Publicação de e para fãs, a Revista do Clube Tex Portugal, ultrapassa esses limites e justifica
a leitura por simples apreciadores de BD. Ou de western.
Embora sinta que este texto já venha tarde - a revista merecia ter tido já o destaque que agora lhe concedo - a minha ausência como colaborador neste número foi a mola impulsionadora.
Embora sinta que este texto já venha tarde - a revista merecia ter tido já o destaque que agora lhe concedo - a minha ausência como colaborador neste número foi a mola impulsionadora.
Convém escrever desde já, que a revista é distribuída apenas
aos sócios - cujas quotas (2,00 €/mês) a pagam, bem como à Mostra do Clube Tex que
Anadia acolheu nos últimos 3 anos - e fica por isso o alerta para que leitores
(do blog) menos atentos a tentem encontrar à venda.
Aberta à colaboração dos sócios - e de ‘texianos’ de várias
origens, de Portugal ao Brasil, passando por autores do universo Bonelli! - a
revista ganha e sofre por isso mesmo, oscilando a qualidade do seu conteúdo com
a maior capacidade/inspiração dos seus cronistas e - quatro números passados,
com sucessivos aumentos do número de páginas - parece-me que chegou o momento
de o seu corpo directivo dar um passo em frente na exigência e começar a seleccionar
- na completa acepção do termo - as colaborações. E também de fazer passar o
seu conteúdo - algum do seu conteúdo pelo menos… - pelo crivo de uma escrita
correcta em português, porque, mais do que aos autores dos textos, as
incorrecções factuais e as discordâncias de escrita afectam a imagem da
publicação.
Em termos gráficos, se a maquete seguida não é especialmente
inspirada, finalmente temos um número (quase) sem os constrangedores (e
inexplicáveis) espaços em branco que se viam nalgumas páginas dos três
primeiros números. Mesmo assim, há disparidades gritantes entre o tamanho das
ilustrações publicadas - mais em função do espaço a ocupar do que da sua
verdadeira importância…
Passando ao conteúdo em si, sendo de saudar - e de certeza
apreciado pelos leitores/coleccionadores - a publicação de desenhos elaborados especificamente
para serem publicados nela e até a existência de duas capas diferentes - uma chamariz
extra para coleccionadores - deixo uma referência positiva para a diversidade
de abordagens ao universo do ranger e para inclusão neste número de pranchas em
pré-publicação. O ponto forte, no entanto, é a publicação de uma banda
desenhada curta, completa, de Tex, inédita a cores fora de Itália,
(curiosamente) remontada para o formato da revista - e numa publicação de e
para fãs, não teria sido interessante publicar (e analisar o funcionamento d)as
duas versões, mesmo que a original fosse publicada mais reduzida, só na forma
de fotos como a mostrada na página de introdução?
A finalizar - e não querendo este texto ser mais do que um
contributo positivo para a revista - sendo evidente que o seu caminho está
traçado, é evidente que há (sempre) melhoramentos que podem ser introduzidos.
Revista do Clube Tex Portugal #4
Vários autores
Capas de Enrique Breccia
Clube Tex Portugal
Portugal, Junho de 2016
210 x 280 mm, 48 p., cor, capa
mole
Exclusiva para sócios
(imagens recolhidas
no Tex Willer Blog; clicar
sobre elas para as apreciar em toda a sua extensão)
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