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04/08/2022

Par Toutatis!

Um Astérix por... ou quase



Não o sendo verdadeiramente - e para dissipar eventuais dúvidas o autocolante na capa afirma-o claramente - este regresso de Lapinot funciona quase como um Astérix por..., à imagem do que assumidamente as respectivas editoras fizeram com Spirou (infelizmente quase inédito por cá...) e Lucky Luke (em boa hora disponibilizado por A Seita).

13/10/2011

Poulet aux prunes

Marjane Satrapi (argumento e desenho)
L’Association (França, 2004)
165 x 240 mm, 88 p., pb, brochado com badanas
14,00 €

Resumo
Nasser Ali, famoso tocador de tar (instrumento tradicional iraniano) decide deixar-se morrer após diversas tentativas goradas de substituir o instrumento que a sua esposa partiu.

22/08/2011

Carnet de Bord

1-10 décembre 2001
Lewis Trondheim (argumento e desenho)
L’Association (França, Março de 2002)
140 x 190 mm, 46 p., pb, brochado com badanas

Nascida para distrair e divertir (daí a origem do nome "comics" usado pelos norte-americanos), a banda desenhada ao longo do século e pouco que conta de vida foi-se diversificando, passando, primeiro, à aventura realista, depois enveredando pela ficção-científica, a narrativa histórica, os super-heróis, a crítica social, e, em anos mais recentes, pelo romance desenhado ou as histórias de cariz autobiográfico. E outros caminhos se têm aberto. Há pouco mais de um ano, Étienne Davodeau, com "Rural!" (edição Delcourt), assinava a primeira "grande reportagem" aos quadradinhos; agora, é Lewis Trondheim que propõe a banda desenhada como veículo dos tradicionais textos sobre destinos turísticos.
E fá-lo neste pequeno livro que relata a sua estadia na Ilha de Reunião, onde se deslocou como convidado de um Salão de BD, acontecimento referido apenas de forma pontual no relato.
Este tipo de exercício - quando cumprido de forma honesta pelo autor - tem duas vantagens: permite conhecê-lo melhor e, quando como Trondheim - os desenhos são publicados em "bruto", sem "esquissos preparatórios, sem "tippex" e sem correcções ortográficas" (!) revela pormenores sempre interessantes sobre a sua forma de desenhar.
Claro que Trondheim, mais uma vez, revela o seu mau humor permanente, o seu pessimismo exacerbado e a sua completa (mas passiva) revolta com o mundo, e por isso este livro não tem nenhuma das características dos textos tradicionais sobre viagens.
Por isso, baseado nele, Trondheim nunca será convidado por uma agência de viagens para escrever roteiros turísticos, pois os ganhos em humor (negro q.b.) e subjectividade, seriam insuficientes para compensar a forma como arrasaria qualquer destino...
Tanto é assim que a ideia que nos transmite da Ilha de Reunião, é a de um local cruzado por caminhos agrestes e intransitáveis, banhados por um inclemente sol abrasador que queima todos os milímetros de pele desprotegidos.
Sem dúvida que para o turismo local, e como Trondheim temia no início da viagem, teria sido melhor que o avião explodisse a meio do caminho e "se encontrasse em África onde seria comido por um leão"...!

(Texto publicado no Jornal de Notícias de 2 de Abril de 2002 )

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