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19/02/2014

Daredevil: El fin de los días










Se a origem dos super-heróis tem sido (re)contada muitas vezes (de muitas maneiras) ao longo dos tempos, raramente o mesmo tem acontecido com o seu fim.
Talvez, porque como diz o aforismo, os (super-)heróis nunca morrem…
El fin de los días – sem o contrariar… - narra de forma bem interessante a morte de Daredevil.

10/12/2012

Heróis Marvel série II - Demolidor: Renascido





  




Frank Miller e Denny O’Neil (argumento)
David Mazzucchelli (desenho)
Christi e Max Scheele (cor)
Levoir/Público
(Portugal, 6 de Dezembro de 2012)
170 x 260 mm, 200 p., cor, cartonado
8,90 €




Resumo
Descobrindo que Matt Murdock é a identidade secreta do Demolidor, o Rei do Crime arquitecta uma imensa trama que fará com que ele perca emprego, amigos, dinheiro e casa, numa espiral descendente que o levará quase à loucura e à morte.
Em Nevoeiro, a história que encerra o volume, a morte de Heather arrasta o super-herói cego para o estado depressivo que se acentuará na saga principal deste volume, cronologicamente posterior.

Desenvolvimento
Há duas semanas, de forma implícita, destaquei aqui nas minhas leituras “Wolverine: Velho Logan”, como a melhor BD desta colecção. Sabia que ainda viria este “Demolidor: Renascido”, obra-prima da história dos comics de super-heróis que eu já conhecia – é mesmo uma das raras edições que comprei em “formatinho” e ainda conservo.
Não retirando uma vírgula ao que então escrevi, confesso que entre a descoberta que constituiu “Wolverine: Velho Logan” e o prazer da releitura de “Demolidor: Renascido”, numa edição que faz jus à sua arte, hesito pouco em escolher esta última.
Onde “Velho Logan” era emoção, explosão de cor, violência insana, corrida em direcção ao abismo, adrenalina pura, “Renascido” é uma obra cerebral e complexa, de emoções, também, mas controladas, de traço contido e uma violência diferente, talvez mais incómoda e chocante pelo tom extremamente realista que assume.
Para todos os efeitos história de super-heróis, passa quase ao lado destes para dar o protagonismo aos três narradores que a vão contando e fazendo avançar: o Rei do Crime, o jornalista Ben Ulrich e o próprio Matt Murdock.
Este, depois de a sua identidade secreta ter sido vendida por uma dose de droga por uma antiga namorada transformada em actriz porno, rapidamente despojado de tudo – amizades, profissão, posição social, dinheiro, casa, dignidade… - enfrenta uma descida aos seus abismos mais profundos, de onde, no entanto, renascerá mais forte e mais capaz, numa notável declaração de humanidade e de confiança no melhor do ser humano.
Escrita de forma directa, assertiva e brilhante por Frank Miller, que constrói uma narrativa com personagens marcantes, bem caracterizadas e definidas, densa, de ritmo lento, em que as coisas vão acontecendo a seu tempo – um tempo longo na leitura mesmo que nalguns casos seja rápido na realidade da acção - foi superiormente desenhada por David Mazzucchelli que conseguiu transmitir visualmente a escuridão e desespero em que Murdock mergulha, através de um traço realista e contido, bem servido por tons sombrios, pelo qual o tempo não passou.
A par da (imensa) violência psicológica da trama – a perda total de tudo que preza e ama leva Murdock quase a passar os seus limites e à loucura ou a por um fim a si próprio – Miller construiu, como destaca João Miguel Lameiras numa introdução particularmente feliz, um paralelo entre a sua narrativa e a morte e ressurreição cristãs, que confere uma outra dimensão a este “Renascido” e o torna uma obra mais profunda e tocante sobre a dignidade e a capacidade de resistência do ser humano.

A reter
- A possibilidade de (re)ler numa edição digna um dos grandes clássicos da BD de super-heróis, que a passagem do tempo não afectou em nada.
- O poder do argumento de Miller: directo, consistente, violento, humano.
- O inigualável trabalho gráfico de Mazzucchelli, perfeitamente ajustado ao relato e enriquecido com uma planificação diversificada e muitas vezes simbólica. E talvez mais notável ainda na história curta que finaliza o volume, na qual consegue tornar quase palpável o nevoeiro que assola Nova Iorque e lhe dá título.

Menos conseguido
- A cedência (possivelmente inevitável?) ao género de super-heróis (apenas) no capítulo final.


12/08/2012

As Figuras do Pedro (XXIII)

Daredevil




Colecção: Figuras Marvel de Colecção
Figura: Daredevil (Demolidor)
Fabricante/Distribuidor: Eaglemoss (colecção original inglesa); Altaya/Planeta DeAgostini (Portugal) e Panini Comics (Brasil)
Número de figuras: 195 na colecção original inglesa (em curso); 60 em Portugal; indefenido no Brasil
Material da figura: Chumbo pintado à mão
Altura: cerca de 8,5 cm
Preço: 12,11 € / R$ 37,95 (inclui um fascículo colorido de 20 páginas com a origem, a história e factos curiosos sobre a personagem retratada) 

Nota: Mais do que mostrar esta figura – de um dos meus super-heróis preferidos, alvo recente de uma das minhas leituras – este texto serve para (re)lembrar  que esta colecção está disponível actualmente em Portugal e no Brasil.

08/08/2012

Daredevil, el hombre sin miedo #1

La sonrisa del diablo







Colecção Marvel 100 %
Mark Waid (argumento)
Paolo Rivera e Marcos Martín (desenho)
Joe Rivera (arte-final)
Muntsa Vicente e Jaime Rodríguez (cor)
Panini (Espanha , Julho de 2012)
250 x 170 mm, 144 p., cor, capa brochada com badanas
12,00 €




1.       Daredevil (possivelmente a ausência mais marcante da colecção Heróis Marvel, da Levoir/Público ) constitui, com o Homem-Aranha e Batman, o meu triunvirato preferido no que aos super-heróis diz respeito.
2.      Talvez porque – tal como os outros dois – embora “super” mantém uma forte componente humana…
3.      Talvez porque a sua incapacidade física o torna narrativamente mais interessante…
4.      Talvez porque o descobri na sua melhor fase, quando foi escrito – de forma brilhante e genial – por Frank Miller.
5.      E se nessa altura teve a sua primeira descida aos abismos – quando ocorreu a sua primeira queda…
6.      A verdade é que – como bem destaca Julián M. Clemente na interessante introdução deste livro, mais um magnífico objecto da colecção Marvel 100 % da Panini espanhola – os sucessivos autores que assumiram o seu controlo sentiram a necessidade de o tornar cada vez mais negro, de o fazer cair cada vez mais e mais, numa descida aos infernos que parecia não ter fim…
7.      Por isso, também, este tomo recompilatório do início de um novo período da vida do super-herói cego – na qual Matt Murdock tem que assumir a sua profissão de advogado quando todos sabem que ele é também Daredevil e o utilizam em tribunal contra ele – surpreende pelo seu tom mais luminoso, menos intimista e menos desesperado.
8.     E se uma boa quota-parte da responsabilidade por isso tem que ser assacada a Mark Waid (re)conhecido pela capacidade de mostrar o lado melhor e mais positivo de cada um dos super-heróis com que tem trabalhado (embora no caso presente isso implique por uma pedra sobre (quase todo) o passado e aceitar um reinício quase do zero) …
9.      … seria injusto deixar de fora o belo trabalho gráfico de Paolo Rivera  e Marcos Martín, dois desenhadores soberbos…
10.  Quer do ponto de vista anatómico e de cenários, onde cada objecto parece o que realmente é, graças ao seu traço realista, límpido, praticamente linha clara…
11.   Quer enquanto narradores de histórias aos quadradinhos, com pranchas de grande legibilidade – mesmo quando nelas existe algum experimentalismo e o ultrapassar aqui e ali de convenções geralmente “tabus” no género de super-heróis – onde cada elemento (tira, vinheta, a sua desconstrução, balão, onomatopeia…) tem um papel fundamental para a constituição do todo.
12.  Mas também pelo trabalho de cor de Vicente e Rodríguez, baseado em cores planas, vivas e (muitas vezes) luminosas, que contrastam em grande medida com o colorido (e o tom) negro seguido ao longo dos últimos anos.
13.  Porque, se bem que esteja presente a narrativa de super-heróis mais “pura e dura”, se assim posso escrever, que passa por um confronto entre Daredevil e o Capitão América ou pela destruição do bando de Klaw, a verdade é que são os aspectos mais humanos dos relatos, nomeadamente quando o advogado Murdock utiliza os seus conhecimentos legais para ajudar os seus clientes a defenderem-se “sozinhos”, que mais me atraem neste novo ciclo de Daredevil…
14.  … e que – também em meu entender – justificam os três prémios com que foi distinguida na mais recente entrega dos Eisner.


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