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30/05/2022

Sara

A paciência do predador


Entre o aproveitamento do momento ou as coincidências em que a vida é fértil, a verdade é que, directa ou indirectamente, a Rússia continua a aparecer na banda desenhada. A par da óbvia biografia A Rússia de Putin, em poucos dias tivemos o gulag siberiano como local de acção em LittleTulip e, distribuído a partir de hoje pela G. Floy, surge este Sara.
Ambientado no início da década de 1940, durante o segundo e rigoroso Inverno do cerco das forças do eixo a Leninegrado, é uma história de guerra - porque é durante a guerra que ela se passa e é guerra que ele narra - mas é-o muito menos do que um rápido folhear ou uma leitura descuidada poderão fazer intuir.

08/08/2017

World of Tanks: Roll Out

Cruza e volta a disparar





Num mundo globalizado que tornou comum os cruzamentos entre os diversos tipos de entretenimento, uma adaptação em BD do videojogo World of Tanks, é apenas mais um exemplo - que chamou a minha atenção, por ter na sua ficha dois nomes grandes dos comics: Garth Ennis e Carlos Ezquerra.

21/04/2017

Un tren llamado amor #2

O amor está no ar


“El amor es algo curioso”
In Un tren llamado amor

E mais curioso ainda, quando o autor da história de amor se chama Garth Ennis.
Mesmo assim, aqueles que após o primeiro volume duvidaram, têm agora, neste segundo e último volume de Un tren llamado amor, a resposta cabal por parte do escritor irlandês.

28/11/2016

Leitura Nova: Justiceiro – Bem-vindo de volta, Frank – parte 2





“A guerra solitária do Justiceiro contra o crime organizado continua! Gravemente ferido depois de os homens de Ma Gnucci terem descoberto o seu esconderijo, Frank vai precisar das suas forças todas para levar a batalha à sua inimiga odiada. E ainda que consiga, ele vai enfrentar um desafio sem precedentes sob a forma da mais recente contratação de Ma Gnucci: um enorme e imparável assassino conhecido apenas como O Russo!”

19/10/2016

Un tren llamado amor








Pedir a um autor com o passado (violento) de Garth Ennis para escrever uma história romântica era à partida um erro.
O autor afirma-o e Un tren llamado amor confirma-o.

20/05/2013

Furia #1: Mis guerras perdidas







  

Colección 100 % MAX
Garth Ennis (argumento)
Goran Parlov (desenho)
Lee Loughridge (cores)
Panini Comics
Espanha, Março de 2013
170 x 260 mm, 144 p., cor, brochada com badanas
12,00 €



Resumo
Este volume compila os comic-books Fury Max #1 a #6, originalmente publicados nos Estados Unidos.

Desenvolvimento
Este é um livro sobre guerras.
Sobre algumas guerras que os EUA perderam – directamente ou por interpostos aliados - no último meio século: Indochina, Vietname, Cuba…
Guerras em que Nick Fury, herói da II Guerra Mundial – “com uma bala na cabeça desde 1944”, que “não morre nem sequer envelhece muito” – participa, de forma mais ou menos intensa.
É Nick Fury - talvez como chamativo para os leitores de super-heróis – mas poderia ser uma qualquer outra personagem – anónima até – porque ele pouco mais é do que um peão nos combates que os interesses políticos, financeiros, ideológicos ou geoestratégicos alimentam.
Porque nas guerras aqui abordadas – sejamos francos, em qualquer guerra – em que os amigos de ontem podem ser os opositores de hoje – com as armas que nós fornecemos - em que aqueles contra quem disparamos há alguns dias, disparam agora ao nosso lado, há sempre muitos interesses – e interesseiros – que se sobrepõem ao lado humano.
Narrativa de tom crítico, com um olhar acusador sobre políticos e militares – embora mais pudesse ser esperado de Garth Ennis… - surpreende também – os habituais leitores Marvel, não os consumidores de BD franco-belga – pelo tom mais adulto, pelas liberdades gráficas que revelam mulheres nuas, cenas quentes, feridos e estropiados, que o traço realista – embora nem sempre equilibrado – de Parlov realça.
Ennis, que revela aqui uma certa paixão pelo relato de guerra, constrói uma narrativa dura, equilibrando cenas de combate com a espionagem que se desenrola em oculto e a violência bélica pura e simples com um certo tom de zombaria habitual neste argumentista, num relato pleno de tons cinzentos e zonas de sombra, pois muito é dúbio e relativo, entre memórias, velhas glórias, realidades deturpadas e relações fingidas, sendo deixada ao leitor margem suficiente para (re)interpretar o que lê.
 
A reter
- O surpreendente tom adulto do conjunto, para quem procure uma narrativa Marvel mais tradicional, mas que é apanágio do selo Max.
- Algumas das capas originais, graficamente interessantes e diferentes no contexto editorial em que surgem…

Menos conseguido
- … embora não tenha sido muito feliz a escolha feita para esta compilação.
- Alguns desequilíbrios do traço de Parlov.
- O recurso a “Nick Fury”, de certa forma retirado do seu contexto habitual, como chamariz para a obra.



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