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09/03/2011

Peanuts regressam aos quadradinhos

Charlie Brown, Snoopy, Lucy, Linus e os restantes companheiros vão regressar à banda desenhada já este mês. O anúncio foi feito pela editora norte-americana Kaboom!, confirmando assim os rumores que circulavam no meio dos quadradinhos, desde que os herdeiros de Schulz venderam os direitos da série à Iconix Brand Group Inc. por 175 milhões de dólares (cerca de 131,5 milhões de euros), em Abril do ano passado.
Ao contrário do que muitos pensavam, esta volta à BD não vai ser no tradicional formato de tira diária de jornal, mas sim numa novela gráfica intitulada “Happiness is a Warm Blanket, Charlie Brown” (“A felicidade é um cobertor quente, Charlie Brown”), que adapta o filme animado homónimo que também ficará disponível neste mês de Março e que assinala os 45 anos da estreia dos Peanuts na televisão.
São 80 páginas a cores, baseadas no trabalho de Schulz, com argumento do seu filho Craig Schulz e de Stephen Pastis (criador da tira de imprensa Pérolas a Porcos) e desenhadas por Bob Scott, Vicki Scott e Ron Zorman.
Pelas páginas iniciais da obra, já disponibilizadas pela Kaboom!, até agora mais conhecida pelas adaptações aos quadradinhos de criações da Disney e da Pixar (Donald Duck, The Cars, Nemo), é possível verificar que foi utilizado um estilo gráfico muito próximo do de Schulz e uma planificação dinâmica e variada.
Os Peanuts começaram a ser publicados em Outubro de 1950 e através deles, Schulz traçou um retrato duro e desencantado do mundo dos adultos, visto através de um grupo de crianças, que apresentavam todos os defeitos do ser humano. A última prancha dominical foi publicada a 13 de Fevereiro de 2000, um dia após a morte de Schulz, único responsável pelas 17 897 tiras da sua criação, pelo que esta é a primeira vez que os Peanuts têm uma assinatura diferente.
O sucesso da banda desenhada levaria os heróis de Schulz levá-los-ia a serem adaptados na televisão, em teatro e em musicais, gerando um sem número de artigos derivados, o que faz com que os respectivos direitos gerem um encaixe de cerca de 75 milhões de dólares por ano.


(Texto publicado no Jornal de Notícias de 8 de Março de 2011)
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