Mais
um ano, mais uma viagem... até ao Amadora BD.
Na
bagagem,
vazia para regressar repleta, alguns propósitos: conseguir alguns
autógrafos, apreciar belos originais e rever pessoas que só
encontro neste festival ou pouco mais.
Já a seguir, um balanço que já devia ter publicado aqui.
Começo
pelo terceiro, embora a ordem seja puramente casual: embora limitada
a um dia, a minha visita ao Amadora BD é sempre intensa. Reencontro
amigos, converso aqui e ali, troco opiniões,
conheço autores...
Se há propósito cujo cumprimento é simples e sempre reconfortante,
é este.
Passemos ao segundo, os originais que podem ser apreciados nas exposições, muitas vezes enquadrados por conseguidas cenografias. Neste particular, aos meus olhos destacaram-se as seguintes: Elviro, que merecia um eléctrico maior (!), Edgar, A Universidade das Cabras, Daredevil, Mikaël e Mafalda. No que respeita a originais, os de Christian Lax, nesta última mostra, bateram toda a concorrência, mas agradaram-me também bastante as páginas de Os Lusíadas expostas e algumas das que vi na mostra de Daredevil.
Uma nota ainda para exemplificar como soluções tão simples como painéis pintados/decorados tematicamente podem fazer toda a diferença para caracterizar um espaço e dar a primazia aos originais expostos.
Em sentido contrário, a ausência de originais fez-se notar no espaço dedicado à maior contestatária da História da BD (a par da fraca mostra bibliográfica) e na que assinalava o quarto de século de Naruto. Sei que esta última não era especialmente para mim - para a minha faixa etária... - mas penso que também as gerações mais novas gostariam de algo mais consistente e, na impossibilidade (acredito eu) de conseguir originais, há que apostar então mais na cenografia; ampliações penduradas como lençóis a secar - e só com conteúdo de um lado - e impressões nas paredes foi muito pouco... Considero cada vez mais importante a presença de manga no Amadora BD, pela importância que ele tem actualmente no mercado editorial e numa tentativa de diversificação de público, mas este não me parece o caminho.
A mostra dos cartoons de A Bola fazia pouco sentido numa evento dedicado à... banda desenhada, pelo que poderia ter tido lugar num dos espaços alternativos do festival.
E pensava eu, seria impossível que, num festival dedicado à banda desenhada, a 'reconstrução de uma tabacaria/quiosque a propósito dos 50 anos do 25 de Abril, não tivesse expostas (algumas) revistas de... banda desenhada, das (muitas) que proliferavam na época!
Em termos funcionais, a nave principal parece ter encontrado o necessário equilíbrio, com o auditório numa das extremidades e a zona de autógrafos na outra, deixando a zona central para os stands das editoras e livrarias.
Relativamente aos autógrafos, é de saudar a utilização (finalmente) de ecrãs com a informação do número de cada autor, mas seria mais eficaz se existissem mais um ou dois no espaço. O sistema de senhas funcionou bem - para mim que cheguei cedo ou para quem se pode deslocar ao espaço ao início da manhã - mas será certamente complicado para quem só venha à tarde, quando as senhas para os principais nomes já esgotaram. Não sei qual a solução para isto; eventualmente manter o sistema actual complementado com a possibilidade de inscrição online...
Quanto à logística, a zona de alimentação parece-me curta e pouco visível; os sanitários, para além de se situarem no exterior são claramente insuficientes para a dimensão do evento e a utilização de alcatifas para demarcarem o caminho é uma péssima ideia repetida ano após ano, pois em dias de chuva transformam-se em charcos quase intransitáveis.
Globalmente, a minha opinião é positiva e quero realçar o facto de que a organização tem sabido ouvir as críticas para afinar um modelo que é funcional.
Quanto aos autógrafos que trouxe, estão já a seguir, por ordem alfabética.
Alex Maleev
Ana Miralles e Emílio Ruiz
Bernardo Majer
Henrique Magalhães
Luís Louro
Mikaël
Osvaldo Medina
Paulo J. Mendes
Wilfrid Lupano e Stéphane Fert
(clicar nas imagens para as aproveitar em toda a sua extensão)
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