Para os olhos
Com a guerra franco-britânica no território do Canadá como pano de fundo e os belos cenários naturais da região a brilharem graças ao trabalho da aguarelas de Patrick Prugne, tal como já acontecia em Pocahontas, Tomahawk é um relato cujo enredo surpreende mais do que uma vez.
No centro da trama está o enorme urso pardo que dá título à obra, reverenciado pelos indígenas locais e perseguido de forma obsessiva pelo protagonista ou, melhor, pelo co-protagonista Jean Malavoy, movido por um desejo de vingança, pois é disso que se trata, cujos contornos acabarão por ser revelados ao leitor.
Civilização e selvajaria, religião ou uma forma diferente de entender e venerar a Deus, a recorrente imbecilidade da guerra que opõe involuntariamente homens forçados a combater por reis intangíveis e distantes, são alguma das questões levantadas - e deixadas em aberto - que Tomahawk coloca num relato consequente e bem ritmado, em que nem tudo o que parece é.
Para o melhor e para o pior, o destaque vai para as belas aguarelas de Prugne, em especial quando se deixa levar pela sua evidente paixão pelos animais e a natureza.
Tomahawk
Patrick
Prugne
Ala
dos Livros
Portugal,
Maio de 2025
245
x 330
mm, 96
p., cor, capa dura
28,90
€
(imagens disponibilizadas pela Ala dos Livros; clicar nesta ligação para ver mais pranchas ou nas aqui reproduzidas para as aproveitar em toda a sua extensão; clicar nos textos a cor diferente para saber mais sobre os temas destacados)
Sem comentários:
Enviar um comentário