês de Dezembro.
Embora a maioria dos antigos leitores associem os quadradinhos Disney às edições brasileiras distribuídas pela Editora Abril em Portugal desde o início dos anos 1950, a verdade é que os heróis Disney se estrearam em Portugal logo em 1935, na revista Mickey, que haveria de durar 58 números.
Revistas como O Faísca ou o jornal O Primeiro de Janeiro (este durante décadas) publicaram também esses heróis e outras criações Disney que, depois de “Rato Mickey”, uma tentativa pouco duradoura da Agência Portuguesa de Revistas em 1955, só voltariam a falar português já nos anos 1980, através de edições da Editora Abril/Morumbi. Primeiro acompanhando as edições brasileiras, depois de forma autónoma, os títulos da editora – “Mickey”, “Pato Donald”, “Tio Patinhas”, “Pateta”, “Disney Especial”, “Hiper Disney”, etc. - sucederam-se até 2006, quando foi publicada a última revista, o Tio patinhas #250.
Entre publicações especiais e números comemorativos, algumas no formato álbum, termino com uma referência para a edição especial Euro 2004, na qual Patinhas, Donald e os seus sobrinhos vêm ao nosso país para descobrir quem roubou a taça destinada à equipa vencedora do Campeonato Europeu de Futebol que cá se realizava, numa história escrita pelo português Paulo Ferreira.

(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 5 de Dezembro de 2012)



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