(nota informativa disponibilizada pela organização)
4 de Abril de 2017
Convidada especial: Patrícia Furtado
R. Portas de santo Antão, nº 58
Lisboa
Patrícia Furtado nasceu no ano do Star Wars e cedo se assumiu
como pequena nerdette com a mania que sabe tudo. Aprendeu a ler aos três anos, e
pelos seis, já ostentava um belíssimo par de óculos e devorava livros como se fossem
leite condensado à colher.
Desenhar era outro dos seus vícios, quer fosse nas toalhas dos
restaurantes, quer fosse nos cadernos escolares, em vez dos apontamentos. Escreveu
e desenhou a sua primeira banda desenhada para a disciplina de Educação Visual.
Depressa percebeu que, se conseguisse fazer da bonecada o seu
trabalho, nunca teria realmente de trabalhar. Há um provérbio que fala disto, e
foi inventado por um sábio chinês que nunca ouviu falar em reuniões, alterações
e todos os outros papões do divertimento laboral, mas adiante.
Licenciou-se em Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes
e começou de imediato a trabalhar num atelier de design em Lisboa, onde aprendeu
tudo o que a faculdade se tinha esquecido de ensinar sobre o mundo real.
Em 2001, ganhou coragem e mudou-se para Londres, onde coleccionou
uma impressionante pilha de cartas de rejeição de agências e estúdios de design.
Acabou a trabalhar na loja de fotocópias onde ia regularmente imprimir os currículos.
Iniciou assim a sua carreira de freelancer, o modo de trabalho
perfeito para uma nerdette pouco social que preza a liberdade de escolher a sua
própria banda sonora, o conforto de trabalhar em pijama, e a paz de espírito de
não ter de enfrentar o trânsito e o mau tempo todos os dias.
Depois de cinco anos, já com uma lista de clientes considerável,
que incluía nomes como a PepsiCo e a Haagen Dazs, regressou a Lisboa, onde arranjou
um cantinho num estúdio de gente criativa e talentosa, o The Lisbon Studio. Lentamente,
foi abandonando o web-design e, passado um ano, a ilustração editorial dominava
a sua agenda. Começou trabalhar regularmente para jornais e revistas, a fazer capas
para o público infanto-juvenil (A colecção de “As Gémeas” de Enid Blyton, por exemplo),
ilustrou os dois volumes da Caderneta de Cromos de Nuno Markl, bem como livros de
Valter Hugo Mãe, de Alice Vieira e de Álvaro Magalhães entre muitos outros.
Em 2013, já com os seus dias no TLS para trás, escreveu e ilustrou
um livro de receitas e pequenas histórias pessoais, o Café Patita.
Juntar a escrita às imagens continua a ser a sua ocupação de
sonho, pelo que tenciona investir cada vez mais tempo na banda desenhada. Pública
diariamente um cartoon em quarenta.eu
e tem vários projectos e colaborações na calha, tanto de escrita como de desenho.
(imagens disponibilizadas pela organização; clicar nelas para as aproveitar em toda a sua extensão)
Sem comentários:
Enviar um comentário